Durante muitos anos, e provavelmente bem, as equipas de futebol apenas podiam contratar jogadores no chamado "defeso" porque uma vez iniciadas as competições isso estava-lhes vedado em quase todos os campeonatos.
Depois as coisas evoluíram, as leis flexibilizaram-se (felizmente nalguns casos como a famigerada lei de opção),surgiu o "caso Bosman e nunca mais o futebol foi o mesmo.
Especialmente no mês de Janeiro em que o mercado reabre e os clubes procuram afanosamente compor os seus grupos de trabalho suprindo lacunas e corrigindo erros cometidos no tal defeso em que se define o plantel de cada uma.
Pessoalmente não vejo grandes vantagens nessa reabertura de mercado na óptica dos clubes.
Especialmente quando se vão buscar jogadores a outros campeonatos,outros climas,outros hábitos.
Normalmente quando estão adaptados já o campeonato corre para o fim e acabam por ser (quando são...) apenas reforços para a época seguinte.
Para os jogadores,especialmente para os que estão mais ou menos encostados ou para os que se salientaram e podem dar o salto para realidade competitiva e financeira.admito que esta época de Janeiro seja vantajosa.
Mas para quem o é ,sem sombra de duvida,é para aqueles a quem se chama "empresários" de futebol.
É vê-los de uma lado para outro, com as malas cheias de "Messis","Ronaldos","Iniestas" e afins,sempre prontos a impingirem qualquer jogador a qualquer clube desde que "pingue" a respectiva comissão e possam auferir os proventos do negociozinho.
Não criam riqueza nem postos de trabalho mas gostam que lhes chamem empresários.
Por eles o mercado não reabria em Janeiro; estava aberto todo o ano!
Por mim,com raríssimas excepções,no Vitória não passavam da recepção do complexo desportivo.
Modos de ver as coisas...
Depois Falamos
terça-feira, janeiro 31, 2012
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Erros & Erros SA
Foto: Tribunal de Cabeceiras de Basto
São muitas as razões que contribuem para a crise que todos vamos pagar até sabe-se lá quando.
Umas mais visíveis,outras mais discretas,mas todas contribuindo para que um pequeno país que tinha tudo para ser bem sucedido seja hoje visto como quase um pária numa Europa também ela completamente à deriva.
Entre as muitas razões, algumas até anteriores ao já longínquo 25 de Abril de 1974, está certamente a falta de planeamento das obras públicas que se foram fazendo quantas vezes ao sabor de "clientelismos" partidários e grandes negociatas e não porque fossem de facto necessárias.
Tenho para mim como evidente que num país bem governado a construção de hospitais,escolas,tribunais,repartições de finanças e por aí fora se deve fazer como uma prioridade do Estado e não com base em pruridos ideológicos ou conveniências do momento.
Soube-se este fim de semana,e para irmos ao assunto, que o ministério da Justiça planeia encerrar 47 tribunais em todo o país com base em três critérios:
-Menos de 250 processos/ano entrados
- Proximidade de menos de uma hora de viagem do tribunal para que vão ser transferidos os serviços.
- Instalações inadequadas ao funcionamento do tribunal.
Não conheço,obviamente,todas as situações.
Mas conheço duas que me chocam.
Meda, no distrito da Guarda,onde um tribunal completamente novo nem chegou a abrir portas.
E Cabeceiras de Basto no distrito de Braga,o meu, e que por isso conheço bem.
A intenção do MJ será transferir os serviços do tribunal de Cabeceiras para Celorico de Basto.
Sendo que o tribunal de Cabeceiras de Basto foi inaugurado há dois anos e picos, tem excelentes instalações e recebe mais de 259 processos/ano pelo que o único critério (e muito mau diga-se de passagem) é o facto de entre a sede dos dois concelhos o tempo de viagem ser inferior a uma hora.
E falo deste assunto com particular à vontade porque Cabeceiras é uma câmara socialista e Celorico social democrata pelo que nem posso ser minimamente acusado de partidarismo exacerbado.
Acontece que o dinheiro com que pago impostos é meu.
E detesto vê-lo mal estragado que é exactamente o que acontecerá com esta absurda e anunciada mudança.
Depois Falamos
São muitas as razões que contribuem para a crise que todos vamos pagar até sabe-se lá quando.
Umas mais visíveis,outras mais discretas,mas todas contribuindo para que um pequeno país que tinha tudo para ser bem sucedido seja hoje visto como quase um pária numa Europa também ela completamente à deriva.
