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terça-feira, março 31, 2009

Guimarães em Poesia

Poema: Joaquim Freitas Pereira

Ela tem mil anos a minha bela cidade,
Tantos como o seu Castelo altaneiro;
Ela aparece gigante na claridade,
Como o seu Rei, Afonso o Primeiro.

Grande oceano de mil e mil corações,
Ela resiste ao desgaste do mundo;
Vitoriosa ela exalta as suas emoções,
Na derrota cala desespero profundo.

Tantos e tantos séculos caíram sobre ela,
Dispersados agora na poeira do tempo;
A sua alma brilhante como uma vela,
Ilumina ao longe o filho pródigo ausente

Esta alma que nas noites de densa neblina,
Adivinho errante nas velhas ruas e vielas,
Que véus esparsos , em cada esquina,
Escondem os seres como se fossem donzelas.


Os séculos e os séculos do velho burgo,
Que testemunha, mudo, o velho Castelo,
São o nosso velho sonho, que resta contudo,
Enquanto o novo se forja e são o novo elo.

Era...

Com as eleições europeias a aproximarem-se os partidos vão definindo os seus cabeças de lista na tentativa de potenciarem os seus resultados eleitorais.
O PS aposta em Vital Moreira,na tentativa de proteger o flanco esquerdo mas abrindo um enorme espaço ao centro, que dificilmente fará o pleno dos eleitores tradicionais socialistas.
O que vai ganhar de um lado vai perder de forma agravada do outro.
O PC e o BE apostam em nomes tradicionais (Ilda Figueiredo e Miguel Portas) com os comunistas a tentarem tirar proveito adicional de terem uma mulher como cabeça de lista face a este tempo de novas (e certeiras) exigências na questão da paridade.
Restam PSD e CDS.
Sendo que já se percebeu que a estratégia do segundo passa por deixar o primeiro mostrar o "jogo" para depois tentar tirar partido disso.
Resta o PSD.
Que nestas eleições joga muito mais do que qualquer dos outros.
Porque CDS,BE,PC não aspiram a muito mais do que manter posições e tentarem tirar partido da fuga de votos dos eleitores tradicionais de PS e PSD.
O PS,que nas ultimas eleições elegeu metade dos eurodeputados portugueses,parte de uma posição tranquila e só uma derrota afectaria a sua estratégia para as legislativas.
No fundo é jogar para manter tudo como está.
O PSD não.
Porque se ganhar as europeias parte para as legislativas com uma força e uma motivação que podem fazer a mudança.
Se perder por pouco ainda assim isso será,apesar de tudo,uma dose vitaminica interessante para a liderança do partido.
Porque deixa tudo em aberto para as legislativas.
Agora se perder por uma diferença de oito/dez pontos será um golpe irrecuperável para Manuela Ferreira Leite.
Que até poderá manter-se como líder.
Mas envolta numa onda de descrença que faz temer o pior não só para as eleições seguinte como até para o futuro do PSD como grande partido.
Não é alarmismo.
Apenas o conhecimento do que é hoje a realidade do partido.
Importa então que o PSD tenha um cabeça de lista que galvanize o partido,una os militantes,atraia os indecisos e potencie um grande resultado.
Que pode ser até vencer as europeias.
Tem-se ouvido falar de vários nomes.
Desde hipóteses risíveis,como Pacheco Pereira ou Teresa Gouveia,que apenas garantiriam o pior resultado de sempre até nomes muito mais adequados como Mota Amaral ou Marques Mendes.
Que uniriam o partido mas duvido que fossem significativos na atracção dos tais eleitores indecisos que eleição após eleição decidem quem ganha.
Embora aí a candidatura de Marques Mendes pudesse ser mais vantajosa.
Fala-se também de Marcelo Rebelo de Sousa.
Que seria um bom nome,pese embora todos os anticorpos que tem dentro e fora do partido,mas parece preferir ser comentador do que jogador.
Opções de vida.
Por mim,talvez com algum idealismo,apostaria tudo por tudo em convencer Fernando Nogueira a voltar á politica activa depois de doze anos na reserva.
Excelente imagem no partido e no país,bom governante nos tempos áureos do "cavaquismo",enorme afectividade com as bases nas quais não tem anticorpos,a galvanização natural por ver um nome grande voltar á luta pelo partido.
E o respeito que goza na sociedade portuguesa pela forma digna como exerceu todos os cargos políticos que deteve.
Um candidato ganhador sem sombra de duvidas e o regresso de alguém que se quiser ainda pode dar muito ao PSD e a Portugal.
Era ou não era um grande cabeça de lista ?
Depois Falamos

domingo, março 29, 2009

Pressão ?



Fui um dos mais de 40.000 que na noite de ontem quase encheram o estadio do "dragão".
Como já tinha estado em Alvalade a ver o jogo com a Dinamarca e em Braga na partida com a Albânia.
Para além do Vitória só a selecção me arranca do sofá onde normalmente vejo futebol.
Tenho por ela uma velhissima paixão que remonta a um Portugal-Brasil disputado nas Antas nos anos sessenta e em que de um lado jogava Eusébio e do outro Pélé !
Foi a primeira vez que vi a selecção ao vivo.
E convenhamos que não foi má estreia.
De lá para cá ,sempre que posso, lá estou.
E reconheço que nesta fase de apuramento não temos sido nada felizes.
Jogando normalmente melhor do que com Scolari a verdade é que os resultados estão a ser piores.
Porque para além dos golos que teimam em não entrar (com a Dinamarca então existiram falhanços incompreensiveis) a equipa não tem tido sorte nenhuma.
Coisa que com Felipão iamos tendo em doses bem razoáveis .
É evidente que aqui e ali também Carlos Queiroz não tem estado bem nas opções.
Mas isso acontece com todos os treinadores e Scolari nessa matéria fartou-se de cometer equivocos de que todos estamos recordados.
Acredito que o apuramento ainda é possivel.
Mais,tenho a certeza que se ganharmos os cinco jogos que faltam estaremos seguramente no África do Sul 2010.
Estamos debaixo dessa pressão,é certo,mas é nessas alturas que os verdadeiros campeões mostram a sua raça.
E a nossa selecção está cheia de campeões.
Que jogam no Chelsea,Real Madrid,Juventus,Manchester United,Porto ,Atlético de Madrid e outros clubes habituados aos grandes jogos,aos estádios cheios,á pressão constante de ganhar.
Se homens que ganham dezenas de milhares de contos por mês não soubessem lidar com a pressão quem saberia então ?
Acredito que ainda vamos lá.
Depois Falamos


