sexta-feira, abril 11, 2008

Viagem a Pombal - A Campanha


Definida a agenda de campanha,a equipa que ia para a volta do candidato,os principais eventos ficava em aberto a questão organizativa de rectaguarda e a mobilização no terreno.
A equipa que na rectaguarda trabalhou na organização,nos contactos,na logistica era essencialmente (peço antecipadamente perdão se houver algum lapso) constituida por Miguel Santos,César Oliveira,Carlos Pinto,Mário Duarte,Conceição Macedo,Henrique Alves,Irene Mendes e Ricardo Gomes.
Cá e lá estavam a partir de certa altura Nuno Delerue,Firmino Pereira,Elisio Pinto , Joana Santa Marta,Nuno e Pedro Sousa.
Para além dos óbvios apoios nos distritos.
A volta teve inicio,conforme dito em post anterior,em Beja.
A primeira distrital a manifestar abertamente apoio a Luis Filipe Menezes.
Muito por força da influência de Amilcar Mourão,Mário Simões e José Gaspar Rodrigues.
E começou bem.
Sala cheia (também de fumo infelizmente),apoio claro e,prova de que politica e cultura andam muitas vezes de mãos dadas,um fim de noite a ouvir Luis Represas num bar da cidade.
Um óptimo inicio.
Seguiu-se Portalegre,terreno menos favorável mas ainda assim uma boa sessão e um acolhimento correcto por parte de uma distrital que já declarara apoio a Marques Mendes.
A terminar o primeiro fim de semana de campanha uma visita a Torres Vedras para contacto com militantes da Área Oeste.
Onde o acolhimento foi correcto mas também alguma frieza evidente.
A primeira semana de campanha incluiu passagens por Guarda,Portimão,Santarém,Castelo Branco,Leiria,Figueira da Foz,Montemor O Velho e Coimbra.
Findo esse périplo podiam já tirar-se algumas conclusões:
Militantes a corresponderem mas estruturas concelhias e distritais a assegurarem apenas os "serviços minimos" ou nem isso.
Nalguns casos,e contrariando os pedidos da candidatura,a absterem-se completamente de informarem os militantes de que se iam realizar acções de esclarecimento do candidato.
O cenário desenhava-se claramente:simpatia das bases mas a maioria do "aparelho" a apoiar o outro candidato.
A segunda e ultima semana de campanha,antes da eleição dos delegados,correu francamente bem.Até porque ,fruto da experiência já adquirida, a equipa de rectaguarda a quem finalmente tinham chegado da sede nacional os meios de trabalho repetidamente solicitados,passou ela própria a encarregar-se da mobilização dos militantes "aliviando" as distritais desse encargo.
Foram sete dias de enorme intensidade.
Bela sessão no hotel Miracorgo em Vila Real a abrir,depois um jantar e debate em Macedo de Cavaleiros no dia seguinte.
E chegava-se ao dia de Lisboa.
Longamente preparada,alvo de um trabalho muito especifico,a sessão correu muito bem.
No hotel Altis centenas de pessoas juntaram-se para ouvirem Luis F.Menezes,gostaram e aplaudiram,e mostrarem que também na capital a candidatura tinha apoios sólidos.
Foi nessa sessão,se bem me lembro,que se deu a primeira aparição pública de Helena Lopes da Costa apoiando a candidatura.
Apoio importantissimo aliás.
Pela pessoa,pela capacidade de mobilização,pelo facto de ter sido vice presidente do partido com Durão Barroso e Santana Lopes.
Para mais tarde ficaria a revelação pública de que seria a secretária geral caso Menezes vencesse.
Motivados pelo êxito em Lisboa a comitiva arrancou para uma ponta final frenética.
Évora e Faro no mesmo dia (ai a B.T: ...),seguindo-se Viseu,Aveiro,Braga,Fundão e Setúbal.
Cada qual com a sua história.
Desde a sessão de fim de tarde em Évora,com razoável número de presenças ainda assim,até á correria para Faro onde a dupla Mendes Bota/Luis Gomes assegurara um boa casa.
Depois uma excelente sessão em Viseu,antecedida de um animado jantar com autarcas e dirigentes locais,uma das melhores de toda a campanha.
E o fim de semana final; a pior sessão de toda a campanha,em Aveiro,com pouquissima gente,ausência das estruturas distritais e locais,a aparição antes da sessão de um deputado que cumprimentou o candidato e os presentes e foi "andando"antes que se fizesse tarde...
Em contraste total a noite em Braga.
Grande moldura humana no auditório da A.I.M,excelente intervenção inicial de LFM e participado debate no final.
Um verdadeiro suplemento de alma para o último dia.
Que incluia uma ida,delicada, ao congresso da JSD no Fundão e a sessão derradeira em Setúbal.
Na JSD nem tudo correu bem;polémicas internas da organização,polémicas sobre os "menezistas" apoiantes do lider eleito (Daniel Fangueiro) e algum mau perder dos apoiantes do derrotado Jorge Nuno Sá.
Ambiente tenso,os dois candidatos presentes com os respectivos staffs,aplausos e vaias na entrada de Menezes no pavilhão.
No fim as coisas lá se compuseram.
Mais uma corrida,rumo a Setúbal,jantar com alguns apoiantes locais,cumprimentos com José Mourinho que no mesmo local jantava com o Pai,e a sessão na Estalagem do Sado.
Que á hora do inicio tinha uma sala literalmente...vazia.
Um verdadeiro susto.
Mas ,qual passe de mágica,rápidamente se compôs e até permitiu uma sessão bastante animada.
Terminava bem uma longa maratona por Portugal.
Nos quatro dias seguintes realizavam-se as eleições de delegados e a campanha entrava numa nova fase.
Depois Falamos.
(continua...)


2 comentários:

Anónimo disse...

tenho vindo a companhar esta recordação do congresso de pombal com muita atenção.acho-a extremamente interessante por permitir escrever a história vista de um dos lados.
chamou-me muito particularmente a atenção a descrição da sessão de campanha em Aveiro:
"a pior sessão de toda a campanha,em Aveiro,com pouquissima gente,ausência das estruturas distritais e locais,a aparição antes da sessão de um deputado que cumprimentou o candidato e os presentes e foi "andando"antes que se fizesse tarde." !
já agora avive-nos a memória:quem era o presidente da distrital de Aveiro nesse tempo ?
E quem era o deputado com pavor de ser visto ?
Esse clima de medo é inaceitável.

Anónimo disse...

Quando em Lisboa houve um presidente de secção que avisou a 'navegação' que haveria «consequências» para os que fossem comer a Gaia; que depois do almoço de Natal de 2006, convocou o único plenário em 18 meses de mandato (demitiu-se entretanto) para ameaçar com processos os que tiham ido ao 'jantarzito'; enqunto um jagunço/assessor histérico clamava por expulsões; e o vice-presidente avisou que, antes da expulsão ,haveria direito a uma tareia, compreende-se o terror.

Aliás, alguns não desmobilizaram: continuam as ameaças. Há um que, proibiu uma militante da 'sua' secção de falar com uma militante de outra, porque a 2º é amiga de inimigos de amigos dele. Confuso? Não! São os restos do 'PSD só para alguns', que tiveram o brilhante resultado de 15%

Se quiserem eu identifico...