Entre as muitas razões, algumas até anteriores ao já longínquo 25 de Abril de 1974, está certamente a falta de planeamento das obras públicas que se foram fazendo quantas vezes ao sabor de "clientelismos" partidários e grandes negociatas e não porque fossem de facto necessárias.
Tenho para mim como evidente que num país bem governado a construção de hospitais,escolas,tribunais,repartições de finanças e por aí fora se deve fazer como uma prioridade do Estado e não com base em pruridos ideológicos ou conveniências do momento.
Soube-se este fim de semana,e para irmos ao assunto, que o ministério da Justiça planeia encerrar 47 tribunais em todo o país com base em três critérios:
-Menos de 250 processos/ano entrados
- Proximidade de menos de uma hora de viagem do tribunal para que vão ser transferidos os serviços.
- Instalações inadequadas ao funcionamento do tribunal.
Não conheço,obviamente,todas as situações.
Mas conheço duas que me chocam.
Meda, no distrito da Guarda,onde um tribunal completamente novo nem chegou a abrir portas.
E Cabeceiras de Basto no distrito de Braga,o meu, e que por isso conheço bem.
A intenção do MJ será transferir os serviços do tribunal de Cabeceiras para Celorico de Basto.
Sendo que o tribunal de Cabeceiras de Basto foi inaugurado há dois anos e picos, tem excelentes instalações e recebe mais de 259 processos/ano pelo que o único critério (e muito mau diga-se de passagem) é o facto de entre a sede dos dois concelhos o tempo de viagem ser inferior a uma hora.
E falo deste assunto com particular à vontade porque Cabeceiras é uma câmara socialista e Celorico social democrata pelo que nem posso ser minimamente acusado de partidarismo exacerbado.
Acontece que o dinheiro com que pago impostos é meu.
E detesto vê-lo mal estragado que é exactamente o que acontecerá com esta absurda e anunciada mudança.
Depois Falamos
Vira o Disco...
Embora seja um trabalhador sindicalizado, e com as cotas em dia, confesso que tenho as maiores reservas quanto aos movimentos sindicais ,aos sindicatos e essencialmente aos sindicalistas.
Talvez porque na esmagadora maioria dos casos os vejo cristalizados na velha máxima do "trabalhar cada vez menos e ganhar cada vez mais" sem que esse discurso seja acompanhado de uma pedagógica intervenção quanto a a questões essenciais como produtividade,assiduidade e responsabilidade.
Por isso acompanhei com desinteresse o congresso da CGTP.
Ainda assim com tempo para assistir a mais uma fenómeno "naftalinico" (se o termo existe) consubstanciado nos fortes aplausos ás delegações palestina e cubana talvez como forma de demonstrar que uma vez heterodoxos,heterodoxos para toda a vida!
Para além disso e como facto mais relevante assinalou-se o fim do longo reinado de Carvalho da Silva e a sua substituição por um "conservador" das velhas práticas chamado Arménio Carlos.
Penso que foi mau para o país.
Porque sendo ambos do PCP a verdade é que Carvalho da Silva é um militante de base com sobejas provas de independência quanto ao partido enquanto o novo secretário geral da CGTP pertence ao comité central e dificilmente deixará de ser correia de transmissão das posições do PC.
Para além do destacado percurso académico de Carvalho da Silva ,de electricista até professor catedrático de Sociologia, numa atitude de enorme valorização pessoal e aquisição de saber que não pode ser ignorada.
Mas é mau para o país também por outra razão:
É naturalmente difícil substituir alguém que nos últimos 25 anos marcou o movimento sindical e o percurso da própria CGTP.
E por isso a tentação de Arménio Carlos,até para ganhar o seu espaço próprio, será de radicalizar a contestação e fazer das ruas um palco constante de combate ao governo e ás medidas que ele se tem visto obrigado a tomar.
E isso é algo de que Portugal não precisa mesmo nada.
Depois Falamos
Talvez porque na esmagadora maioria dos casos os vejo cristalizados na velha máxima do "trabalhar cada vez menos e ganhar cada vez mais" sem que esse discurso seja acompanhado de uma pedagógica intervenção quanto a a questões essenciais como produtividade,assiduidade e responsabilidade.
Por isso acompanhei com desinteresse o congresso da CGTP.
Ainda assim com tempo para assistir a mais uma fenómeno "naftalinico" (se o termo existe) consubstanciado nos fortes aplausos ás delegações palestina e cubana talvez como forma de demonstrar que uma vez heterodoxos,heterodoxos para toda a vida!
Para além disso e como facto mais relevante assinalou-se o fim do longo reinado de Carvalho da Silva e a sua substituição por um "conservador" das velhas práticas chamado Arménio Carlos.
Penso que foi mau para o país.
