domingo, novembro 24, 2024

25 Novembro

Claro que comemoro o 25 de Novembro de 1975.
O dia em que Portugal garantiu a Democracia depois do 25 de Abril lhe ter trazido a Liberdade.
E se o 25 de Abril é a data com maior importância e carga simbólica porque sem ele Portugal continuaria mergulhado na ditadura pode considerar-se o 25 de Novembro como a confirmação dos ideais que  a revolução trouxe e que forças totalitárias de extrema esquerda queriam pôr em causa.
E por isso tem de se considerar o 25 de Novembro como uma data que completa o 25 de Abril e nunca como qualquer forma de o negar de a ele ser oposta ou de a substituir.
Recordo bem esse tempo em que já participava politicamente militando na JSD de Guimarães.
Recordo-me das nacionalizações arbitrárias, dos mandatos de captura em branco assinados por Otelo, do controle quase total da comunicação social pela extrema esquerda, das tentativas de boicote a comícios do PPD, do CDS e até do PS, da tentativa de impor a unicidade sindical, da colectivização de terras no Alentejo, das manobras para impedir as eleições legislativas, da pressão para transformaar Portugal numa Cuba da Europa.
E foi perante essas tentativas totlaitárias que se ergeu o "Grupo dos Nove", se ergueram os partidos políticos democráticos com destaque para o PS e para Mário Soares, se mobilizaram as forças militaares democráticas que lideradas por Ramalho Eanes e Jaime Neves derrotaram os revoltosos e garantiram a Democracia.
E por isso há muitos anos que o 25 de Novembro devia ser devidamente comemorado e nunc apercebi porque não o era.
Mas mais vale tarde que nunca e este ano vai ser. E epseremos que continue a ser em anos futuros.
Claro que a extrema esquerda é contra.
O PCP não vai participar, o BE vai fazer-se representar por um único deputado que no seu discurso irá vomitar meia dúzia de badalhoquices ao nível rasca de que esse partido não consegue sair e o Livre também estará presente para previsivelmente imitar o BE dado serem as duas faces da mesmíssima moeda.
Acho natural este tipo de atitudes reacionárias da extrema esquerda.
Tal como os nazis também não comemoram a vitória dos Aliados em 1945 os derrotados do 25 de Novembro também não festejam a data em que foi impedida a ditadura que queriam impor ao país.
Já tenho alguma surpresa por reticências que vejo nalgumas personalidades do PS.
Porque se no plano militar foram Ramalho Eanes e Jaime Neves já no plano cívil e partidário foram Mário Soares e o PS quem liderou a resistência às forças totalitárias acompanhados por Sá Carneiro e Freitas do Amaral e respectivos partidos.
Nos últimos anos é certo que o PS já negou a sua História, já meteu os seus princípios na gaveta, já se aliou com quem o quis destruir no 25 de Novembro.
Mas será que a actual deriva esquerdista do partido já irá ao ponto de negar a importância de Mário Soares e do proprio partido no 25 de Novembro?
É que parece.
Seja como for o 25 de Novembro é para celebrar.
E com ele se celebra o 25 de Abril e a conquista da Liberdade e da Democracia.
Depois Falamos.

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