Nunca tive qualquer simpatia pelo dr. Balsemão.
Desde pelo menos os tempos já longínquos das "Opções Inadiáveis" em que esteve com um pé dentro e um pé fora até perceber que aquilo não ia a lado nenhum e ter optado pelo "fora" deixando cair o "dentro".
Os que são desse tempo e especialmente os que estavam no PSD lembrar-se-ão bem disso.
Depois não gostei nada da forma como liderou o PSD e a AD até ao desabar da maioria e do governo depois das autárquicas de 1982 originando o regresso do PS ao poder num Bloco Central de má memória.
E então a forma irresponsável e leviana como o seu governo tratou o atentado de Camarate é absolutamente imperdoável e completamente incompreensível.
Nada, mas nada mesmo, fizeram para o apuramento da verdade.
A par de tudo isso é detentor de um grupo de comunicação social que tem sido em bastas ocasiões um claro adversário do PSD e apoiante do PS ao invés de praticar uma isenção que faz parte de qualquer código deontológico do bom jornalismo.
Bastará atentar nas reacões na SIC e no Expresso ao discurso de Pedro Passos Coelho ontem em Faro para constatar isso começando por esse "monumento" à falta de ética e desrespeito pela deontologia chamado Ricardo Costa.
Tudo isso enquanto o dr. Balsemão se pavoneia do alto do estatuto de militante número um do PSD (uma falácia inventada sabe-se lá por quem dado que o militante número um é e será sempre Francisco Sá Carneiro) assistindo impávido e sereno aos seus funcionários a fazerem o que lhes é possível para derrotar o PSD e a AD.
Ao longo da minha vida política conheci quase todos os líderes do PSD.
Uns melhor, outros pior, com alguns trabalhei de muito perto com outros foi apenas um conhecimento ciscunstancial.
Nunca conheci o dr. Balsemão.
E não foi por falta de oportunidade.
Foi mesmo por falta de vontade.
Há formas de ser e de estar, de agir e fazer política, das quais quero é distância.
Muita distância.
Depois Falamos.
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