Ainda vem relativamente longe o dia da decisão mas a América segue com cada vez mais interesse a luta pela presidência.
Com o lado republicano já arrumado (a escolha de John Mc Cain foi relativamente surpreendente mas...está feita) a grande confusão está do lado democrata.
Barak Obama e Hillary Clinton disputam Estado a Estado,delegado a delegado,os apoios necessários á nomeação do candidato pelo partido do burro sendo impossivel prever qual dos dois atingirá o objectivo.
Obama tem mais delegados e venceu em mais Estados mas Hillary venceu nos grandes Estados aqueles que serão decisivos na disputa final com o republicano Mc Cain.
O que vai,tudo o indica,remeter a decisão para a convençao democrata de Agosto onde o voto dos superdelegados (as inerências lá do sitio) vai resolver o que o voto popular e democrático não foi capaz.
Sem entrarmos em detalhes,até porque o sistema eleitoral dos partidos americanos é complexissimo,a verdade é que por cá habituados a métodos cada vez mais simples e mais democráticos faz alguma confusão que venham a ser as tais inerências a decidir.
Mas eles lá sabem...
O que me parece assinalável,e a grande surpresa da campanha,foi o extraordinário impacto da candidatura de Obama em sectores diversos do eleitorado americano.
Nomeadamente nos jovens e nos abstencionistas tradicionais.
Ao ponto de se gerar uma verdadeira "Obamamania".
Nas adesões,nos contributos financeiros,nas acções de campanha,na imprensa existe um efeito Obama.
Pela novidade de um negro poder ser presidente,pelo facto de ser jovem,por ter um discurso atractivo e fluente,por ter duas ou três ideias fora do politicamente correcto.
Mas apenas por isso.
Não se lhe conhecem ideias inovadoras na maiora parte das áreas de governação,não se lhe conhece um pensamento politico estruturado,não se sabe como actuará no concreto da gestão politica da unica superpotência do planeta.
Sabe-se apenas que as novidades que a figura encerra geraram um autêntica vaga de fundo.
Da qual pode resultar um tsunami politico ou apenas espuma na areia.
E isso fê-lo ganhar terreno em relação a Hillary (a convenção dirá se suficiente) que tem outro curriculum,outra experiência de vida,outra forma de intervir ao longo dos anos da vida politica americana.
Se as escolhas fossem tão simpes assim Hillary ganharia de certeza.
Melhor curriculum, mais experiência,melhor programa e a certeza de que está preparada para governar desde o primeiro dia.
Mas as tendências da moda,o efeito da novidade,a "mania" gerada á volta da candidatura representam uma força de atracção que não pode ser desprezada.
A seu tempo os democratas decidirão.
Com uma certeza porém:
Do outro lado está um adversário tremendo,bem preparado,com um notável curriculum politico e de serviço ao país.
Que tem o apoio de um partido sólido,habituado a ganhar,e com a máquina do Estado do seu lado.
Que não perdoará inocências,impreparações,lirismos ou modas.
Para ganhar é preciso ser melhor que ele.
E aí existem muito mais dúvidas sobre Obama do que sobre Hillary !
Depois Falamos
1 comentário:
engraçado,parece uma alegoria as directas do psd.mas deve ser impressao minha
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