Para o Vitória vencer em Portimão era manter aberta a possibilidade de na próxima época marcar presença na Liga Europa e qualquer outro resultado seria provavelmente o fim dessa expectativa ficando muito dependente de terceiros.
A verdade é que na primeira parte o Vitória fez muito pouco por isso.
Com a invenção, totalmente falhada diga-se desde já, de Ouattara como ponta de lança a equipa nunca conseguiu dar sequência aos poucos lances ofensivos que gizou permitindo ao gurardião adversário 45 minutos do mais completo sossego face à inoperância vitoriana na hora de atirar à baliza.
Do outro lado do terreno o Portimonense não tendo criado especiais oportunidades de marcar conseguiu, ainda assim, importunar Douglas em mais do que uma ocasião que por pura sorte vitoriana não deram golo.
Esperava-se que ao intervalo, perante a fraca exibição, Ivo Vieira mexesse na equipa face ao claro sub rendimento do colectivo e de alguns jogadores em particular para encetar uma tentativa séria de ganhar o jogo.
No reatamento não fez nenhuma alteração e demorou longos dezoito minutos a decidir-se a meter um ponta de lança de raiz (Bruno Duarte) para o lugar do intermitente Ola John e um médio que desse consistência ao meio campo (Poha) para o lugar de um desastrado Pepê que para lá da marcação disparatada de lances de bola parada ainda conseguiu fazer falta defensivas desnecessárias em zonas perigosas e faltas ofensivas disparatadas que pararam ataques.
E a verdade é que quatro minutos depois de ter entrado Bruno Duarte fez um excelente golo de cabeça, dando sequência a um cruzamento perfeito de Sacko, provando à evidência o disparate que é prescindir de jogar com ponta de lança e festejando certamente com particular gosto.
Daí até ao fim o Vitória controlou o jogo sem problemas de maior com a defesa, muito bem ajudada por Mikel e Poha, a resolver bem os poucos problemas que a equipa adversária lhe foi colocando de forma espaçada.
Tempo ainda para as entradas de André Almeida a render André André, autor de mais uma boa exibição, e de Pedro Henrique e Davidson mais para queimar tempo do que para outra coisa qualquer porque aos 88 minutos a palavra de ordem era defender o resultado.
Três pontos e a manutenção da luta por um lugar europeu em mais um jogo em que a equipa entrou mal e saiu bem afinal a exemplo do que tantas vezes aconteceu está época.
Hugo Miguel não é especialmente talhado para a função de árbitro e hoje só não irritou os espectadores porque eles não existiam.
Apita a tudo, apita por tudo e por nada e ainda lhe sobra tempo para cometer erros de palmatória como o inacreditável penalti assinalado contra o Vitória e que o VAR anularia por causa de um fora de jogo no início da jogada .
Depois Falamos
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