quinta-feira, março 26, 2009

A Selecção de Alguns Deles



Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho

Não vamos, naturalmente, escrever uma única linha sobre aquilo que parece ser um caso de vida ou de morte para o futebol português.
Por um lado porque já está tudo dito, por outro porque disputas entre “barões” pouco interessam ao povo, finalmente porque há coisas muito mais importantes.
Por exemplo a selecção A.
Na qual todos nos revemos mas nem todos vemos.
Pelo menos ao vivo!
Em semana de jogo que pode ser decisivo para o apuramento para o Mundial 2010, sábado no estádio do dragão com a Suécia, importará reflectirmos um pouco sobre os critérios de distribuição de jogos da toda poderosa Federação Portuguesa de Futebol.
Tanto quanto a minha memória de quarenta anos a ver futebol sempre me recordo de a esmagadora maioria dos jogos serem disputados entre Lisboa e Porto e depois o resto do país tinha umas migalhitas que lhe eram condescendentemente atiradas da mesa onde eram servidos os banquetes.
Mas concentremo-nos nos últimos quinze anos em que a selecção tem marcado consecutivas presenças nas fases finais das grandes competições com excepção do Mundial 98 em resultado de uma arbitragem miserável no último jogo da fase de qualificação.
Criou-se, muito por força de consecutivos bons resultados e da epopeia do Euro 2004, uma enorme comunhão entre selecção e adeptos que leva a que estádio onde a equipa jogue tenha assistência normalmente esgotada.
Até estádios normalmente “desertos”, como Leiria, enchem completamente para ver a equipas das quinas.
Por força das boas campanhas, da galvanização do público (aí grande mérito de Scolari), mas essencialmente porque ver a selecção tem sido oportunidade única de ver ao vivo a esmagadora maioria dos grandes jogadores portugueses de há muito emigrados em campeonatos de outra dimensão.
Foi assim que nos últimos anos nomes como Figo, Rui Costa, Ronaldo, Ricardo Carvalho, Fernando Couto, Deco, Maniche entre outros só eram por cá vistos com a camisola nacional.
As excepções foram, ao longo do tempo, Vítor Baia, Simão e poucos mais que por cá jogavam.
Tudo isto para dizer que hoje por hoje os jogos da selecção se transformaram num bom negócio para as cidades que os acolhem.
Para além do proprietário do estádio e da respectiva associação distrital que recebem uma parte das receitas, é todo o movimento turístico que se gera com reflexo na hotelaria e na restauração, para além da publicidade que é feita á cidade onde o jogo se realiza.
Uma selecção onde jogam alguns dos melhores jogadores da Europa e o melhor jogador do mundo percebe-se bem que atraia uma vastíssima atenção mediática.
Por isso é preciso existir um critério de atribuição dos jogos.
Sobe pena de os mesmos (Benfica/Porto/Sporting) e as mesmas (Lisboa/Porto) continuarem a abocanhar o “bolo” quase todo e os restantes continuarem a ser enganados com uns jogos particulares e, de longe a longe, um joguito oficial sempre com os adversários mais fraquitos do respectivo grupo.
Nessa matéria o distrito de Braga tem sido o parente pobre e mais prejudicado de todos.
Enquanto Coimbra, Leiria, Aveiro, Algarve lá vão tendo uns jogos de vez em quando, o que se passa com Braga?
Tem o clube (Vitória) com a quarta melhor média de assistências do futebol português de há muitos anos a esta parte.
Tem também o clube (Braga) com a quinta melhor média.
Tem dois estádios (Guimarães e Braga) com excelentes condições para receber jogos de alto nível.
Tem dois clubes na Liga Sagres e outros dois na liga Vitalis
E então se ter estádios, ter público, ter boas acessibilidades, ter capacidade hoteleira, ter a terceira maior associação de futebol do país, ter centenas de clubes da primeira liga aos distritais, se tudo isso não é critério para receber a selecção então onde está o critério?
Guimarães recebeu até hoje, em toda a história da selecção, três jogos !
Um particular em 1983, um oficial em 1996 e outro particular em 2004.
Braga poucos mais terá recebido.
Para além do recente jogo com a Albânia (lá está um adversário pouco cotado) lembro-me de uns particulares com a Escócia e Bélgica.
Barcelos teve um jogo particular.
É uma discriminação inaceitável e perante a qual não nos podemos calar.
Porque a selecção é de todos nós na hora de apoiar, de encher estádios, de dizer presente.
Mas é só de alguns “deles” na hora de colher os benefícios.

BOLA CHEIA
Carlos Queiroz
Os resultados não são animadores mas nada está perdido.
Com a Dinamarca e a Albânia só faltou uma pontinha de sorte que esperemos não falte com a Suécia, Ainda assim louve-se a coragem do seleccionador ao apostar em nomes novos que trarão certamente mais ambição a um grupo já algo acomodado.

BOLA VAZIA
Gilberto Madail
Aí está um caso que nos faz desejar a limitação de mandatos.
O quase eterno presidente da FPF tornou-se um pequeno dono do futebol português.
Pondo e dispondo a seu belo prazer, impedindo candidaturas alternativas, atribuindo os jogos da selecção A (certamente por coincidência…) ás associações distritais que são a sua guarda pretoriana.
Renovação precisa-se.
E bem atrasada está.

quarta-feira, março 25, 2009

A Realidade !


Cartoon: Miguel Salazar

Mais um genial cartoon do Miguel Salazar a mostrar a realidade nua e crua do nosso futebol.
É que é mesmo assim !
Infelizmente.
Gosto particularmente do pormenor do tapete sobre o qual se passeiam os "barões".
Quantos de nós não sentiram aquilo ao sairem de um estádio ou ao desligarem a televisão depois de um jogo em que o Vitória( ou outro clube filho de um deus menor) foi assaltado ao "apito armado" ?
Depois Falamos

Basta Ya...


Este é o slogan que os bascos livres,aqueles que rejeitam viver debaixo do regime de terror da ETA, gritam nas manifestações que periódicamente são obrigados a fazer contra o terrorismo.
É um grito de coragem, de revolta,de liberdade.
Que provavelmente nem mereceria ser associado ao teor deste post.
Que versa o quão fartos estamos (quase) todos da novela em volta do procurador de justiça.
Que já levou o Presidente da República a puxar as orelhas aos dois maiores partidos e o provedor em funções a lançar-lhes um ultimato.
Já em posts anteriores referi o quanto o primeiro ministro,por força das amizades com Chavez,está a tentar transformar Portugal numa pequena Venezuela.
Em que o cacique chefe tudo controla,tudo decide, em tudo manda.
Esta questão do provedor é mais um exemplo.
Tem sido prática,ao longo dos ultimos anos,o nome do provedor ser apresentado pelo maior partido da oposição.
Assim foi em 2000 com Nascimento Rodrigues proposto pelo PSD de Durão Barroso e bem aceite pelo governo de António Guterres.
Mas com Sócrates é diferente.
Ele é que escolhe.
E bem acolitado pelos Santos Silva deste mundo atira um nome para cima da mesa e o PSD que aceite.
Quando o PSD já tinha proposto um nome,meses atrás,com um perfil perfeitamente recomendável para o cargo que ele não aceitou.
E quando o processo entra num impasse vem ameaçar com a nomeação pelo Parlamento com base numa maioria de dois terços sem o PSD.
Não vai ter sorte.
Mas é deplorável que o governo e o primeiro ministro tenham tanta falta de sentido de Estado.
E depois admiram-se de os portugueses,conforme inumeras sondagens o confirmam,não terem confiança na justiça.
Como podem ter ?
Pois se é precisamente na área da justiça que são dados tristes exemplos como este.
Depois Falamos

Que lata !


Ontem vi a entrevista de Lucilio Baptista á SIC.
Não querendo aqui contribuir para a novela mexicana em que o assunto se está a tornar, interrogo-me apenas como é possivel um sujeito destes andar pelos relvados nacionais e internacionais a arbitrar jogos.
Peitada do Pedro Silva ? Não se apecebeu da gravidade.
Gestos de Paulo Bento ? Não viu embora as imagens televisivas o mostrem a responder.
Indicações dos auxiliares ? O que acompanhava o lance não viu,mas o outro a 60 ou 70 metros de distância garantiu que foi penalty !
Arbitrar jogos do Sporting ? Não tem problema nenhum.
E mais umas pérolas que me dispenso de citar.
Mas o que cito e não posso deixar passar em claro é a enormissima gravidade de outra declaração.
Questionado pela jornalista sobre se iria pedir desculpas pelo erro respondeu que estava ali para assumir o erro perante os adeptos do Sporting,do Benfica,do Porto e a opinião pública em geral !
Como ?
Do Sporting já se sabe que não vale a pena porque nunca lhe perdoarão !
Do Benfica escusava de se incomodar porque seguramente terão enorme tolerância perante o erro.
Do Porto ?
Mas do Porto porquê ?
Não era ,que me conste,parte interessada no assunto.
E os adeptos dos outros clubes ?
Não existem.
O grave disto é que fugiu-lhe a boca para a verdade.
Para Lucilio,como para a generalidade dos árbitros,só existem três clubes e é em função disso que fazem as suas carreiras.
Como se pode esperar seriedade,verdade,honestidade de sujeitos que dando importância apenas a três clubes tem de apitar jogos onde estes defrontam todos os outros ?
Se eles assim pensam...assim arbitram.
E é por isso que o futebol português é uma enorme mentira.
A unica coisa que se aproveita da entrevista é o saber-se que daqui a um ano termina a carreira.
Pena é ainda faltar um ano.
Porque com ele em campo,doravante,já sabemos (em boa verdade os vitorianos já o sabem há muito tempo) que existem regras diferentes.
As 17 leis para os outros clubes e uma décima oitava quando em campo estiver um dos clubes que preenche os pensamentos do sr Lucilio.
Que miséria.
Depois Falamos

