Publiquei hoje este artigo no jornal 24 Horas:
Olho para a actual situação do PSD com um optimismo preocupado.
Ciente de que o partido vive um dificil momento, desorientado e confuso, e que os militantes tem uma tremenda dificuldade em escolherem o novo caminho.
E se quisermos ser rigorosos constataremos que a instabilidade interna tem sido uma constante do partido desde que em 1995 se desfez o célebre tabu de Cavaco Silva.
A liderança meteórica de Nogueira,a sobressaltada de Marcelo e a contestada de Barroso fizeram a história do partido até á vitória nas autárquicas de 2001.
Daí até a partida súbita de Barroso para Bruxelas viveram-se os únicos tempos de acalmia interna e de unidade frente aos adversários.
Pela simples razão de estarmos no poder.
O único bálsamo para a crónica agitação laranja nos períodos em que está arredada do governo.
A maior preocupação com a actual situação advém, como é óbvio, da multiplicidade de candidaturas, da consequente fragmentação do partido e da possibilidade de o próximo líder ser eleito por um resultado tão escasso que não lhe roubando legitimidade vai, pela certa ,reduzir-lhe a autoridade para pôr a casa em ordem.
Ou seja corremos o risco de daqui a seis meses estarmos na mesma.
Mas existem também motivos de optimismo.
Sendo certo que duas das candidaturas aparecem apenas para defender ideias próprias,mas são tão legitimas como as que podem exibir substanciais apoios,ainda assim um partido que tem a concorrer pela liderança um ex primeiro ministro, uma ex ministra das finanças, dois ex secretários de estado e um dos melhores (senão o melhor mesmo) presidentes da história da JSD tem motivos para estar optimista.
Um partido que é claramente maioritário no universo autárquico, que governa a Madeira, que tem um militante como presidente da república e outra da comissão europeia, entre outros exemplos é um partido que tem razões para estar optimista.
Um partido em que os militantes,todos os militantes, tem o direito de escolherem o líder por voto livre e secreto independentemente dos tradicionais aspirantes a donos dos votos,é um partido onde existem um enorme espaço para o optimismo.
Acredito que entre a estabilidade da candidatura de Manuela Ferreira Leite,a inovação da de Pedro Passos Coelho e a combatividade de Pedro Santana Lopes os militantes saberão escolher a melhor solução para o actual momento do partido.
Que não passará,certamente, por soluções messiânicas vindas de aquém e além mar !
Ciente de que o partido vive um dificil momento, desorientado e confuso, e que os militantes tem uma tremenda dificuldade em escolherem o novo caminho.
E se quisermos ser rigorosos constataremos que a instabilidade interna tem sido uma constante do partido desde que em 1995 se desfez o célebre tabu de Cavaco Silva.
A liderança meteórica de Nogueira,a sobressaltada de Marcelo e a contestada de Barroso fizeram a história do partido até á vitória nas autárquicas de 2001.
Daí até a partida súbita de Barroso para Bruxelas viveram-se os únicos tempos de acalmia interna e de unidade frente aos adversários.
Pela simples razão de estarmos no poder.
O único bálsamo para a crónica agitação laranja nos períodos em que está arredada do governo.
A maior preocupação com a actual situação advém, como é óbvio, da multiplicidade de candidaturas, da consequente fragmentação do partido e da possibilidade de o próximo líder ser eleito por um resultado tão escasso que não lhe roubando legitimidade vai, pela certa ,reduzir-lhe a autoridade para pôr a casa em ordem.
Ou seja corremos o risco de daqui a seis meses estarmos na mesma.
Mas existem também motivos de optimismo.
Sendo certo que duas das candidaturas aparecem apenas para defender ideias próprias,mas são tão legitimas como as que podem exibir substanciais apoios,ainda assim um partido que tem a concorrer pela liderança um ex primeiro ministro, uma ex ministra das finanças, dois ex secretários de estado e um dos melhores (senão o melhor mesmo) presidentes da história da JSD tem motivos para estar optimista.
Um partido que é claramente maioritário no universo autárquico, que governa a Madeira, que tem um militante como presidente da república e outra da comissão europeia, entre outros exemplos é um partido que tem razões para estar optimista.
Um partido em que os militantes,todos os militantes, tem o direito de escolherem o líder por voto livre e secreto independentemente dos tradicionais aspirantes a donos dos votos,é um partido onde existem um enorme espaço para o optimismo.
Acredito que entre a estabilidade da candidatura de Manuela Ferreira Leite,a inovação da de Pedro Passos Coelho e a combatividade de Pedro Santana Lopes os militantes saberão escolher a melhor solução para o actual momento do partido.
Que não passará,certamente, por soluções messiânicas vindas de aquém e além mar !
Depois Falamos
9 comentários:
Caro Luís,
O seu texto é um mar calmo nesta tormenta que assola o partido.
Ainda bem que falou, que a sua voz é ouvida e lida.
Aquele Abraço,
Caro Dr.Cirilo,
o seu artigo, é um bom artigo, sereno, calmo, justo e também politicamente correcto.
o jornal é que podia ser outro...
Tem toda a razão no comentário, que os problemas no PSD surgiram com o famoso tabu de Cavaco. Foi Cavaco quem minou e cozinhou o que o PSD é hoje. Lembro-me como se fosse hoje, Fernando Nogueira a 3 ou 4 dias antes das legislativas com Guterres, comentar com os jornalistas que tinha conhecimento que Cavaco já tinha tomado uma decisão (ser ou não candidato às presidenciais) e horas depois o actual Presidente dizer alto e bom som, que nunca tinha dito a ninguém que já tinha tomado uma decisão nem mesmo a Fernando Nogueira. Quem os conhecer sabe perfeitamente quem mentiu.
Após estes anos todos, o PSD continuou neste lodo de traições e busca de poder individual e quem estava activo de forma leal e ao serviço da causa publica e do partido, desiludidos, foram embora e estou certo que nunca mais voltam. Quem lá ficou, excepto um ou outro, continua a politica do vale tudo sem limites.
Só mesmo quando esta gente sair é que o PSD poderá dizer que é sério e que tem condições para governar Portugal.
Que venha o Alberto, que muitos são logo "varridos" com a vassoura ao som do bailinho da Madeira. Pode ser que resulte (faço figas).
Salomónico.
Um discurso calmo em plena tempestade, é dificil nos dias que correm. os meus parabens!
Parabéns pela forma como aborda a questão da disputa pela liderança.é sempre bom perceber que no meio da confusao ainda existe quem mantenha a cabeça fria.se calhar foi o que faltou ao dr Menezes no auge da crise.gente serena e que pensasse.
Espero que no nosso partido tudo corra bem mas duvido.infelizmente duvido muito
Caro Luis Cirilo
Já tinha lido esta análise, que considero lúcida, e útil ao PSD.
Mas não poderá ser acusada de ser um bocadito "polivalente"?
Excelente.
Afinal não é só nas elites da capital que existe gente que saiba pensar o partido.
Espero que em 31 de maio o psd de uma enorme volta.
Mais inovação,ambição e caras novas.
Aqueles cromos bafientos que se amontoam a volta da manuela ferreira leite tem de ser arrumados de vez.
é sempre um prazer lê-lo. podem não concordar com uma qualquer coisa que tenha pensado mas fá-lo de uma maneira civilizada e elegante que não arregimenta "ódios". no norte também se pensa o partido mas parece que não houve quem tivesse vontade de o ouvir. continue, que me parece que é o caminho da tolerância que nos vai levar a bom porto. cumprimentos
teresa mendonça
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