O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, tem dois "problemas" que para uns são difíceis de aceitar e para outros o tornam num alvo muito apetecível.
É uma pessoa integra e está a fazer um excelente trabalho no M.A.I.
Que é um dos ministérios mais complexos mas onde a sua experiência politica e sensatez lhe tem permitido um mandato tranquilo e merecedor de aplauso dos mais diversos quadrantes.
E a prova disso está que até nos sindicatos do sector tem recolhido alguns elogios e concordâncias com a sua politica.
Por isso não é de admirar que nesta campanha em crescendo contra o governo (eu bem disse semanas atrás que a "máquina" de António Costa era temível) desenvolvida na comunicação social e baseada na deturpação de factos, no contar meias verdades entremeadas com meias mentiras e no misturar o que não é misturável tenha desta vez escolhido como alvo este ministro.
Porque depois dos problemas da colocação de professores, das avarias no "Citius", do periodicamente ressuscitado caso dos submarinos, dos swaps da ministra das finanças e das incontinências verbais do MNE nada melhor que arranjar um caso em volta de Miguel Macedo para destruir a credibilidade do governo e tentar empurrar o Presidente da República para a antecipação de eleições porque a oposição socialista tanto suspira (e alguns, mais ou menos evidentes, dentro do PSD também) no terror de terem António Costa mais uns meses sem ter nada para dizer.
E a táctica é sempre a mesma.
Criar suspeições, "descobrirem" ligações perigosas do ministro a negócios ocultos, sugerirem que Macedo fazia parte de uma tenebrosa conspiração para em volta dos famigerados "vistos Gold" criarem uma rede de enriquecimento ilícito.
E depois atiram a poeira do costume: Uma sociedade de que era accionista e que se destinava a explorar negócios em volta dos tais "vistos", uma advogada e sócia do mesmo escritório de advogados que foi detida no âmbito das investigações em curso (como se em sociedades com dezenas de advogados todos fossem conhecedores das vidas e negócios uns dos outros), a avidez de uma opinião pública que adora vilipendiar políticos e sempre disposta a olhar para estes assuntos como se se tratassem da badalhoquice de uma qualquer "Casa dos Segredos".
Conheço Miguel Macedo há mais de trinta anos.
Dos nossos tempos da JSD.
Nunca fomos amigos próximos e em questões internas da JSD e do PSD estivemos quase sempre em campos opostos.
Nunca lhe pedi nada nem ele a mim.
Mas sei, porque o conheço, que é uma pessoa integra, um politico experiente e bem preparado, um ministro que está a desenvolver um excelente trabalho.
E isso neste Portugal do "vale tudo" quase que é crime.
Espero que, como dizia Dolores Ibarruri nas trincheiras de Madrid, "não passarão"!
Mas...
Depois Falamos.
P.S. Sim, eu sei. O lugar de ministro da administração interna é muito cobiçado.
4 comentários:
Quando se tem um irmão à frente de uma 'cadeia de informação' e chega a hora de cobrar os favores, nunca se diz que não porque é família.
Há interesses que não são publicamente assumidos para serem profissionalmente dissimulados.
Ou seja, mesmo que o irmão mais velho não peça nada, o mais novo vai sentir-se na obrigação de fazer alguma coisa para o compensar.
Com esta proximidade, as manobras de influência da comunicação social na opinião pública continuam a passar como se fosse trabalho remunerado ou dever de informar quando na verdade confronta com o ponto 10º do Código Deontológico do Jornalista, onde fica bem claro o seguinte:
«O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesse.»
Casos destes acontecem todos os dias no jornalismo através da política, do desporto, da religião ou relações interpessoais. É muito difícil alguém ser 100% isento, Sr. Luís Cirilo.
Quim Rolhas
Caro Quim Rolhas:
Assertivo como sempre. A verdadeé que este PS parece completamente desenfreado na tentativa de chegar ao poder o mais depressa possível. E esse grupo de comunicação vai-se transformar numa máquina de escândalos receio
caro Luís Cirilo e Quim Rolhas, sabiam que o jornal do qual o meio irmão mais novo do António Costa é director tem como dono o militante n°1 do psd.
Caro luís cirilo, chegar o r
mais rápido ao poder isso é com o Marco António...
Como sempre escrevi quer em jornais ou blogues os vistos dourados, sim temos um rica lingua não precisamos de estrangeirismos, iam acabar mais cedo ou mais tarde dar confusão.
Quanto a miguel macedo em 2011 foi o problema do subsídio de habitação agora é isto, eu acredito que ele esteja de boa fé nos dois casos, parece ser integro.
Caro cards:
Fez bem em citar Pinto Balsemão. Um empresário exemplar que sempre soube separar o jornal Expresso do seu próprio percurso político. Era Balsemão primeiro-ministro e o seu próprio jornal criticava-o quando entendia oportuno.
Quanto ao caso do subsdidio de renda de Miguel Macedo a verdade é que ele é de Braga,tem casa em Braga e sempre teve.
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