sexta-feira, julho 10, 2020

Ano Zero

Era o jogo em que só se podia ganhar.
Perdeu-se.
E perdeu-se bem porque o Vitória fez um mau jogo em que a uma primeira parte de fraco nível não correspondeu, como tantas vezes tem acontecido, uma segunda parte bem melhor  mas sim um segundo período ainda pior se possível.
Uma equipa que nunca se encontrou a si própria, em que apenas André André e o inevitável Marcus Edwards estiveram ao nível exigido, e que permitiu a um bem organizado Gil Vicente controlar o jogo de início até final conseguindo ter mais posse de bola, fazendo menos faltas e realizando tantos remates como o Vitória.
Porque considero que Ivo Vieira já é passado, até porque ao Vitória resta cumprir calendário, nem vou perder mais tempo a falar das suas opções a não ser para manifestar a estranheza por num jogo que tínhamos obrigatoriamente de ganhar para continuarmos na luta pelo lugar europeu ter retirado do relvado a 20 minutos do fim Marcus Edwards e Bruno Duarte para os substituir por João Pedro e Ouattara.
Com o resultado em 1-0 e o jogo muito longe de estar decidido prescindir , e em simultâneo, de homens que garantem golos foi uma ousadia que acabamos por pagar bem cara porque o que fazia sentido era ir em busca do 2-0 e não defender a vantagem mínima.
O que nem sequer conseguimos porque já em tempo de descontos o Gil fez dois golos e conseguiu um triunfo que fez por merecer castigando o Vitória com uma derrota que nos arreda da luta pela Europa salvo um qualquer milagre a que não estamos habituados.
O que nos condena a mais um ano zero, a mais uma época com saldo frustrante, a vermos o futuro que merecemos continuamente adiado.
Há que reflectir sobre a melhor forma de mudarmos de paradigma de uma vez por todas.
Não gostei por aí além do trabalho do árbitro Vítor Ferreira.
Não teve qualquer influência no resultado mas é daqueles árbitros "miudinhos" que apita a tudo e nem sempre bem ao mesmo tempo que em termos disciplinares foi condescendente com alguns jogadores do Gil Vicente.

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