A eleição de Otávio como jogador do ano pela Liga de Clubes através da votação de treinadores e "capitães" de equipa satisfez os portistas, como é natural, mas enraiveceu alguns benfiquistas convictos de que o universo começa e acaba no seu clube e o resto são figurantes que apenas devem ter como função o engrandecimento do clube lisboeta.
E logo apareceram as reacções patéticas, ridiculas , idiotas até mas que pelos vistos servem como bálsamo para as feridas da azia.
Uns querem a divulgação pública das votações porque naturalmente não tendo sido o seu jogador a ganhar desconfiam logo de tenebrosas conspirações.
Até me admira não exigirem que a decisão vá a um daqueles VAR que tão bons serviços lhes prestaram ao longo da época.
Outros acham que foi uma grande injustiça tendo o Benfica sido campeão não ser um jogador seu a ganhar mas talvez pelo Memofante estar esgotado nalgumas farmácias já se esqueceram que o ano passado o campeão foi o Porto e o jogador do ano o... Darwin Nunez.
Mas aí a esses prodígios da "coerência" ninguém os ouviu reclamar.
E depois há os mais cómicos que, talvez por dizerem o que pensam mas não pensarem no que dizem, argumentam que o Otávio não devia ter ganho porque nunca foi eleito jogador do mês e portanto não faz sentido ser jogador do ano e o o eleito devia ser o agora ídolo primeiro (desde que o Enzo Fernandez aproveitou a primeira oportunidade para se pôr a andar) Aursnes a vencer.
Azar o deles Aursnes também nunca foi eleito jogador do mês!
E mesmo num clube que alguns acham acima da lei e outros no direito de só cumprir as leis que lhe agradam acaba por ser uma contradição de tal ordem que apenas o fanatismo mais ridículo ajuda a explicar.
Dito isto não posso deixar de dizer, porque corresponde ao que penso, que se eleição tivesse recaido em Aursnes teria sido igualmente justa porque é um grande jogador e foi ao longo de toda a época o melhor e mais regular jogador do Benfica.
Tal como Fran Navarro que fez mais uma enorme época no Gil Vicente podia perfeitamente ser eleito o jogador do ano.
Só que para louvar uns não há nenhuma necessidade de depreciar outros.
Depois Falamos.
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