Porque sendo ambos do PCP a verdade é que Carvalho da Silva é um militante de base com sobejas provas de independência quanto ao partido enquanto o novo secretário geral da CGTP pertence ao comité central e dificilmente deixará de ser correia de transmissão das posições do PC.
Para além do destacado percurso académico de Carvalho da Silva ,de electricista até professor catedrático de Sociologia, numa atitude de enorme valorização pessoal e aquisição de saber que não pode ser ignorada.
Mas é mau para o país também por outra razão:
É naturalmente difícil substituir alguém que nos últimos 25 anos marcou o movimento sindical e o percurso da própria CGTP.
E por isso a tentação de Arménio Carlos,até para ganhar o seu espaço próprio, será de radicalizar a contestação e fazer das ruas um palco constante de combate ao governo e ás medidas que ele se tem visto obrigado a tomar.
E isso é algo de que Portugal não precisa mesmo nada.
Depois Falamos
domingo, janeiro 29, 2012
quinta-feira, janeiro 26, 2012
Valha-nos Deus...
Devo dizer, à laia de introito, que ao contrário da maioria dos vitorianos (e dos academistas em sentido contrário) tenho alguma simpatia pela Académica.
Pese embora a minha "relação" com a "Briosa" ser má!
O primeiro jogo que me lembro de ver do Vitória, fora de casa, foi em Coimbra por volta de 1967 ou 1968.
Ao intervalo estava 1-1 e no final perdemos por 7-1 !!!
Logo aí constatei que ser vitoriano implica algum sofrimento...
Depois ao longo dos anos,e no tempo em frequentei a universidade de Coimbra especialmente,vi bastantes jogos do Vitória naquela cidade.
Não me lembro de lá no estádio alguma vez ter presenciado um triunfo.
Só pela televisão e muito poucos.
Isto para dizer que lamento que o actual estado das relações entre os clubes, e as massas associativas, seja mau por causa do famigerado "caso N'Dinga" ocorrido 25 anos atrás e que já devia estar morto e enterrado.
Até porque construído e alimentado em volta de uma mistificação; a de que a Académica descera devido a esse caso.
Não.
Desceu porque em campo não obteve os pontos necessários a garantir a manutenção.
Foi por tudo isto que soube com surpresa, e indo ao assunto deste post,que os academistas teriam solicitado o empréstimo de Faouzi.
Mas se isso me surpreendeu a resposta do Vitória então faz qualquer vitoriano ficar de boca aberta tal o conteúdo da mesma.
Segundo o sempre bem informado "Guimarães Digital"a recusa vitoriana assentou em dois motivos:
Um merece aplauso e radica no facto de da parte da Académica terem existido vários comportamentos acintosos para com o Vitória de que o preço dos bilhetes para a ultima jornada foi apenas mais um exemplo.
Mas o outro,francamente,é deplorável.
Segundo a fonte vitoriana citada no "Guimarães Digital"( e que prefiro nem supor quem seja...)o outro motivo da recusa foi o Vitória não querer reforçar um...adversário directo !
Como ?
A Académica um adversário directo?
Desde quando?
Que pobreza!
Depois Falamos
Pese embora a minha "relação" com a "Briosa" ser má!
O primeiro jogo que me lembro de ver do Vitória, fora de casa, foi em Coimbra por volta de 1967 ou 1968.
Ao intervalo estava 1-1 e no final perdemos por 7-1 !!!
Logo aí constatei que ser vitoriano implica algum sofrimento...
Depois ao longo dos anos,e no tempo em frequentei a universidade de Coimbra especialmente,vi bastantes jogos do Vitória naquela cidade.
Não me lembro de lá no estádio alguma vez ter presenciado um triunfo.
Só pela televisão e muito poucos.
Isto para dizer que lamento que o actual estado das relações entre os clubes, e as massas associativas, seja mau por causa do famigerado "caso N'Dinga" ocorrido 25 anos atrás e que já devia estar morto e enterrado.
Até porque construído e alimentado em volta de uma mistificação; a de que a Académica descera devido a esse caso.
Não.
Desceu porque em campo não obteve os pontos necessários a garantir a manutenção.
Foi por tudo isto que soube com surpresa, e indo ao assunto deste post,que os academistas teriam solicitado o empréstimo de Faouzi.
Mas se isso me surpreendeu a resposta do Vitória então faz qualquer vitoriano ficar de boca aberta tal o conteúdo da mesma.
Segundo o sempre bem informado "Guimarães Digital"a recusa vitoriana assentou em dois motivos:
Um merece aplauso e radica no facto de da parte da Académica terem existido vários comportamentos acintosos para com o Vitória de que o preço dos bilhetes para a ultima jornada foi apenas mais um exemplo.
