Depois de 43 anos de militância no PSD/JSD, entre 1975 e 2018, e dois anos e pouco no Partido Aliança, 2018-2020, sou desde há quatro anos um cidadão sem filiação partidária.
Não sou independente (sempre detestei em política esse conceito) porque tenho opções ideológicas e valores políticos assumidos mas deixei a vida partidária com tudo que ela envolve e que foi durante 45 anos uma actividade a que me entreguei com muita intensidade.
Não tendo filiação partidária e portanto não militando em nenhum partido nem assim deixei (e acho que não deixarei nunca) de ter interesse pela vida política e de acompanhar com atenção o que se vai passando no país e pelo mundo porque o "bichinho" da política a isso impele.
Abri contudo nestes quatro anos três excepções quanto à frequência de actividades partidárias.
Estive no comício distrital realizado em Braga pela AD nas últimas legislativas por considerar que era daquelas alturas em que não se deve ficar em casa.
Como escrevi na altura foi também a oportunidade de rever muitos amigos dos tempos da vida partidária e esses são sempre momentos muito agradáveis.
E depois participei em dois jantares da coligação "Fazer Diferente", um em 2023 e o outro no passado sábado, a convite dos dirigentes do PSD de Cabeceiras de Basto, que integra com o CDS a referida coligação , dadas as ligações familiares que tenho naquele concelho e o ter lá participado nos tempos de militante em muitas iniciativas do PSD.
E é sobre o jantar do passado sábado que diria algumas coisas.
A primeira é que é sempre um prazer reencontrar amigos de Cabeceiras como também foi reencontrar vários bons amigos vindos de outros concelhos na sua qualidade de deputados do PSD na Assembleia da República ou de autarcas em municípios vizinhos como o José Peixoto Lima presidente da câmara de Celorico de Basto por exemplo.
Quanto aos deputados citarei o Ricardo Araújo, um amigo muito para lá da política e que está também ele empenhado numa disputa eleitoral em Guimarães como candidato do PSD à Câmara Municipal, o Joaquim Barbosa deputado por Braga meu amigo e amigo de familiares meus há muitos anos e o Jorge Paulo Oliveira,de Famalicão, um dos deputados mais experientes do PSD e com quem ao longo dos anos de convívio político também construi uma relação de amizade e respeito mútuos.
A segunda é que o jantar foi um sucesso em termo de presenças com cerca de 400 pessoas lotando por completo o espaço o que é um bom sinal para o desafio eleitoral do próximo ano.
A terceira é que há claramente uma grande aposta das direções nacionais de PSD e CDS nesta coligação como o provam as presenças e os discursos de Hugo Soares, secretário geral do PSD e seu líder parlamentar, e Nuno Melo presidente do CDS.
A quarta é que foi um jantar/comício "à antiga" com vários discursos (creio que dez) permitindo que falassem os dirigentes concelhios dos dois partidos, das duas jotas, um cidadão representante de um movimento cívico, um dirigente histórico do PSD local, o candidato à Assembleia Municipal, o candidato à Câmara, o presidente do CDS e o SG do PSD.
Que dentro da natural diversidade de temas abordados e do estilo dos oradores foram discursos curtos e incisivos que mereceram o aplauso entusiasmado da plateia.
O quinto é para destacar precisamente o discurso de Hugo Soares.
Um discurso "rasgadinho" , contundente e incisivo como os militantes e simpatizantes do PSD (neste caso da coligação ) gostam , em que abordou os principais temas da política nacional mas também um de especial interesse local e em que deixou o compromisso de que o que há para fazer vai ser feito.
No caso a obra há longo tempo adiada que permitirá a chegada da variante do Tâmega a Arco de Baúlhe.
E uma sexta e última nota sobre o futuro.
Manuel António Teixeira lidera a candidatura da coligação às autárquicas do próximo ano.
Que vem fazendo um trabalho persistente, estruturado e com calendários definidos.
E que no que toca ao PSD ( a realidade do CDS em Cabeceiras não conheço) tem merecido dos orgãos concelhios liderados por André Gustavo Teixeira um apoio persistente, sem reservas e num espirito de unidade que ao que me dizem não se via há muitos anos.
E isso foi bem vísivel no jantar do ano passado e novamente no deste ano o que prova que há um trabalho em continuidade que não esmoreceu nem se desviou do programado.
Falta quase um ano para as eleições autárquicas.
Num ano há seguramente muito trabalho a fazer, muita coisa pode acontecer porque o mundo político está em permanente evolução, há que ter sempre o cuidado de não estragar nem comprometer o que de bom já está feito.
Mas depois de muitos anos de política, da participação em muitas campanhas eleitorais para as mais diversas eleições, da experiência e do "feeling" que isso proporciona, a que se soma algum conhecimento da realidade concelhia, fiquei com a clara sensação de que há na coligação "Fazer Diferente" uma dinâmica de vitória que a levará a vencer as eleições autárquicas de 2025.
Depois Falamos.
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