sábado, março 21, 2009

O triunfo lógico


A taça da Liga teve um vencedor natural.
Afinal se os encarnados foram levados ao colo até á final, por sucessivos erros dos árbitros,porque razão não haviam de a ganhar com um "roubo de igreja" bem á moda do estádio da Luz ?
Tudo normal.
Não jogaram nada,não mereceram minimamente ganhar, mas quando foi preciso o árbitro apareceu a fazer o que o SLB por si só tinha demonstrado ser incapaz de concretizar.
No fundo uma história que todos estamos fartos de ver.
E se ainda perco tempo a escrever sobre algo que nos envergonha a todos, enquanto adeptos de um futebol sem verdade desportiva, é apenas para recordar que o Vitória foi a principal vitima
desta caminhada mentirosa do SLB até ao estádio do Algarve.
Ainda na fase de grupos perdemos em Guimarães com uma arbitragem miserável de Olegário Benquerença que nos sonegou uma grande penalidade do tamanho da Penha.
E depois nas meias finais,na Luz,fomos derrotados com um golo em fora de jogo clarissimo.
A que os paineleiros televisivos deram muito menos importância que ao golo legal de Roberto no passado fim de semana.
Achei justa a euforia dos benfiquistas no final do jogo.
Afinal tinham ganho a Taça da Liga (única prova que vão ganhar este ano),tinham ganho ao velho rival e tinham ganho "á Benfica".
De qualquer maneira na base do vale tudo.
Duas notas finais:
Uma para lamentar que no futebol português ainda exista lugar para os Lucilios,Olegários,Paixões,Costas e afins.
Outra para deixar claro que compreendo bem a expressão de Hermínio Loureiro na entrega das medalhas.
Afinal ele pôs de pé,contra muitas incompreensões e resistências,uma prova que começa a ser um sucesso.
Teve uma final de estádio cheio o que se saúda.
Não merecia era aquela pouca vergonha em que o jogo se transformou.
Mas melhores dias virão.
Depois Falamos

sexta-feira, março 20, 2009

Quem não se sente...

Imagem: http://d-afonsohenriques.blogspot.com/

Este blog não é sobre futebol.
Mas é intrinsecamente vitoriano.
E nele se escreve amiude sobre futebol.
A imagem acima faz parte de uma campanha lançada pelo blog D.Afonso Henriques,ele sim totalmente dedicado ao Vitória,no sentido de os vitorianos deixarem de comprar os jornais referidos enquanto continuarem a tratar de forma discriminatória os clubes "não grandes".
A essa campanha se tem associado outros blogues vimaranenses e vitorianos irmanados na justa indignação daqueles que rejeitam um país futebolistico a três cores.
A essa campanha gostosamente me associo aqui no Depois Falamos.
Ciente de que a campanha,por si só,nada resolverá.
Mas ficarmos quietos é que não resolve nada de certeza absoluta !
Depois Falamos

quinta-feira, março 19, 2009

T.G.V.


Já aqui atrasado tive oportunidade de me insurgir,bloguisticamente falando,contra o tremendo erro que é a aposta no TGV nesta altura de crise financeira gravíssima.
A bem dizer até me parece que seria um erro em qualquer altura porque a linha Lisboa-Madrid jamais será rentável e o percurso Porto-Lisboa tem um custo brutal para tão reduzido ganho de tempo.
Bem melhor seria,do meu ponto de vista,utilizar uma pequena parte desse dinheiro para modernizar linhas já existentes (inconcebível o percurso Guimarães-Porto continuar a demorar cerca de hora e meia)ou até reabrir linhas que nunca deviam ter sido fechadas.
Mas o governo insiste na fuga para a frente e na teimosia da alta velocidade !
Sabe-se agora,ainda por cima,que da pior maneira.
Escolhendo ,entre as duas opções existentes, a que é mais cara.
E não é uma diferença de vinte e cinco tostões como se dizia antigamente.
São mais de mil milhões de euros de diferença.
Porque o governo teima em fazer a ligação Lisboa-Alenquer pela margem direita do Tejo com mais de 60% do percurso a ser feito por túneis e viadutos (que não são como os da foto seguramente) o que encarece imenso a obra.
Quando a margem esquerda pela tipologia do terreno e seu tipo de propriedade seria muito mais barato.
Mesmo considerando a necessidade de construir uma ponte ferroviária para a passagem do comboio para a margem esquerda.
Curiosa teimosia esta que mantém o traçado estudado para o caso do novo aeroporto de Lisboa ter sido localizado na Ota.
Mas não foi e supõe-se que o governo tenha noção disso...
Será que tudo isto tem a ver com a valorização/desvalorização de terrenos naquela zona de que tanto se falou aquando da discussão da localização do novo aeroporto ?
Não sei.
Mas gastar em vão mais de mil milhões de euros permite todas as interrogações.
Mesmo aquela que leva a interpretar a sigla TGV como "Temos Grande Vigarice".
Teremos ?
A ver vamos.
Depois Falamos

Equipas B


Foto.: http://www.gloriasdopassado.pt.vu/ (Vitória 2003/2004)

Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho

Na passada segunda feira tive oportunidade de assistir a um debate interessante, organizado pelo Correio do Minho, sobre a reformulação dos quadros competitivos do futebol português.
Já sobre o assunto aqui deixei algumas ideias e por isso vou agora abordar uma temática que não vi lá abordada e que alguma coisa tem a ver com essa questão.
Refiro-me ás equipas B.
Quem Portugal, ao contrário de outros países europeus (Espanha e Inglaterra á cabeça) nunca tiveram grande sucesso e foram merecendo o progressivo desinteresse da maioria dos clubes.
Provavelmente porque a regulamentação aprovada, fruto do corporativismo assanhado que existe no nosso futebol, não interessava minimamente aos clubes dado que a competitividade oferecida não era compatível com a desejada.
Porque os clubes B, logo á cabeça, não podiam disputar a então chamada Liga de Honra.
Tinham de “vegetar” entre a II B e a III divisão.
O que, evidentemente, não preparava os jovens futebolistas que nas equipas B procuravam o seu espaço de afirmação e experiência, para a exigência dos seus clubes a disputarem a I Liga.
Claro que os clubes faziam contas e saia-lhes mais em conta emprestar jogadores a outros emblemas, que posteriormente recuperavam caso valesse a pena, do que estarem a investir numa equipa da qual por vezes não aproveitavam um único jogador.
Penso que sendo as equipas B uma boa ideia, e de grande interesse para os clubes, é uma pena deixar de lado essa aposta.
Bastará pensar que uma equipa B, com regulamentos adequados, é um espaço de afirmação para os jovens saídos dos escalões de formação e ainda não preparados para a exigência da Liga Sagres e oferece, também, a possibilidade de ser utilizada para rodar jogadores do plantel principal ou dar minutos de jogo a atletas saídos de lesões graves.
Por exemplo no actual Vitória jogadores como Douglas e Sereno que vem de lesões prolongadas ou Tiago Ronaldo e Jean Coral com utilização quase nula na equipa principal podiam ter numa equipa B o espaço ideal para num caso regressarem á competição e noutro manterem a forma e ganharem experiência.
Defendo pois, no plano da teoria, exactamente o quê?
Em primeiro lugar equipas B que “flutuem” entre a Liga de Honra e a II divisão B.
Sem poderem ascender á Liga Sagres mas também sem poderem descer á III divisão.
Constituições das equipas B com jogadores exclusivamente oriundos da formação sendo dada a possibilidade de nelas jogarem juniores ou jogadores do plantel principal do clube.
Claramente não seriam autorizadas contratações para as equipas B de forma a não onerar os orçamentos bem como seria estabelecido um tecto salarial para os jovens jogadores.
As equipas B seriam autorizadas a participar, sem qualquer limite, na Taça de Portugal e na Taça da Liga podendo inclusive defrontar a equipa principal do seu clube.
Anos atrás a final da Taça do Rei (Espanha) foi jogada entre o Real Madrid e o Castilla
(sua filial) e não caíram os parentes na lama a ninguém por causa disso.
Mas onde me parece estar um factor para o sucesso das equipas B, e não só delas, seria na proposta seguinte.
As equipas B de clubes com mais de, por exemplo, 8.000 espectadores de assistência média poder-se-iam inscrever directamente na Liga Vitalis enquanto as outras teriam de começar pela II B.
E uma Liga Vitalis com Vitória B, Braga B, Benfica B, Porto B e Sporting B (eventualmente Académica B) seria não só mais competitiva como também muito mais atraente para os patrocinadores que veriam muitíssimo mais gente nos estádios e a seguir a Liga Vitalis nos espaços informativos.
Pessoalmente não tenho duvidas que uma equipa B do Vitória com calendário desencontrado da equipa principal, e a jogar aos domingos as 16 h no estádio D.Afonso Henriques, teria facilmente assistências médias de 5000 a 6000 espectadores.
Como não duvido que SLB/FCP/SCP também garantiriam assistências idênticas ou superiores (do Sporting de Braga tenho mais duvidas) a Liga Vitalis daria um tremendo salto qualitativo.
Em assistências, interesse dos patrocinadores, qualidade do futebol, prossecução do interesse dos clubes em darem boa sequência aos escalões de formação.
Nas várias (e extremamente lúcidas) intervenções feitas pelo presidente da Liga Hermínio Loureiro, no referido colóquio, ressaltou sempre a ideia de que não devia deixar de se fazer só porque nunca foi feito.
Referia-se, por exemplo, aos patrocínios para a Liga Vitalis.
É também o caso das equipas B.
E porque não fazer agora bem feito o que no passado se fez tão mal feito ?
Decida quem pode.

BOLA CHEIA
Vitória
Triunfo convincente na Luz, depois de ter ganho em casa ao Belenenses, e o encarreirar para um final de época de acordo com as aspirações de todos os vitorianos.
Com a recuperação total de jogadores há longo tempo lesionados o Clube volta a poder intrometer-se na luta pela Europa.

BOLA VAZIA
Azia
Muita azia de alguns comentadores,alguns jornalistas,alguns canais de televisão á vitória do Vitória na chamada catedral.
Vá-se lá admitir semelhante sacrilégio…
Especialmente RTP, SIC e O Jogo mais do que ridículos foram patéticos!
Desconfio que se pudessem até mandavam repetir a partida!

O Trio da Mentira


A verdade desportiva parece ser o objectivo de todos os agentes do futebol português
Era bom que fosse.
Mas qual verdade desportiva ?
A de três canais de televisão mais a Sporttv que nos intoxicam com o trio do costume ?
Ou a dos três jornais desportivos que parecem o livro de actas do dia a dia desse trio ?
Ou a arbitragem que inclina o campo sempre a favor dos mais "pesados" ?
Ou os spots televisivos de promoção da Liga sagres que só mostram imagens do trio ?
Ou os programas televisivos com assento exclusivo para os representantes do trio ?
Ou o beneficio descarado proporcionado pelas televisões aos patrocinadores do trio que aparecem mil vezes mais que os outros ?
Ou o banco público, caixa geral de depósitos, que pagou o centro de estágio de um dos clubes do trio ?
Ou a empresa pública PT(via TMN) que só faz publicidade exclusiva nas camisolas do trio ?
Ou as grandes empresas públicas que compram camarotes nos estádios do trio mas aos outros dizem não ?
Ou os ignorantes dos jornalistas que chamam "Guimarães" ao Vitória mas não chamam Lisboa ao Benfica ou Funchal ao Marítimo ?
Ou o poder político, qualquer que ele seja, sempre atento venerador e obrigado aos Pinto da Costa e Filipes Vieiras deste mundo ?
Ou a forma como a Sporttv utiliza os calendários e as transmissões para interferir na verdade desportiva do campeonato favorecendo o trio ?
Porque razão os do trio jogam quando lhes dá jeito e os outros quando calha ?
Porque razão clubes como o Vitória que tem no público um dos seus trunfos maiores se vê frequentemente obrigado a jogar em dias e horas que impossibilitam os adeptos de irem ao estádio ?
Ou a estúpida norma das transmissões televisivas que obriga a RTP(serviço público de televisão) a transmitir semanalmente,em canal aberto, um jogo da Liga Sagres mas em que obrigatoriamente participe um dos do trio ?
Não será isto um violação das normas da concorrência com óbvio favorecimento dos patrocinadores desses clubes ?
Ou a complacência com que olha para os passivos brutais do trio sem indagar como continuam a fazer contratações (aí com o SCP a ser muito mais razoável) e a pagar ordenados incomportáveis para a nossa realidade ?
Ou a forma como se tenta naturalizar brasileiros de molde a levá-los á selecção e valorizar,por consequência os activos do trio ?
Ou será que o FCP perdeu dinheiro com as naturalizações de Deco e Pepe ?
Ou o SCP perderá se conseguir naturalizar Liedson ?
O futebol português é uma imensa mentira e uma enorme desonestidade.
Porque com a conivência do Estado, da comunicação social, da FPF e da LPFP( muito menos no presente mas muitissimo no passado) tudo existe em função de três clubes.
Os outros são parceiros menores, desrespeitados e indefesos.
A quem se assalta, literalmente,sempre que os senhores todo poderosos necessitam.
Até ao dia em que os outros clubes ganhem vergonha na cara e façam uma revolução no futebol.
Que ,em todo o caso, já pecará por muito tardia.
Porque basta de vigarice.
Depois Falamos

terça-feira, março 17, 2009

Lampiões Partidos

Cartoon de Miguel Salazar

O humor inteligente tem piada e não ofende.
No passado fim de semana o Vitória obteve um duplo triunfo sobre o Benfica em futebol e voleibol.
Em ambos os casos com inquestionável mérito !
Quase unanimemente reconhecido no jogo de futebol com a excepção de uns "jornaleiros" do regime e de dois comentadores de arbitragem que fazem parte do "Tribunal" de um jornaleco especialista em piruetas.
Mas como um desses críticos detesta o Vitória e o outro é assalariado do SLB está explicada a miopia com que analisaram o lance.
Pois a propósito desse fim de semana, em que recordamos aos mais esquecidos que "Portugal é Guimarães o resto são conquistas",o Miguel Salazar desenhou mais um magnifico cartoon.Cujo original mais o texto podem ser vistos em:
http://d-afonsohenriques.blogspot.com/.
Vale a pena.
Depois Falamos

