sexta-feira, janeiro 17, 2014

Não e Não!

Não.
Não sou a favor da adopção ou da co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo por razões de consciência, de valores que perfilho, de princípios em que acredito.
Acredito que qualquer criança precisa de um Pai e de uma Mãe.
Que na sua diversidade se completam.
Sou pois contra estas modernices de uma esquerda que sem causas politicas se vira para as" causas fracturantes" como forma de afirmação mas sou ainda mais contra quem não sendo de esquerda tem complexos de...esquerda e a ela se junta nestes assuntos.
Mas democraticamente aceito que outros pensem de forma diferente.
Não sou dono da "verdade" nem reconheço a ninguém esse estatuto.
Não.
Não concordo minimamente com aquilo que o meu partido fez hoje no Parlamento aprovando sozinho um referendo que não tem razão de ser, que demonstra cobardia perante a responsabilidade de decidir, que traduz uma enorme falta de autoridade politica de quem manda.
Posto perante a questão de votar as leis o PSD só tinha dois caminhos.
Votava favoravelmente ou votava contra porque nestes assuntos a abstenção é a pior das cobardias.
E assumia a responsabilidade politica e moral do seu voto.
Mandar a JSD apresentar uma proposta de referendo foi uma imoral fuga ás responsabilidades e o tentar atirar para terceiros a responsabilidade de decidir.
Claro que o PSD ficou sozinho nesta inacreditável votação.
Porque mesmo o CDS, que algumas vezes tenho criticado mas a quem neste caso dou razão, se pôs de fora de semelhante atrocidade politica.
Que provavelmente será chumbada pelo Tribunal Constitucional ou, no limite, merecerá uma gaveta bem funda no palácio de Belém.
"Quo Vadis" PSD?
Depois Falamos.

2 comentários:

Francisco Guimarães disse...

Questão muito fracturante mesmo!

Sou Católico.
Para mim o valor principal (célula fundamental) da sociedade é a família.
Para mim, a constituição base da família é um Pai, uma Mãe e aqueles que deles dependem (aqui o sentido é lato: podem ser filhos biológicos, adoptivos, outros familiares ou até outras pessoas que precisem do apoio e suporte dessa família).
Sei que por motivos de falecimento ou outros nem sempre pode existir um Pai e uma Mãe, no entanto, não deixa de ser uma família (após acontecer a fatalidade) e poderá com mais ou menos dificuldade alcançar os mesmos objectivos.

As minhas convicções são contra famílias com Pai e Mãe do mesmo sexo.

Mas aceito a opinião dos outros e se, pela sociedade, pela constituição da republica, são permitidas e consideradas famílias com Pai e Mãe do mesmo sexo acho legitimo poderem adoptar crianças.

Por isso, para mim, deveria ter sido referendada a definição de família antes de tudo o resto. E definida a "famila" os direitos deveriam ser o mesmos para todas as famílias existentes.

PS (saíndo um pouco do sério): será que qualquer dia não vai ser possivel constituir uma familia entre um Homem e um Cão? ou uma Mulher e um Gato? Ou uma pessoa e um pão com chouriço? No primeiro caso era interessante o cartão de cidadão de um fiho: - Filiação: Aníbal Custódio Silva e Boby ;ou no segundo caso: - Filiação: Maria da Costa Pereira e Pantufa.

luis cirilo disse...

Caro Francisco:
São pertinentes as questões que coloca.
Infelizmente neste caso, como em tantos outros ao sabor de modas mediáticas,começou-se a casa pelo telhado.