Cumprem-se esta semana três anos sobre o congresso do PSD realizado em Pombal.
O último em que o lider foi escolhido pelos delegados eleitos pelas estruturas do partido.
Em liça Luis Marques Mendes,apoiado por (quase) todo o aparelho, e Luis Filipe Menezes com alguns apoios nas estruturas do partido mas essencialmente com uma forte implantação nas bases.
Que nesse congresso ainda não bastava.
O partido,traumatizado por meses de turbulência iniciados com a súbita partida de Durão Barroso para Bruxelas e que culminaram na dissolução do Parlamento,procurava uma nova liderança visto Pedro Santana Lopes ter decidido não se recandidatar.
Não é minha intenção,longe disso,fazer aqui a história do que foi o antes e o durante do congresso de Pombal.
Porque ainda não passou tempo suficiente e porque há coisas que ainda é cedo para contar.
Mas é bom,mais que não seja para ajudar a memórias futuras,relembrar algumas coisas que ao tempo se passaram e que viriam a ter importância nos anos seguintes.
Desde logo o contexto.
Em que um dos candidatos, logo na noite das eleições, tinha recusado a mais elementar solidariedade ao lider derrotado afirmando que era preciso mudar de vida e o outro,na mesma noite,em conferência de imprensa (a que assisti) manifestava total solidariedade a Santana e nem se pronunciava sobre a futura liderança.
Convindo recordar que ambos tinham sido cabeças de lista.
Um em Aveiro e o outro em Braga.
Foi a primeira linha de fractura.
(Continua...)
Depois Falamos
4 comentários:
Ó caro Cirilo! Então diz que os apoios das bases não chegaram para eleger Menezes?!?!
Os delegados elegeram Menezes, o pior foi a chapelada que veio numa urna de uma sala do staff (aparecida depois da contagem ter dado a vitória a Menezes) e que foi cheia de votos por alguém que não os delegados. E isto só não apareceu na imprensa porque o lóbi republicano socialista e laico estava interessado na vitória de Mendes. Digo-o porque fazendo parte dos media presentes fui testemunha.
E aquilo que começou mal, não podia ter acabado de outro modo: nos valentes 15%. Porque uma coisa é fazer-se uma chapelada interna e OUTRA É GANHAR ELEIÇÕES.
Caro Anónimo:
Vejo que está muito bem informado.
Muito bem mesmo.
E,embora vá aflorar o tema em próximo post,devo dizer-lhe que só o sentido de Estado do dr Luis Filipe Menezes impediu que aquele congresso acabasse em tragédia em termos de imagem do PSD.
Sei do que falo !
Eu tinha 'partido a loiça'.
Educada no princípio que o escândalo se deve evitar, vi sucessivamente, a ralé imoral sem vergonha tomar o poder. Daí a minha actual postura: nada de esconder as vergonhas; os que as fazem têm de ser desmascarados em público. Mas há algum tempo, teria feito como o «chefe»,mas os 'do contra' puseram-me assim :NÃO TÊM VERGONHA DAS CANALHADAS INTERNAS QUE FIZERAM( 1 resultado público foi a multa e mais virão); E TUDO LHES SERVE PARA DENEGRIR O PARTIDO.
Muito interessante esta visão retrospectiva do Menezismo.E embora ciente de que determinadas coisas devem permancecer no segredo dos deuses acompanho com expectativa os próximos capitulos.
E estou mesmo curioso com a eventual aparição de alguns nomes.
ou não quem sabe.
Um abraço
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