Já se sabe que o grande derbi, o maior de Portugal, é disputado entre Vitória e Sporting de Braga.
Já se sabe que embora em termos de classificação cada triunfo valha três pontos também se sabe que quando ganhamos ao Benfica, Porto ou Sporting se ganham mais de três pontos porque se está a derrotar o "sistema" que protege esses três clubes e isso dá uma satisfação suplementar.
Mas cada vez que Vitória e Boavista se defrontam esse é "o jogo".
Aquele jogo que quando se ganha mais que os três pontos, mais que a satisfação de vencer o adversário, dá aos vitorianos da minha geração e gerações anteriores uma pequenina indemenização face a histórias muito antigas nuns casos e nem tanto noutros que nos fazem olhar o clube do Bessa como uma entidade da qual o Vitória tem profundas razões de queixa.
Histórias que metem o árbitro Garrido, e a taça de Portugal que nos roubou mais o apuramento europeu que no tirou no dia em que o carro dele não voltou para casa, mas também os ex jogadores Alfredo e William, os ex presidentes Loureiro e os tempos do "Apito Dourado" em que o Vitória para ganhar ao Boavista tinha de ser muito melhor do que o adversário entre outros episódios que bem melhor seria nunca terem sucedido.
Mas isso são ajustes de contas com o passado que nunca estarão concluídos.
Hoje os protagonistas são outros e a realidade dos clubes também.
O Vitória na luta pela Europa e o Boavista longe dos seus tempos aureos na luta pela manutenção.
O que não significa, muito longe disso, que a diferença de ambições e de posição na tabela classificativa ( O Vitória com mais sete pontos que o Boavista) signifique por si só a garantia de triunfo vitoriano quer porque as coisas no futebol não são assim quer porque o Boavista tem dado claros indícios de uma subida de produção que a goleada ao Braga bem exemplifica.
Em suma será um jogo aberto.
Em que o Vitória, mesmo sem Edwards e Quaresma (as suas principais gazuas), é favorito mas em que o Boavista também tem os seus trunfos a que convirá estar atento para não se registarem dissabores.
Depois Falamos.
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