segunda-feira, setembro 20, 2021

Quase

Está quase.
Mais quatro dias e terá terminado a campanha eleitoral mais sensaborona, menos interessante e que menos interesse despertou nos eleitores em termos de autárquicas.
A bem dizer nem se deu por ela.
Muito por força da pandemia, que "desabituou" as pessoas da política, mas também pela falta de interesse que os candidatos que tinham por obrigação serem novidade suscitaram em eleitores que estavam, é a verdade das coisas, já por si pouco predispostos para campanhas políticas.
Claro que há excepções mas apenas confirmam a regra!
E por isso prevê-se uma noite eleitoral tranquila em que as mudanças serão muito poucas.
Em Lisboa um presidente de câmara banalíssimo, feito de "plástico" e completamente desprovido de vergonha (teve em António Costa um excelente professor), vai ganhar as eleições face a um adversário que é seguramente muito melhor que ele mas que pode "agradecer" aos partidos que o apoiam e à sua estrutura de campanha o mau resultado que vai ter.
No Porto o presidente Rui Moreira corre sozinho para um triunfo arrasador face à debilidade dos seus opositores e à estratégia completamente errada que estes seguiram querendo envolver Moreira num processo judicial a que ele é manifestamente alheio.
Em Braga o recandidato Ricardo Rio vai esmagar a concorrência e obter a sua maior vitória de sempre face a uma verdadeira falta de comparência da oposição e a um PS que parece apostar (sem qualquer sucesso) numa amnésia colectiva quanto ao longo consulado de Mesquita Machado.
Em Gaia, outrora um enorme bastião do PSD, o estúpido" hara quiri" do partido proporcionará ao socialista Eduardo Rodrigues uma vitória tranquila e quiçá ainda maior que a última face a uma absoluta falta de oposição minimamente credível.
Em Sintra o PSD sacrificou um dos seus mais valiosos e jovens quadros, Ricardo Baptista Leite, numa luta inglória (e com uma estratégia comunicacional desgraçada) face a um "cristão novo" do socialismo que fez dois mandatos banais e mesmo assim vencerá sem grande dificuldade.
E pelo país fora o panorama não vai variar muito prevendo-se que sejam as eleições de sempre em que vai existir menor troca de presidência de câmaras entre partidos pese embora aqui ou ali possam regitar-se algumas surpresas.
Na noite eleitoral a grande notícia, a fugir da monotonia, vai ser a mais que previsível vitória de Pedro Santana Lopes na Figueira da Foz com um resultado que pode atingir, ou ficar muito perto, da maioria absoluta de mandatos.
Para lá dessa vitória de uma candidatura independente não prevejo grandes novidades embora vá seguir com muita atenção os resultados do Chega no Alentejo onde a CDU bem pode ter desagradáveis surpresas.
Noutros municípios estarei especialmente atento a Guimarães ( a minha terra), Esposende (onde resido e voto), à generalidade das câmaras do meu distrito e a mais um ou outro município como Oeiras (onde o PSD não quis fazer parte da solução ganhadora), Viana do Castelo , Caminha e Coimbra onde pode haver mudanças e Santarém onde espero que o Ricardo Gonçalves obtenha uma grande vitória.
Está quase.
Depois Falamos.

Sem comentários: