São muitas as sondagens e barómetros que por aí andam e com resultados naturalmente diferentes mas há dois aspectos em que são rigorosamente iguais todas elas.
Ninguém, AD ou PS, vencerá com maioria absoluta e haverá no Parlamento uma maioria clara de centro e de direita corporizada nas votacões de AD, Chega e Il.
E por isso face ao novo paradigma introduzido na politica nacional em 2015 pelo PS de António Costa e de Pedro Nuno Santos (o principal negociador da geringonça) o que importa não é quem ganha mas quem consegue construir uma maioria parlamentar.
Pensar-se que há volta atrás, que o tempo em que um partido/coligação podia governar em minoria através de acordos parlamentares pode regressar, é unir a melhor das intenções à pior das ingenuidades e permitir que quem já infringiu essa velha regra no passado o possa voltar a fazer agora se tiver oportunidade para isso.
Sejamos claros.
Não haverá nova geringonça de esquerda porque não terão votos para isso, mesmo que o PS ganhe as eleiçoes, mas certo é que o PS jamais viabilizará um governo da AD em minoria.
Mas ficará naturalmente muito grato se o PSD viabilizar um seu governo nessas condições no qual poderá continuar a dar cabo do país e a dizer que a culpa é do governo de Pedro Passos Coelho que cessou funções vai para dez anos!
E uma coisa é certa.
Tal como com a geringonça o PS deu cabo do PCP e do BE em termos eleitorais também uma ingenuidade do PSD a viabilizar um governo socialista permitirá que o PS dê cabo do PSD deixando um vasto espaço de centro e de direita à disposição de quem for oposição a esse governo de bloco central encapotado.
E sejamos mais claros ainda.
Aqueles que hoje no PSD ,com uma ingenuidade mesclada de uns vagos complexos de esquerda e se calhar da necessidade de terem diplomas de bom comportamento passados pelo PS e pelos analistas politícos ao seu serviço, querem evitar a todo o preço qualquer entendimento do PSD com o Chega podem ficar certos que depois de uma viabiliazação de um governo socialista pelo PSD nas eleições seguintes será o Chega a não querer qualquer entendimento com o PSD.
Porque não precisará dele.
Pela simples razão de que passará de possível parceiro minoritário numa solução de governo com maioria parlamentar liderada pelo PSD a potencial vencedor das eleições seguintes face à previsível enorme capitalização oriunda de ficar praticamente sozinho como oposição à direita desse governo socialista.
E isto é tão simples de perceber que apenas me admiro que não seja entendido por quem de direito.
Em suma e a concluir direi apenas o seguinte.
Será um grave erro, que Portugal não merece nem perdoará, se havendo uma maioria de centro e de direta no Parlamento continuar a esquerda a governar por ingenuidade do PSD.
Mas, pelos vistos, há quem ache que estes oito anos ainda não foram suficientemente maus e admita dar ao PS a possibilidade de continuar no poder com os mesmos governantes, as mesmas políticas e um eventual primeiro ministro ainda pior que o actual o que não é nada fácil.
E se essa visão das coisas for posiçao oficial do PSD não tenho dúvida nenhuma que merecerá o eterno agradecimento de um PS que se manterá no governo apenas e só graças a isso.
Com o meu voto é que não será seguramente.
Depois Falamos.
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