Daqui a um ano, mais dia menos dia, Portugal vai eleger o quinto presidente da República do pós 25 de Abril.
Será o ano mais longo nesta matéria porque nunca um ano foi tão...demorado como este vai ser em termos de definição de candidatos à sucessão de Cavaco Silva.
Pela simples razão de que com eleições legislativas em Setembro/Outubro dificilmente os candidatos com aspirações a ganhar formalizarão as respectivas candidaturas antes de saberem como será o quadro politico pós eleições.
Refiro-me, como é bom de ver,a candidatos das áreas politicas de PSD e PS as únicas capazes de gerarem um candidato ganhador como sempre aconteceu nos últimos 40 anos.
E por isso com o devido respeito por todas as outras candidaturas que venham a aparecer centremos-nos naquelas que aspiram a vencer.
No PS há um candidato natural e que se avançar tem fortes hipóteses de vencer.
Só que não sabe se quer, ou melhor, só quererá se não conseguir o ambicionado lugar de secretário-geral da ONU e por isso vem alimentando um tabu que ainda vai demorar meses.
Sendo certo que se for candidato será por não ter conseguido aquilo que de facto é a sua primeira opção e não por uma motivação prioritária nesse sentido.
Está pois o PS refém das indecisões de António Guterres (algo a que não podem dizer que não estão habituados) e só depois do fim do tabu saberão se tem candidato ou se tem de ir em busca de uma segunda escolha.
Largos meses atrás não faltava no PS quem, em maior ou menor surdina, falasse de um outro possível candidato presidencial socialista.
Mas esse putativo candidato está agora em prisão preventiva pelo que António Costa, se lhe falhar Guterres, terá de ser virar para outra opção na área socialista que a mim nada admirava que fosse...Jorge Sampaio.
Na área do PSD a situação é diferente, para melhor, porque tem vários nomes capazes de protagonizarem candidaturas fortes a Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa, o mais bem posicionado nas sondagens, mas que alimenta o seu próprio tabu e só tomará uma decisão (se a vier a tomar) depois das legislativas por razões de lógica mas também de calculismo.
De lógica porque a sua notoriedade o dispensa de fazer uma campanha muito longa e de calculismo porque quer conhecer não só o quadro politico resultante das legislativas como também ter a certeza sobre o que vai fazer Guterres.
E esse calculismo pode prejudicar, senão afastar, um apoio de um PSD pouco interessado em ficar "pendurado" a dois meses das presidenciais.
Pedro Santana Lopes, o meu preferido, que tem uma notoriedade idêntica à de Marcelo mas uma experiência executiva bem superior e que fruto do excelente trabalho que vem fazendo na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ganhou um novo alento político e um reforça de credibilidade.
Curiosamente, mas muito de acordo com o seu ADN, prefere que o candidato seja apresentado na primavera e não no outono (como Marcelo ou Guterres) sem receio de uma pré campanha longa e de permanente exposição.
E Rui Rio, muito referido em certos círculos do PSD, mas de quem se desconhece qualquer motivação nesse sentido não faltando quem o aponte sim para a liderança do partido se o PS vier a ganhar as legislativas.
E tal como os "Três Mosqueteiros" que afinal eram quatro também na área do PSD havia (mas já não há ) um quarto nome.
José Manuel Durão Barroso.
Que seria seguramente um bom Presidente mas não seria,no actual contexto, um bom candidato.
E por isso se auto excluiu da "corrida".
2015,presidencialmente falando, vai ser mesmo um longo ano.
A que se espera que correspondam boas escolhas.
Depois Falamos
Sem comentários:
Enviar um comentário