Num tempo de grande agitação política com a proximidade de eleições e o ressuscitar da AD (Aliança Democrática) achei interessante reler estes dois primeiros volume das "Memórias Políticas" de Diogo Freitas do Amaral.
Um publicado em 1996 e o outro em 2008 ( o terceiro e último volume é de 2019 e está na estante à espera da vez para ser lido) e que cobrem toda a vida do autor desde a infância até à saída do governo de Pinto Balsemão e da liderança do CDS em 1982.
São dois livros extremamente interessantes pelo retrato que fazem dos últimos anos do Estado Novo e dos primeiros anos da demoracia e pela forma como o autor se foi paulatinamente envolvendo na vida poítica depois de recusar convites de Marcelo Caetano para ser deputado e ministro.
Mas a razão que me levou a voltar a lê-los, tantos anos depois de o ter feito pela primeira vez , prende-se com o facto de Freitas do Amaral ter sido um dos fundadores da primeira AD e braço direito de Francisco Sá Carneiro na coligação e no governo.
E tive a curiosidade de relembrar, através das suas palavras, como a AD foi constituída , como funcionou e como governou Portugal em tempos de tão grande dificuldade.
Mas também como foi um sucesso com Sá Carneiro a liderar e depois foi-se degradando sob a liderança de Pinto Balsemão até que terminou abruptamente no final de 1982 dando origem a eleições antecipadas.
Foi interessante lê-los em 1996 e 2008 e igualmente interessante rele-los agora tanto tempo passado.
Leitura altamente recomendável para quem goste de Política e de História.
Depois Falamos.
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