quinta-feira, setembro 02, 2021

Sem Palavras

A melhor definição do jogo de ontem, do meu ponto de vista é claro, será dizer que nos deixa sem palavras.
Sem palavras para Ronaldo.
E sem palavras para Fernando Santos.
Por razões bem diferentes, como está bom de ver, dado que o "capitão" de Portugal continua a maravilhar-nos com o seu talento enquanto o seleccionador não cessa de nos desiludir com as suas convocatórias, os seus "onzes", as suas substituições e, já agora, o futebol jogado.
Ontem pese embora todo o domínio  de jogo a realidade mostrou-nos um Portugal falho de ideias, com jogadores em sub rendimento, muito dependente das subidas de João Cancelo para criar lances de algum envolvimento, sem meia distância nem cruzamentos feitos de molde a aproveitarem a capacidade goleadora de Ronaldo e Diogo Jota.
Isto para não falarmos da insistência de jogar com Ronaldo a ponta de lança quando ele se sente mais confortável como segundo avançado tendo na área André Silva como referência mais adiantada.
É verdade que Ronaldo falhou uma grande penalidade nos minutos iniciais, que Jota cabeceou uma bola à trave, que Bernardo Silva falhou um golo "impossível" de falhar e que o guarda redes irlandês fez uma enorme defesa num livre de Ronaldo.
E que a Irlanda foi pouco mais que inofensiva até marcar o golo e que depois dele apenas criou mais uma oportunidade clara de golo.
Mas perante uma selecção de terceira linha do futebol europeu Portugal tinha que fazer mais e melhor porque tem muito melhores jogadores e muito mais soluções que os irlandeses que foram ao Algarve tentar o pontinho e quase lhes saía a sorte grande!
Valeu Ronaldo.
Como tem valido noutras ocasiões em que o colectivo fraqueja, com inegáveis responsabilidades do seleccionador, mas não sendo Ronaldo eterno lá virá o dia (infelizmente cada vez mais próximo) em que sem ele a selecção terá de se valer da valia e do talento de outros jogadores para resolver colectivamente aquilo que agora Ronaldo por vezes resolve sozinho.
Não acredito é que nesse dia do adeus a Ronaldo a selecção possa sobreviver no seu actual patamar competitivo treinada pelo actual seleccionador que muito tem beneficiado da genialidade de CR7 para disfarçar as suas insuficiências , erros e cedências.
O Catar é o limite.
E...
Depois Falamos.

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