Já sabemos que não podemos ganhar os jogos todos mas é expectável que se ganhem parte deles, não se percam outros e ,enfim, se percam os que se tem de perder quer porque o adversário é melhor quer porque a sorte e o azar do jogo assim o decidam.
Hoje foi um daqueles que se estava longe de se pensar em perder mas sabiam-se os riscos de enfrentar uma equipa com valor e treinada por um homem que conhece perfeitamente o Vitória , a sua forma de jogar e a inexistência de um plano B quando as coisas não estão a resultar.
Aliás já em textos anteriores tinha escrito que hoje no futebol não há segredos, todos os treinadores conhecem a forma de jogar dos adversários e a hipótese de surpreender está no tal plano B (e há equipa que pela riqueza do plantel até tem plano C e D mas não é o nosso caso) que a meio do jogo permita inverter a tendência do mesmo.
E a verdade é que com excepção do jogo em casa com o Estrela em vários dos outros disputados nas últimas semanas apenas conseguiramos vitória caseiras tangenciais incluindo com o Penafiel para a Taça de Portugal o que demonstra que todas as equipas já conhecem a nossa forma de jogar e o factor surpresa não existe.
Hoje assim foi uma vez mais.
Vitor Campelos organizou muito bem a sua equipa, anulou André e Jota que terão feito as exibições mais discretas dos últimos largos tempos e o Vitória nunca encontrou os caminhos para a baliza gilista com apenas dois remates na primeira parte a causarem perigo (mais o de Nuno Santos que o de Jorge Fernandes) e na segunda ainda menos porque apenas um remate de João Mendes, em posição para fazer melhor, causou relativo perigo.
E o Gil, mérito dele, foi fazendo pela vida e num lance a 5 minutos do fim em que os jogadores do Vitória perderam vários ressaltos acabou por fazer o golo que decidiu o jogo.
A resposta não existiu.
Não porque o tempo não desse para tal (jogaram-se, incluindo descontos mais dez minutos) mas porque as substituições desarticularam ainda mais a equipa e não ajudaram a uma reacção de conjunto.
Antes do golo já estavam feitas três substituições: Zé Carlos por João Mendes, Nuno Santos por André André e Jota Silva por Butzke que com ligeiros acertos posicionais não alteraram a forma de jogar da equipa mas após sofrer o golo o Vitória fez mais duas substituições e essas sim dificeis de entender.
Mangas por Afonso Freitas terá sido por cansaço porque não encontro outra explicação e se a entrada de Nélson Oliveira era mais que evidente já a saída de André Silva é muito difícil de entender porque a perder e a três minutos do final tirar o melhor goleador da equipa em vez de sacrificar um central é uma opção incompreensível ainda por cima quando é um jogador que sabe cair nos flancos abrindo a frente de ataque e tínhamos na área Butzke e Nélson Oliveira para tentarem finalizar.
Em suma três pontos ingloriamente perdidos numa partida em que o Vitória jogou em casa face aos milhares de adeptos que se deslocaram a Barcelos e que não mereciam aquele resultado de forma alguma.
Depois da derrota em Moreira de Cónegos novo desaire em Barcelos mostrando alguma fragilidade em jogos com vizinhos o que não é muito animador dado que no próximo domingo vamos a Vizela (hoje goleado em Arouca) e na quinta feira seguinte para a Taça de Portugal recebemos o...Gil Vicente.
O árbitro Fábio Melo fez um trabalho sem margem para grandes reparos embora me pareça ter pecado por excesso no amarelo a André André e por defeito no tempo de descontos (4 minutos) que bem podia ter sido ampliado em mais dois ou três minutos.
Mas claro que não foi por isso que perdemos.
Foi mesmo por culpa própria.
Há dias assim!
Depois Falamos.
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