Vitimizações...

A passagem de José Sócrates pela prisão de Évora está a caminho de dar um filme cómico tantos os episódios burlescos de que se vem caracterizando.

Desde aqueles de que já ninguém se lembrava e lá vão fazer "prova de vida" perante os meios informativos aos que aproveitam a entrada e a saída da cadeia para fazerem as mais aberrantes declarações procurando com isso pressionar o poder judicial de tudo por lá aparece.

E depois há os que vão porque não podem deixar de ir, tendo em atenção as suas agendas mediáticas e as suas conveniências politicas, de que os Antónios (Costa e Guterres) são os exemplos mais flagrantes.

A par disso há os outros episódios que se vão conhecendo.

Desde o director adjunto da cadeia(que já não devia ser neste momento) que saía do gabinete para o preso poder telefonar à vontade a quem quem e lhe apetece, naquilo que além do mais é um privilégio em relação aos "colegas" detidos, até aquilo que o Expresso hoje revela (e em notícia de capa) sobre umas botas, um cachecol e um edredão que os serviços prisionais o querem impedir de usar.

E aqui as coisas fiam mais fino.

Precisamente porque as peças referidas são todas identificadas com o Sport Lisboa e Benfica.

E embora a primeira reacção seja uma enorme vontade de rir depois percebe-se que o assunto é ligeiramente mais sério do que parece.

Porque é mais uma prova de duas coisas que são cada vez mais evidentes.

Por um lado que há uma agência de comunicação a trabalhar com o detido e a procurar criar na opinião pública uma forte simpatia para com ele a par de uma rejeição da Justiça que o mantém preso.

E a estratégia é tão eficiente que do nada faz notícia de capa do jornal mais lido do país.

A outra é que Sócrates e a agência de comunicação derem mais um passo na estratégia de vitimização.

Que começou, aliás com a ajuda de uns "idiotas" úteis e de um senil de serviço, por mostrar o detido como um politico perseguido.

E passa agora por fazer de Sócrates um benfiquista perseguido!

E sendo o Benfica o clube com mais adeptos no país percebe-se bem o intuito.

Como se percebe, e aplaude, a decisão do juiz Carlos Alexandre em lhe "emprestar" um T0 em Évora para o impedir de interferir no desenrolar das investigações.

Se com ele confinado ao T0 já é o que se vê como seria com ele cá fora a mexer-se como lhe aprouvesse...

Depois Falamos