domingo, março 15, 2009

A Bola e o Jogo




Sou ainda de uma geração que apreendeu a ler com o jornal "A Bola".
E com os grandes jornalistas que por lá escreviam.
Já não apanhei os escritos de Cândido de Oliveira, seu fundador e mentor,mas "consolei-me" a ler prosas de Carlos Pinhão,Vítor Santos,Alfredo Farinha,Carlos Miranda,Aurélio Márcio,Homero Serpa,Cruz dos Santos entre outros.
Escreviam com elegância,conheciam os assuntos,faziam pedagogia nos seus escritos.
Eram claramente adeptos dos clubes de Lisboa mas não se deixavam levar pela clubite na hora de escreverem crónicas,fazerem entrevistas,analisarem os mais diversos aspectos do desporto em geral e do futebol em particular.
E durante quase trinta anos foi o meu jornal desportivo de referência.
Pese embora algumas discordâncias com escritos mais políticos que por lá apareciam.
Mas o tempo passou.
E essa "inclita" geração de jornalistas desportivos ,por força das leis da vida,foi desaparecendo.
Substituída ,nalguns casos,por filhos e sobrinhos.
Vítor Serpa,Leonor Pinhão,Rui Santos entre outros.
Tendo como consequência uma brutal queda de qualidade e um acentuar da clubite até atingir as raias do fanatismo.
Benfiquista entenda-se.
E mudei para "O Jogo".
Jornal do Norte, feito por um naipe de jornalistas cada vez melhor,com grande atenção aos clubes da região.
Nomeadamente ao Vitória.
E pelo "O Jogo" fiquei nos últimos dez anos/onze anos.
Particularmente sensibilizado pelo facto de quando o Vitória desceu de divisão terem continuado a proporcionar-lhe uma atenção idêntica á proporcionada quando estava na I Liga.
Eis senão quando o Vitória e o Porto se desentendem no inicio desta época desportiva.
E "O Jogo" passa a tratar o Vitória de outra forma.
Menos isenta,menos factual,mais especulativa e ás vezes até na periferia da destabilização.
Até pode negá-lo (como aliás já o fizeram quando responsáveis vitorianos denunciaram o facto) mas eu leio jornais á quarenta anos.
Nas linhas e nas entrelinhas.
Simultâneamente constatei que "A Bola" estava a dar uma atenção ao Vitória superior ao que era habitual.
O que me agradou.
Todo este introito para concluir o seguinte.
Ontem o Vitória ganhou na Luz com toda a justiça.
Como a generalidade dos comentadores reconheceu.
Hoje comparei as peças dos dois jornais sobre o desafio.
E fiquei definitivamente elucidado.
"A Bola" dá a capa toda ao Benfica,é certo, mas a análise do jogo é intrinsecamente verdadeira.
Reconhece que o Vitória dominou o jogo,que ganhou com justiça e que o árbitro fez uma boa exibição.
Quanto ao golo consideram-no perfeitamente legal.
Como aliás as imagens televisivas amplamente documentam.
Nos lances mais polémicos realçam,para além do acerto na validação do golo,uma entrada sem bola de Di Maria a Moreno que devia ter merecido punição disciplinar e um lance aos 88 m em que Nuno Gomes faz um remate perigoso mas em fora de jogo não assinalado.
Quanto á avaliação dos jogadores dão um total de 69 pontos ao SLB (que perdeu) e de 79 pontos ao Vitória.
Lógico portanto.
E "O Jogo" ?
Uma vergonha senhores.
Capa com jogadores do Vitória e um grande titulo "O Adepto da Onça" realçando o benfiquismo de Cajuda.
Que aliás acentuam em sub titulo.
Depois um vendaval de anti vitorianismo.
Golo irregular,árbitro com influência no resultado,o SLB perdeu por cauda de um golo irregular e das lacunas próprias (só não dizem que esteve sozinho em campo mas pouco faltou...) e quanto aos lances Di Maria/Moreno e Nuno Gomes em fora de jogo nem uma palavra.
Uma que fosse.
Mas o melhor está mesmo guardado para o fim.
O rapazito que fez a análise individual dos jogadores (Filipe Pedras de seu nome) pontuou as duas equipas da seguinte maneira:
SLB (que perdeu) 67 pontos.
Vitória (que ganhou) 56 pontos !
Mais do que ver jogos com óculos vermelhos,o que é evidente pelo que escreveu sobre os jogadores, o rapazito deu um tremendo exemplo de desonestidade intelectual.
Compare-se o que o tipo escreveu sobre Lionn com o que em " A Bola" escreveu o jornalista Hugo do Carmo:
Rapazito de "O Jogo": "Demorou a entrar no jogo e,enquanto não o fez,foi vendo Di Maria causar estragos pelo seu flanco.E mesmo quando se preparava para subir um furo de rendimento foi sempre "fustigado" pela opção atacante dos encarnados". Deu nota três.
Hugo do Carmo em "A Bola": Rápido e incisivo ganhou duelo com Di Maria um dos rápidos executantes da equipa adversária". Pontuou Lionn com nota seis.
É um entre vários exemplos de como o jornal lisboeta e benfiquista tratou correctamente o Vitória enquanto ao jornal do Norte só lhe faltou lamentar expressamente o resultado.
Não será isto ainda o suficiente para voltar a ser leitor assíduo de "A Bola" até porque uma andorinha não faz a Primavera.
Mas é seguramente o suficiente para colocar " O Jogo" no patamar dos jornais para os quais se olha com cada vez mais duvidas.
E a esses lemos ocasionalmente e compramos de forma cada vez mais espaçada.
Nota final para esclarecer que neste post não de fala do Record porque é um jornal que nem me passa pela cabeça ler quanto mais comprar !
Depois Falamos

E á 5ª fez-se Luz !


Fotos:www.vitoriasc.pt

A festa dos jogadores no terreno de jogo e dos vitorianos na bancada pode significar o fim do pesadelo em que se estava a transformar a época do clube.
Depois das expectativas criadas com a temporada anterior este ano tudo correu mal.
Eliminados da Champions por uma arbitragem miserável.
Afastados da Uefa depois de uma recuperação brilhante ter posto o apuramento a um pequeno passo.
Eliminados da taça de Portugal ,em casa com o Amadora,quando tínhamos tudo para seguir em frente.
Eliminados da taça da Liga por este mesmo Benfica com duas arbitragens muito "jeitosas"...
Mas essencialmente um campeonato em que as exibições e resultados estiveram quase sempre abaixo do expectável.
Nos últimos tempos ,contudo,parecem existir sinais de melhorias.
De que são indissociáveis três realidades.
Cajuda deixou-se de invenções, como jogar sem ponta de lança, e passou a jogar com os jogadores nas posições correctas.
Custódio ,Milhazes (mais) Santana e Cícero (menos,por agora) vieram enriquecer as soluções de Cajuda e dão mais valia ao plantel.
Paulo Pereira voltou a dirigir o departamento de futebol e acredito que isso transmitiu estabilidade e coesão ao grupo.
Foi assim que o Vitória ganhou os dois últimos jogos.
Jogando melhor,com mais tranquilidade,sendo superior aos adversários.
O que acaba por tornar natural o triunfo de hoje.
Afinal foi o terceiro classificado da época passada a ganhar em casa do quarto classificado.
Nada de surpreendente.
Surpreendente foi,isso sim,em quatro jogos termos perdido quatro vezes com "este" Benfica.
Espera-se que agora com a embalagem destes dois triunfos o Vitória arranque para um final de época condizente com os seus pergaminhos.
Até porque tem vários jogadores em grande momento de forma (Moreno,Nuno Assis,Flávio,Nilson,Roberto) outros com o rendimento em crescendo (Marquinho,Lionn,Desmarets,Milhazes,Custódio) outros ainda de quem se espera bastante mais (João Alves,Santana,Cícero,Luciano) e lesionados (Douglas,Sereno,Andrezinho,Serginho e Luís Filipe) cujo regresso parece estar para breve e que darão um enorme contributo para a qualidade competitiva da equipa.
Tivesse o Vitória todo este plantel operacional desde o inicio da época e seguramente estariamos agora a falar de outros objectivos.
Mas não tinha.
E não valendo a pena escalpelizar,neste momento,as razões importa é que saibamos lutar por aquilo que ainda esteja ao nosso alcance.
O apuramento para a taça Uefa.
E todos significa jogadores,técnicos,dirigentes e adeptos.
Porque ainda é possível chegarmos lá.
Depois Falamos

O do costume...


