poderio do futebol inglês.
Nos oito apurados para os quartos de final, a par de uma equipa portuguesa outra alemã e duas espanholas,estão quatro clubes ingleses.
Ou seja todos os que entraram na presente edição da prova.
Nesta fase da competição quis o sorteio que houvesses um triplo confronto entre ingleses e italianos.
Manchester United-Inter, Arsenal- Roma e Chelsea- Juventus.
3-0 para os ingleses.
Isto enquanto o Liverpool se entretinha a cilindrar o colosso Real Madrid.
Independentemente do que venha a acontecer, e o sorteio algo dirá,parece-me que os ingleses vão a caminho de nova vitória na "Champions" face á superioridade que vem demonstrando.
Mas parece-me também que isto obriga a alguma reflexão .
A que se deve esta superioridade ?
Ao valor das equipas ?
Aos orçamentos ?
Itália também tem grandes equipas e já desapareceu da presente edição.
Espanha tem clubes com orçamentos equiparáveis (por exemplo o citado Real Madrid) e já só tem metade das equipas em prova.
Penso que a principal razão está na forma como o futebol é encarado em Inglaterra.
Com tremendo profissionalismo, uma organização modelar e calendários altamente competitivos.
Inglaterra é o país europeu com mais clubes na primeira liga e daí o seu campeonato ser o que mais jornadas tem.
Disputam a sério, e em simultâneo, a Taça de Inglaterra e a taça da liga inglesa.
Para além das competições europeias.
Ou seja como todas as semanas tem,pelo menos, dois jogos disputados com grande intensidade competitiva os seus jogadores estão habituados a jogar permanentemente em alta rotação.
Treinam jogando !
Ontem isso foi bem patente no prolongamento do Roma-Arsenal com os italianos completamente rotos enquanto os ingleses continuavam a correr com toda a normalidade.
Por isso me rio do ar cansado dos jogadores dos clubes portugueses a quem fazer mais de um jogo por semana provoca mais confusão que ao Miguel Veloso a hora de escolher novo penteado !
Porque,curiosamente,os mesmissimos jogadores que por cá se cansam muito se tiverem de jogar duas vezes na mesma semana quando se transferem para outros campeonatos fazem-no com o maior dos á vontades.
No fundo o que está em causa é o profissionalismo dos jogadores e a organização dos campeonatos.
Continuem a reduzir equipas ás competiçoes profissionais (já existe quem defenda a redução para 12 !!!) e depois admirem-se de fenómenos como o de Munique .
Porque ,doa a quem doer ,em Portugal só o Porto joga a ritmo europeu.
Quer na intensidade quer na atitude.
Os outros...
Depois Falamos
Concordo quase por inteiro com essa análise. Só colocava mais uma questão engraçada: porque é que esse poderio dos clubes ingleses não se reflecte na selecção? E aí, bem pelo contrário, o poderio tem sido demonstrado pelos restantes países presentes nos quartos de final e pelo humilhado futebol italiano.
ResponderEliminarJulgo que ao nível dos clubes a questão está exactamente no que dizes: tem a ver com a organização dos clubes e da liga de clubes. Organização que o FC Porto segue como modelo (o MU é o modelo de inspiração do FCP) e que por isso tem tido os resultados que são visiveis. Mas os clubes ingleses estão recheados de estrangeiros e quase não têm ingleses. Daí as notórias dificuldades da selecção, que por vezes não passa das qualificações das grandes competições e ainda recentemente falhou uma grande competição.
O dirigismo em Portugal está completamente caduco e absoleto.
ResponderEliminarÉ uma realidade incontornável.
É preciso gente nova.
Com atitude,carácter e irreverência.
Gente,por exemplo,como o nosso caro Luis Cirilo,que faz parte de uma geração de gente com capacidades individuais para começar a acabar com este despotismo que é caducidade em quase tudo o que é estado ou cargos publicos.
É claro que precisavamos de um presidente da FPF com visão e prespicácia para levar o futebol,a começar pelos clubes e a acabar na selecção,o mais longe possivel.
Precisámos de gente nova ao comando.
Enervem-se.
Aproveitem o facto de estarem vivos.
Portugal e a sua história agradecem.
De acordo em tudo.
ResponderEliminarPrincipalmente com essa ideia absurda da redução de clubes na 1ª liga.
A questão é que a redução não tem nada a ver com o calendário. Tem a ver sim com a repartição do bolo publicitário e televisivo.
Quantos menos beneficiários tiver, mais toca a cada um.
Até um dia..
Caro Nuno:
ResponderEliminarEstamos de acordo.
O problema da selecção inglesa é precisamente os clubes estarem cheios de grandes jogadores de outras nacionalidades.
Por exemplo o Liverpool tem mais espanhois a titulares do que ingleses.
O Chelsea em condições normais tem tantos portugueses coo ingleses.
E por aí fora.
Claro que o FCP em Portugal é de longe o mais bem organizado. E por isso ganha muito mais que os outros.
Embora pudesse ser ainda melhor.
Bastaria a Pinto da Costa rodear-se de melhores colaboradores.
Caro Jose Alves:
Tem toda a razão.
E se pensarmos que um dos maiores responsáveis pelo "caso Saltillo" passados 23 anos ainda é vice presidente federativo com o pelouro da selecção A só nos apetece deitar as mãos á cabeça.
O futebol português precisa,de facto,de uma vassourada.
Caro Carlos:
claro que tem razão.
E ao que diz acrescentaria as datas livres para digressoes ao estrangeiro a que os outros clubes tem um acesso mais dificil.
Em bom rigor os chamados grandes querem la saber do futebol portugues.
só pensam neles