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sexta-feira, março 13, 2009

O Tempo e o Modo

Manuela Ferreira Leite proferiu um durissimo, e acertado,ataque ao governo na avaliação feita pelo PSD aos quatro anos de governo socialista.
Num discurso bem estruturado, e com uma imagem nitidamente a ser trabalhada por quem sabe da matéria, terá conseguido a sua melhor intervenção enquanto líder do partido.
O que se regista em tempos já de pré campanha.
Existem contudo alguns aspectos que me parecem passiveis de ser melhorados para optimizar a transmissão da mensagem.
Desde logo a plateia.
São sempre as mesmas caras sessão após sessão e líder após líder !
Os deputados,os dirigentes distritais e nacionais (que vão aparecendo e desaparecendo conforme se vai mudando de líder) os amigos e familiares.
Preferia ver lá povo.
A segunda questão,que já vem de á uns anos valentes,tem a ver com o local.
Eu sei que há gente no PSD que adora o centro cultural de Belém.
É chique,bem frequentado,bom estacionamento,perto da Lapa e do Restelo,não muito longe da autoestrada para o Estoril e Cascais.
Mas é o pior sitio do país para conquistar votos.
Porque é elitista, porque o povo não vai lá,porque cria um enorme distanciamento com o cidadão.
Preferia,sem demagogia,ver MFL falar da pobreza,do desemprego,dos problemas dos idosos e dos doentes noutro sitio.
Á porta de uma empresa com salários em atraso.
Num centro de saúde com enormes listas de espera.
Num centro de emprego a que acorrem diariamente portugueses desesperados por terem trabalho.
Em suma no meio do povo.
O PSD tem de conquistar a rua de novo.
Por aí,num tempo em que Sócrates tem medo de ir á...rua,pode passar a chave de um sucesso eleitoral.
Porque metidos em hotéis de 5 estrelas ou em centros culturais das elites lisboetas não vamos a lado nenhum.
Ainda que alguma "entourage" se afadigue a dar palmadinhas nas costas da líder (como outras entourages fizeram com outros lideres) dizendo-lhe que esteve muito bem e que a sessão foi um enorme sucesso.
Não foi.
Porque o povo não deu por ela.
Depois Falamos

4 comentários:

  1. o problema é sempre o mesmo.ferreira leite até pode querer ganhar as eleições embora nao tenha a minima possibilidade de sucesso.
    mas os que a rodeiam apenas querem o bloco central e a repartição dos negócios.
    nao viu os asquerosos elogios do arnaut ao ditador angolano ?
    para eles tanto faz socrates como ferreira leite.querem é negocios e mais negocios.
    foi por isso que correram com o menezes porque sabiam que com ele estavam fora das influencias que proporcionam negociatas.
    e os "croqueteiros" nao querem saber do aprtido para nada.querem é dinheiro,influencia e poder.
    por isso deixei de acreditar no psd .
    porque nao serve o povo.apenas esses mercadores sem ideologia

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  2. Pois a cena era tanto para o malta do croquete, que nem se afadigaram a convocar o povinho, como eu! Em Lisboa, onde se realizou o evento só no site de uma secção houve a notícia, os outros, ou não sabiam ou não queriam uma 'infestação' de povo.

    Amanhã há uma outra sessão no Olaiaspark, assim perto do sítio onde no fim-de-semana passado andaram aos tiros. Algum povo do 'contra' já recebeu convite porque 'miaram' que os da situação não os convocam e a distrital aqui não tolera as canalhadas habituais.

    Andam mansinhos como cordeiros -desta vez não insultaram nem fizeram ameaças -eu «desconfio dos gregos, quando trazem presentes...»

    Depois faço o relatório...

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  3. Cara Inês:
    O partido tem hábitos antigos que não mudam da noite para o dia.
    CCB,hóteis de 5 estrelas, croquetes,enfim tudo que as supostas élites gostam.
    Eu tenho saudades de ver o PSd na rua a participar em manifestações,a liderar a oposição ao governo, a afirmar-se como grande partido popular.
    Que é a sua génese.
    Bem sei que a televisão hoje comanda a vida e as estratégias,mas deixar a rua ao PC,bloco de Esquerda e sindicatos é um erro.
    Que vimos cometendo há uns anitos.

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  4. Cara Manuela:
    Isso que aponta faz todo o sentido.De facto existe gente no PSD que só tem olho para o negócio.
    E o partido é,para eles,um instrumento nada mais.
    Mas é precisamente por isso que não podemos desistir.
    Porque no dia em quie cairmos na esparrela do bloco central será o fim do PSd como grande partido e unica alternativa de poder aos socialistas

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