Não quero voltar ao mesmo mas a memória até na politica é um bem precioso.
O presidente da distrital de Lisboa do PSD,Carlos Carreiras,apresentou queixa á entidade reguladora da comunicação social quanto á presença semanal do presidente/recandidato á Câmara de Lisboa no programa Quadratura do circulo.
Com o argumento acertado de que tal serve para promover,sem contraditório,a sua recandidatura.
Tem Carlos Carreiras toda a razão.
E claro que se António Costa tivesse vergonha já há muito que teria abandonado o programa.
Mas António Costa ter vergonha é questão que não se põe !
E a SIC vai pelo mesmo caminho porque anda deliberadamente a promover um candidato.
Mas o que importa para este post é dizer mais uma vez o seguinte:
António Costa está nesse programa porque,sendo já presidente do município e óbvio recandidato,foi convidado.
Pela SIC dando seguimento a uma tradição do próprio programa segundo a qual quando um comentador sai os dois restantes escolhem o novo participante.
E Lobo Xavier e Pacheco Pereira escolheram António Costa.
Sabendo tudo que atrás está escrito.
Das motivações de Lobo Xavier não sei nem me interessa.
Embora não me seja difícil supor...
Pacheco Pereira,esse exímio pregador de moral (para os outros bem entendido), como de costume apenas quis dificultar a tarefa do partido de que infelizmente é inscrito.
Ajudando a promover o presidente/recandidato socialista !
Sinceramente só merece desprezo.
O desprezo que se vota a quem apenas está num partido por puro oportunismo.
E defesa da carreira e dos cachets de comentador.
Com conselheiros como ele MFL não vai a lado nenhum.
Porque cada vez que o sujeito aparece os votos ...desaparecem.
E por hoje,sobre este assunto,por aqui me fico...
Depois Falamos

O Tempo e o Modo

Manuela Ferreira Leite proferiu um durissimo, e acertado,ataque ao governo na avaliação feita pelo PSD aos quatro anos de governo socialista.
Num discurso bem estruturado, e com uma imagem nitidamente a ser trabalhada por quem sabe da matéria, terá conseguido a sua melhor intervenção enquanto líder do partido.
O que se regista em tempos já de pré campanha.
Existem contudo alguns aspectos que me parecem passiveis de ser melhorados para optimizar a transmissão da mensagem.
Desde logo a plateia.
São sempre as mesmas caras sessão após sessão e líder após líder !
Os deputados,os dirigentes distritais e nacionais (que vão aparecendo e desaparecendo conforme se vai mudando de líder) os amigos e familiares.
Preferia ver lá povo.
A segunda questão,que já vem de á uns anos valentes,tem a ver com o local.
Eu sei que há gente no PSD que adora o centro cultural de Belém.
É chique,bem frequentado,bom estacionamento,perto da Lapa e do Restelo,não muito longe da autoestrada para o Estoril e Cascais.
Mas é o pior sitio do país para conquistar votos.
Porque é elitista, porque o povo não vai lá,porque cria um enorme distanciamento com o cidadão.
Preferia,sem demagogia,ver MFL falar da pobreza,do desemprego,dos problemas dos idosos e dos doentes noutro sitio.
Á porta de uma empresa com salários em atraso.
Num centro de saúde com enormes listas de espera.
Num centro de emprego a que acorrem diariamente portugueses desesperados por terem trabalho.
Em suma no meio do povo.
O PSD tem de conquistar a rua de novo.
Por aí,num tempo em que Sócrates tem medo de ir á...rua,pode passar a chave de um sucesso eleitoral.
Porque metidos em hotéis de 5 estrelas ou em centros culturais das elites lisboetas não vamos a lado nenhum.
Ainda que alguma "entourage" se afadigue a dar palmadinhas nas costas da líder (como outras entourages fizeram com outros lideres) dizendo-lhe que esteve muito bem e que a sessão foi um enorme sucesso.
Não foi.
Porque o povo não deu por ela.
Depois Falamos

quinta-feira, março 12, 2009

Poderio Inglês

Os oitavos de final da Liga dos Campeões,acabados de disputar,deram uma exuberante prova do
poderio do futebol inglês.
Nos oito apurados para os quartos de final, a par de uma equipa portuguesa outra alemã e duas espanholas,estão quatro clubes ingleses.
Ou seja todos os que entraram na presente edição da prova.
Nesta fase da competição quis o sorteio que houvesses um triplo confronto entre ingleses e italianos.
Manchester United-Inter, Arsenal- Roma e Chelsea- Juventus.
3-0 para os ingleses.
Isto enquanto o Liverpool se entretinha a cilindrar o colosso Real Madrid.
Independentemente do que venha a acontecer, e o sorteio algo dirá,parece-me que os ingleses vão a caminho de nova vitória na "Champions" face á superioridade que vem demonstrando.
Mas parece-me também que isto obriga a alguma reflexão .
A que se deve esta superioridade ?
Ao valor das equipas ?
Aos orçamentos ?
Itália também tem grandes equipas e já desapareceu da presente edição.
Espanha tem clubes com orçamentos equiparáveis (por exemplo o citado Real Madrid) e já só tem metade das equipas em prova.
Penso que a principal razão está na forma como o futebol é encarado em Inglaterra.
Com tremendo profissionalismo, uma organização modelar e calendários altamente competitivos.
Inglaterra é o país europeu com mais clubes na primeira liga e daí o seu campeonato ser o que mais jornadas tem.
Disputam a sério, e em simultâneo, a Taça de Inglaterra e a taça da liga inglesa.
Para além das competições europeias.
Ou seja como todas as semanas tem,pelo menos, dois jogos disputados com grande intensidade competitiva os seus jogadores estão habituados a jogar permanentemente em alta rotação.
Treinam jogando !
Ontem isso foi bem patente no prolongamento do Roma-Arsenal com os italianos completamente rotos enquanto os ingleses continuavam a correr com toda a normalidade.
Por isso me rio do ar cansado dos jogadores dos clubes portugueses a quem fazer mais de um jogo por semana provoca mais confusão que ao Miguel Veloso a hora de escolher novo penteado !
Porque,curiosamente,os mesmissimos jogadores que por cá se cansam muito se tiverem de jogar duas vezes na mesma semana quando se transferem para outros campeonatos fazem-no com o maior dos á vontades.
No fundo o que está em causa é o profissionalismo dos jogadores e a organização dos campeonatos.
Continuem a reduzir equipas ás competiçoes profissionais (já existe quem defenda a redução para 12 !!!) e depois admirem-se de fenómenos como o de Munique .
Porque ,doa a quem doer ,em Portugal só o Porto joga a ritmo europeu.
Quer na intensidade quer na atitude.
Os outros...
Depois Falamos

