Era mais um jogo para cumprir calendário entre um Vitória desiludido pela não apuramento europeu e um Marítimo aliviado por se ter visto livre das aflições dos últimos lugares por onde andou durante algum tempo bem contra o que lhe é habitual.
Sem pressão, sem objectivos, tinha tudo para ser um jogo bem jogado com as equipas a jogarem descontraidas o jogo pelo jogo de molde a proporcionarem um bom espectáculo aos telespectadores que ainda tenham paciência para verem futebol nesta longa época.
Há que dizer que o Vitória fez uma muito razoável exibição com André André a pautar o jogo, Florent e Sacko a subirem bem e os alas Ola John e espcialmente Edwards a criarem problemas à defesa maritimista embora sem oportunidades flagrantes de golo.
Até Edwards tirar da cartola mais um golo sensacional e abrir o marcador sentenciando o jogo como no final se viria a perceber.
Na segunda parte o Vitória continuou a ser superior com o Marítimo muito débil nas saídas para o contra ataque sendo sempre mais provável um segundo golo dos visitados do que o empate dos visitantes o que até viria a acontecer numa assistência de Edwards para Bruno Duarte mas com fora de jogo do inglês no início da jogada.
Nos instantes finais o Vitória quase sofria o empate num remate ao poste e na resposta também Ouattara rematou ao poste da baliza madeirense com Frederico Venâncio a atirar a recarga para as nuvens.
Nesses dois lances o retrato daquilo que tantas vezes se viu ao longo da época com o Vitória a sofrer golos quando já não o esperava a par de criar situações flagrantes e as desperdiçar de forma inglória quando marcar parecia ser o mais fácil.
Nas substituições "brilhou" Ivo Vieira de uma forma que não nos é estranha.
Ola John por Rochinha refrescou o flanco esquerdo mas sem grandes resultados práticos.
Bruno Duarte por Ouattara apenas terá tido, pese embora o remate ao poste de Ouattara, o triplo efeito de desmoralizar o ponta de lança Bruno Duarte que é quase sempre substituído, de desmoralizar o ponte de lança João Pedro que não entrou para o lugar do colega de posição e de desmoralizar Ouattara que entrou para uma posição que não é a sua.
A entrada de Pedro Henrique para o lugar de André significou apenas o tomar cautelas num jogo que já não contava para nada quando elas deviam ter sido tomadas em jogos em que ainda disputávamos lugares europeus e perdemos pontos por falta das tais cautelas.
A entrada de Pepê aos 91 minutos foi para queimar tempo e o ficar uma substituição por fazer foi apenas um hábito retomado de jogos anteriores.
Não deixo contudo de considerar que André Almeida passar os noventa minutos sentado foi tão incompreensível como iniciarmos o jogo sem guarda redes suplente no banco.
Felizmente falta apenas um jogo!
Porque a época não deixará nem saudades nem boas recordações que não pontuais exibições colectivas e individuais. E nesse aspecto Marcus Edwards tem-nos suavizado os desgostos com jogadas e golos de antologia.
O árbitro Luís Godinho fez um trabalho sem margem para reparos.
Depois Falamos.
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