Olhando os orçamentos de campanha dos sete candidatos presidenciais há algumas considerações a fazer começando no menor e terminando no maior.
Vitorino Silva apresenta um orçamento modesto, tal como em 2016, que grosso modo deve ser o mais realista de todos.
Marcelo Rebelo de Sousa apresenta o segundo orçamento mais baixo o que faz sentido dado que estando em campanha há cinco anos não precisa de gastar verbas avultadas nestes duas semanas de campanha estipuladas por lei.
Tiago Mayan é o terceiro orçamento mais baixo e percebe-se dado que fosse qual fosse o orçamento dificilmente o resultado seria diferente daquele que vai ser.
Provavelmente o último lugar.
A verba da candidatura de Ana Gomes é modesta e põe-na ao abrigo das desagradáveis surpresas que aconteceram com Maria de Belém. Dado contar com o apoio do sector bloquista do PS liderado por Pedro Nuno Santos assessorado pelo jovem bolchevique da JS não terá dificuldade em arranjar os yuans, perdão os euros, necessários.
André Ventura é o mais baixo dos três grandes orçamentos desta campanha e seguramente que tem tudo a ver com a alavacangem do crescimento do Chega e o objectivo de derrotar todos os candidatos de esquerda.
Os dois candidatos mais à esquerda são os que tem os orçamentos mais elevados (ai esses hábitos capitalistas...) o que tem muito a ver com a disputa entre os seus partidos pela primazia na extrema esquerda. Marisa Matias, a social democrata de geração recente, aposta em repetir 2016 como máximo e ficar à frente do candidato comunista como mínimo dos mínimos.
E por isso vai ser a segunda em gastos. João Ferreira, o candidato do PCP, tem de longe o orçamento mais elevado.
Sózinho vai gastar quase tanto como os outros seis juntos naquilo que é um investimento desesperado para travar o declinio eleitoral do PCP e tentar evitar um resultado humilhante para o partido e que lhe comprometa o tirocínio para secretário geral.
É uma das leituras possíveis destes números.
Que depois a realidade confirmará ou não.
Depois Falamos
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