Um novo Futebol

Foto:www.gloriasdopassado.pt.vu (Vitória 75/76)
Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
Quis curiosa coincidência que estando em discussão a reformulação, mais uma, dos quadros competitivos do futebol português viesse agora a Liga Portuguesa de Futebol Profissional propor um conjunto de regras para os campeonatos profissionais de 2009/2010.
Num caso e noutro o que está claramente em causa são contributos para a melhoria global do nosso futebol.
Os quadros competitivos são uma velha questão, nunca encerrada, e que permanentemente volta á ribalta.
Que vai desde o número de clubes que compõe a primeira Liga até ao número de séries que devem existir na III divisão.
Passando pelo sobe e desce, pelas equipas insulares, pela verdade do profissionalismo encapotado que chega aos distritais de futebol.
Oportunamente o “Correio do Minho” procederá a interessante debate, na próxima segunda feira, em que toda esta problemática será seguramente abordada.
Passemos então ás propostas da direcção da Liga a serem votadas em Assembleia-geral.
Que são essencialmente quatro.
Duas respeitam á inscrição de equipas nos campeonatos profissionais, uma ao sorteio da próxima Liga e outra á criação do provedor dos adeptos.
Começando por esta ultima parece-me claramente uma boa ideia.
Com algum romantismo, é certo, mas imbuída do espírito positivo de permitir aos “clientes” do espectáculo futebol terem o seu “livro de reclamações”.
Pode ser uma boa oportunidade de corrigir algumas coisas.
Quanto á inscrição das equipas nas ligas profissionais a proposta vai no sentido dela só ser permitida aos clubes que em Maio deste ano não tenham salários e atraso aos seus profissionais.
É claramente uma medida moralizadora que assegurará não só que todas as equipas iniciem a época em plano de igualdade mas também que nenhuma fique sujeita a “ajudas” que a inibam de competir ao seu melhor nível…
Conviria complementá-la com uma monitorização periódica do cumprimento salarial de molde a que a meio do campeonato não surjam os problemas habituais.
Clube com mais de dois meses de salários em atraso deve ser de imediato excluído da competição.
Propõe-se também a exigência de certidões do fisco e da segurança social a atestarem que os clubes estão a cumprir as obrigações nesses âmbitos.
Excelente também.
Desde que essas certidões não sejam obtidas através do (falso) pagamento de responsabilidades com cheques sem provisão como tantas vezes aconteceu no passado.
Bastaria, para tanto, que as certidões fossem passadas apenas depois da boa cobrança dos cheques.
Finalmente o sorteio das provas.
E aqui a minha discordância quanto a sorteios condicionados.
Acho que a regulamentação no futebol deve ser a estritamente indispensável sem forçar os condicionalismos.
Do meu ponto de vista não faz sentido impedir a existência de clássicos e dos derbys do Minho e da Madeira nas quatro primeiras jornadas.
Não vejo razão objectiva (grandes campeonatos tantas vezes começam com grandes jogos) para impedir esses confrontos para alem de remeterem os outros nove clubes para um papel de menoridade que não se justifica.
Mas, em bom rigor, isso também será o menos se todas as outras propostas vierem a ser aprovadas.
Já agora também deixo aqui algumas ideias que podem eventualmente contribuir para a melhoria qualitativa, e também de verdade desportiva, da próxima liga.
Limitação do número de jogadores que cada clube pode emprestar a competidores do mesmo campeonato.
Assim se impediria, por exemplo, que o Porto tivesse (como tem)jogadores em meia dúzia de clubes da primeira liga.
Limite de estrangeiros por equipa, num modelo idêntico ao inglês que exige determinados pressupostos para emissão de uma licença de trabalho, de molde a dar mais oportunidades aos jogadores portugueses.
Obrigação de em cada ficha de jogo um clube ter forçosamente de fazer constar pelo menos três atletas oriundos da respectiva formação.
Não é com estas e outras ideias que se resolvem, seguramente, os problemas estruturais do futebol português.
Mas o caminho faz-se andando…

BOLA CHEIA
20.512
O número de espectadores do Vitória-Belenenses.
Mesmo sabendo que as senhoras tiveram entrada gratuita são números invulgares.
Especialmente se considerarmos que clubes com milhões de adeptos não tiveram mais de 8000 espectadores nos seus jogos.
Muito pouco esmo sabendo-se que jogara fora de casa.

BOLA VAZIA
Setúbal
Faz pena ver o estado de abandono a que chegou um dos clubes mais tradicionais do nosso futebol e senhor de um belo palmarés.
Sem dirigentes, sem apoios, sem perspectivas de solução dos seus problemas.
Vai resistindo graças aos adeptos e ao profissionalismo de jogadores e técnicos.É o retrato cru, mas verdadeiro, do estado a que o nosso futebol está a chegar

segunda-feira, março 09, 2009

O vil metal


Amanha chega a Lisboa um dos mais antigos e sanguinários ditadores de África.
Chama-se José Eduardo dos Santos e está no poder em Angola á quase trinta anos.
Sem eleições livres,sem alternância democrática,sem qualquer respeito pelos direitos humanos.
Nestes trinta anos o regime angolano e a sua sinistra policia secreta mataram,torturaram,prenderam e fizeram desaparecer opositores políticos.
Viciaram resultados de eleições !
Conseguiram um recorde digno do Guiness ao realizarem eleições presidenciais em 1992 cujo resultado obrigava a uma segunda volta que passados dezassete anos ainda não se realizou.
Entretanto,á cautela,mataram o candidato que se opôs a Eduardo dos Santos.
Ao abrigo de acordos assinados de boa fé,pela outra parte entenda-se,deixaram a UNITA voltar para Luanda e participar num simulacro de eleições aproveitando posteriormente a oportunidade para massacrarem muitos dos dirigentes desse partido que tinham ido para a capital do país acreditando na paz.
Eduardo dos Santos é um ditador,com as mãos sujas de sangue,que preside a um regime que se caracteriza pela tirania,pela corrupção,pelo apropriação das imensas riquezas pela oligarquia dirigente enquanto o povo continua a viver em condições miseráveis.
Compreendo as relações entre Estados.
Mas não compreendo que se receba o ditador.
E muito menos compreendo as posições de dirigentes do PSD e do PS que se congratulam com a visita e saúdam o ditador como se de um democrata se tratasse.
Tenham vergonha !
Porque sei muito bem que as direcções desses partidos estão enxameadas de dirigentes que são simultâneamente homens de negócios, membros de grandes escritórios de advogados que intermedeiam interesses,gente que tem tudo a ganhar com um bom relacionamento com o ditador e a sua clique dirigente.
Tudo a ganhar em função do vil metal entenda-se.
Mas não misturem os interesses pessoais/profissionais com as posições dos respectivos partidos.
Porque,e por esse falo porque é o que me toca,nunca o PSD se reviu no MPLA e nos seus dirigentes.
Bem pelo contrário sempre condenou a forma como esse partido se comportava na sociedade angolana.
É inadmissível que em nome dos interesses de uns quantos se subverta toda a História de vida de um partido social democrata.
Nesta matéria CDS e Bloco de Esquerda tiveram,honra lhes seja feita, posições bem mais dignas e independentes dos camiões de dinheiro que a sonangol e afins vão despejando pelos entrepostos mercantis de Lisboa.
Como diria José Mourinho,noutro contexto é certo, basta de "prostituição intelectual" !
Depois Falamos

A "pequena" Venezuela !

