quinta-feira, janeiro 14, 2021

Confinamento

Não sou especialista de saúde pública mas não me sinto por isso condicionado ao direito de comentar este confinamento até porque os responsáveis governamentais que decidiram as suas regras também não são e isso não os impediu de decidirem como está bem patente no que foi definido.
Dando de barato que ninguém jamais pensou enfrentar uma situação como a desta pandemia, o que era uma atenuante significativa há um ano mas já não é agora, a verdade é que este confinamento peca por ser escasso e correndo o risco de ser de muito pouca eficácia.
Deixar escolas, tribunais, serviços públicos entre outros como excepção às regras definidas para os cidadãos e para a economia significa que centenas de milhares de pessoas que deviam estar em casa vão andar na rua com tudo que isso significa de risco de propagação do vírus.
Especialmente as escolas é completamente incompreensível pese embora perceber que o seu encerramento significaria um sério problema para muitas famílias.
Mas a sua continuidade em funcionamento pode significar um problema ainda maior quer para alunos, professores, auxiliares de acção educativa quer para a própria saúde pública.
E ao governo faltou coragem para fazer o que devia que era encerrá-las
Em suma um confinamento com 52 excepções, algumas das quais incompreensíveis, corre o risco de não só não resolver nada como o de tornar inútil o sacrifício dos que ficam em casa e o das pequenas e médias empresas de restauração, de comércio a retalho, de pequenos serviços, entre outras, que vão ter de fechar portas durante um mês com o risco de algumas nunca mais as reabrirem.
Pena que este governo não tenha aprendido nada com as lições do primeiro confinamento e repita erros que em lado nenhum estão a ser repetidos.
Mas de um governo liderado por António Costa e com ministros como Eduarda Cabrita, Pedro Nuno Santos, Francisca Van Dunem, Marta Temido, Tiago Brandão Rodrigues, entre outros, não se pode infelizmente esperar mais do que isto!
Depois Falamos

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