Já todos tinhamos notado que, fruto de estreitas amizades latino americanas, o nosso primeiro ministro anda a tentar transformar Portugal numa pequena Venezuela europeia.
Com a inspiração do camarada e amigo (e grande entusiasta do computador Magalhães)Hugo Chávez chegou-se a este ponto:
Também por cá já se nacionalizam bancos.
Também por cá se promove o culto da personalidade do "chefe" a niveis nunca vistos.
Também por cá se pressiona a imprensa livre das formas que se veêm, das que não se veêm e das que se vão sabendo.
Também por cá se ostracizam os adversários de outros partidos acusando-os de cabalas,forças ocultas e e campanhas negras.
Também por cá há quem ache que em prol do governo e do chefe se deve fechar os olhos a tudo,desde licenciaturas tiradas on line, a curiosos projectos de arquitectura de paternidade duvidosa,passando por convenientes esquecimentos a propósito de reuniões onde era melhor não ter estado mas esteve !
Também por cá se ensaiam purgas aqueles que no partido do "chefe" não pensam própriamente como ele.
Mas o "chavismo-socratismo" agora vai mais longe.
Mistura Governo com partido socialista.
E assim se assiste,sem surpresa mas com indignação,á nomeação do ministro do trabalho e da solidariedade social para coordenador, pelo PS como é óbvio, das três campanhas eleitorais deste ano.
Por um lado porque se pensava,sem ingenuidade entenda-se,que um ministro tinha mais que fazer do que andar a coordenar campanhas eleitorais.
Por outro porque é de uma tremenda falta de ética pôr um ministro em funções a executar trabalhos de âmbito partidário que podiam muito bem ser levados a cabo por outro dirigente socialista que não estivesse no governo.
Não contribuindo para esta mistura de tarefas que em nada dignificam o Estado.
Finalmente porque causa uma enorme sensação de desconforto ver nessas tarefas o ministro responsável pelo emprego, pela segurança social,pelo rendimento minimo e por outras coisas inerentes.
Dá a sensação que Sócrates,apesar de tudo que se vai sabendo,se acha num estado de imunidade plena.
O posso ,quero e mando de que se fez outro periodo da História portuguesa.
Que se supunha definitivamente ultrapassado.
Afinal parece que não...
Depois Falamos

domingo, março 08, 2009

A boa escolha


Pé ante pé o tremendo ciclo eleitoral de 2009 vai-se aproximando.
Mais um mês e estaremos em pré campanha para as europeias de Junho, a escolha de candidatos para as autárquicas vai-se processando em aceleração continua, apenas as legislativas estarão menos na ordem do dia.
Embora,não nos enganemos,é precisamente em função delas que tudo o resto se vai condicionar.
Creio que o PSD terá nas europeias uma boa oportunidade de travar este percurso fatalista que parece apontar para derrotas inevitáveis,quiçá pesadas, nas eleições legislativas e europeias.
Porque nas autárquicas espera-se mais uma vitória.
Ao contrário de muitos analistas penso que o PS não fez uma boa escolha para cabeça de lista.
Vital Moreira,independentemente dos indiscutíveis méritos pessoais, vai ter dificuldade em fazer o pleno do PS quanto mais ir buscar votos a outras áreas politicas.
Basta ver,quanto ao PS, as declarações de Manuel Alegre ao Expresso para ter a certeza disso.
Á direita do PS não reúne quaisquer simpatias e á esquerda com o Bloco em fase de afirmação e crescimento não me parece que tenha onde ir buscar votos.
Porque ao PCP não vai seguramente.
O segredo,para o PSD,está seguramente na capacidade de encontrar um cabeça de lista capaz de concentrar em si o voto de protesto contra o governo que sempre surge nas europeias.
Que faça o pleno do partido e ainda capte os votos flutuantes entre ele e os socialistas.
Tenho visto defender os mais diversos nomes.
Uns com lógica e sentido politico e outros mera manobra de diversão.
Há nomes que seriam,sem duvida,aglutinadores de votos mas manifestamente não querem ser candidatos.
Marcelo e Balsemão por exemplo.
Qualquer um deles uniria o partido á volta da candidatura,provavelmente mais Balsemão do que Marcelo, mas não vale a pena especular sobre impossibilidades.
Marques Mendes,outro nome aventado,pode ser uma boa solução e eventualmente uma candidatura capaz de inverter o tal ciclo de fatalismo.
Falta saber se quer e se a líder o quer.
Pacheco Pereira,de que alguns falam,é uma excelente hipótese para o partido começar o ciclo eleitoral com uma derrota estrondosa.
Seria a sorte grande para o CDS se este partido tiver um bom candidato.
Aguiar Branco,o vice presidente sempre disponível para tudo menos para se candidatar a uma autarquia,é defendido por algumas vozes.
Poucas por convicção, algumas por tacticismo,bastantes por pura brincadeira.
Seria uma candidatura,a de Aguiar Branco,que levaria muitos militantes a votar em...branco.
Mas não em Aguiar.
Não me parece que a dra Manuela Ferreira Leite queira correr esse risco.
Daí que o melhor será mesmo aguardar com alguma tranquilidade a escolha da presidente do PSD.
Que no actual contexto me parece sensata na decisão de deixar para Abril a divulgação do nome.
Porque evita o entrar-se já em pré campanha,como tanto gostaria o governo que assim veria as atenções desviadas das sua actividade, e pode tirar dividendos positivos de anunciar um nome forte mais próximo do acto eleitoral.
Há aqui, repito,uma boa oportunidade.
Depois Falamos

sexta-feira, março 06, 2009

Falta de Senso


O Presidente da República efectuou uma importante visita de Estado á Alemanha.
Que é o país mais rico , e poderoso, da Europa e com quem Portugal tudo tem a ganhar em termos de um relacionamento o mais estreito possivel.
A acompanhar a visita,como é norma,seguiu uma delegação parlamentar composta por deputados de todos os partidos com assento parlamentar.
Que subitamente desapareceu da visita !
Não,não vale a pena chamar a polícia.
Os senhores deputados ausentaram-se de uma visita de Estado do presidente da República para virem a correr participar na votação sobre as taxas moderadoras.
Porque a falta de sentido de Estado, a falta de senso, a falta de respeito pelas instituições transformou as votações mais polémicas no Parlamento numa espécie de derby Vitória-Braga ou Sporting-Benfica em que se faz tudo para vencer e,se possivel,deixar mal visto o adversário.
Ao invés de ,sabendo-se que estavam delegações parlamentares no estrangeiro,se terem adiado as votações para o final da deslocação preferiu-se uma tentativa de golpadazinha (é o que dão as amizades com o Hugo Chavez) de molde a garantir o triunfo nas votações.
A responsabilidade é obviamente do PS.
E do presidente da Assembleia da República.
Mas os restantes partido bem podiam ter evitado participar no "folclore" dos regressos antecipados dando instruções aos seus deputados para permanecerem na Alemanha.
Deixavam os socialistas a fazerem essa triste figura sózinhos.
Perderiam,na mesma,a votação.
Mas ganhariam na dignidade da atitude.
Depois Falamos

Discriminação Pura !

Guimarães tem um dos melhores estádios portugueses.
Completamente remodelado para o Euro 2004.
O Vitória tem de há muito tempo a esta parte a melhor média de assistências do futebol português.
Que manteve mesmo na II Liga.
Tem mais de 30.000 sócios pagantes e mais de 20.000 lugares anuais vendidos.
Números que só são ultrapassados pelos que sabemos e que deixam a larga distância todos os outros.
Esta paixão pelo futebol merecia ser reconhecida, estimulada e, porque não dizê-lo,recompensada.
Uma das formas de premiar este público seria fazer a selecção nacional de futebol jogar,de vez em quando, em Guimarães.
O histórico é,contudo, miserável.
Um jogo particular com a França em 1983.
Um jogo de apuramento para o Euro 1996 com essa potência do futebol mundial chamada Azerbeijão.
Um jogo particular com a Espanha em 2003.
Só !
Quando estádios "fantasma" como o do Algarve tem direito a outro tratamento.
Ou estádios sem público,como Aveiro , Leiria ou Bessa,já lá tiveram a selecção várias vezes.
Para não falar de três estádios em que a selecção joga quase sempre.
Não sei e já nem me interessa a razão pela qual o quase vitalício Madail e respectiva direcção tiveram ao longos dos últimos anos este comportamento para com Guimarães e o seu público.
De Madail,em bom rigor,só espero que se vá embora.
E bem depressa.
Mesmo assim já com grande atraso.
Depois Falamos