Mas o outro,francamente,é deplorável.
Segundo a fonte vitoriana citada no "Guimarães Digital"( e que prefiro nem supor quem seja...)o outro motivo da recusa foi o Vitória não querer reforçar um...adversário directo !
Como ?
A Académica um adversário directo?
Desde quando?
Que pobreza!
Depois Falamos
terça-feira, janeiro 24, 2012
Sentido de Responsabilidade
Já o escrevi noutras ocasiões mas entendo repeti-lo agora que caminhamos para uma altura de decisões importantes na vida do clube.
Anunciei a 28 de Outubro, em Assembleia Geral, a minha disponibilidade para uma candidatura á presidência do Vitória quando o clube tiver eleições.
E em função disso, de estar disponível mas sabendo que não há eleições marcadas, tenho recusado (e vou continuar a fazê-lo) prestar declarações à comunicação social sobre esse assunto.
Por duas razões:
Em primeiro lugar porque não havendo eleições não há campanha eleitoral.
Em segundo lugar porque discordando da actual direcção em muita coisa, e considerando que o seu ciclo já terminou e eleições antecipadas são a saída desejável para a actual situação, tenho por ela o respeito devido a quem exerce funções legitimado pelo voto maioritário dos sócios.
Entendo que é urgente construir um “novo “ Vitória e que essa construção só pode ser alicerçada numa clarificação eleitoral.
Mas não sobre “terra queimada”!
O que equivale por dizer que estando a preparar uma alternativa em termos programáticos e de pessoas para lhe darem corpo o tenho feito com a maior discrição porque se há coisa que entendo errada seria transformar este período tão delicado da vida do clube num “reality show” tipo “big brother” em que tudo se vê e tudo se sabe.
Quando a situação o exigir a alternativa estará pronta isso posso assegurar.
Por isso, pese embora a estranheza de alguns e até a incompreensão de uns poucos, tenho mantido algum silêncio sobre a vida do clube nas últimas semanas.
Porque embora entenda que se está a perder tempo em termos da tal clarificação necessária também sou de opinião que, tendo o presidente da direcção assumido publicamente o compromisso de até 31 de Janeiro de 2012 encontrar uma solução financeira para o clube, é do mais elementar bom senso aguardar por essa data para avaliar definitivamente a situação.
Seria tristemente irónico que os sócios ainda pusessem ser “acusados” de ter sido por qualquer precipitação da sua parte que o clube tinha visto inviabilizada uma eventual boa solução para o seu enorme problema financeiro. Aliás terá sido também esse, e bem do meu ponto de vista, o entendimento do presidente da assembleia-geral ao dar á direcção esse prazo (estipulado pela própria) para encontrarem a tal solução financeira de molde a posteriormente poder ser levada á Assembleia Geral juntamente com o relatório e contas chumbado em Outubro e o plano de reestruturação financeiro.
Creio, pois, que o mais elementar sentido de responsabilidade e a preservação até ao limite de uma unidade clubistica já de si muito fragilizada, “obriga” a que todos usemos da máxima contenção até ao dia 31 de Janeiro.
Na certeza de que nessa data das duas uma:
Ou a direcção comunica ao presidente da Assembleia Geral já estar em condições de levar á apreciação dos sócios o plano de reestruturação e consequente solução financeira e depois sujeita-se ao veredicto dos associados.
Ou não o fazendo, e desrespeitando portanto o prazo que ela mesmo tinha estipulado, dará toda a legitimidade ao presidente da assembleia-geral para agir em conformidade.
Ou marcando nova AG para discussão do relatório e contas anteriormente chumbado ou usando outros instrumentos á sua disposição para resolver de uma vez por todas este impasse.
Na certeza absoluta de que também aí os sócios saberão o que é melhor para o clube.
Pessoalmente entendo que o melhor para o Vitória será mesmo a direcção encontrar uma boa solução financeira, que não comprometa o futuro desportivo, e levá-la á AG juntamente com o relatório e contas.
Anunciando em simultâneo a sua demissão ,e o pedido de eleições antecipadas num prazo razoável, assim devolvendo a palavra aos sócios.
E aí cada um assumirá as suas responsabilidades.
Creio que embora isso exija de todos um esforço adicional de paciência valerá a pena esperar por 31 de Janeiro.
Estou sinceramente convicto que nestes tempos conturbados isso é o que melhor defende os interesses do Vitória.
Depois Falamos
Anunciei a 28 de Outubro, em Assembleia Geral, a minha disponibilidade para uma candidatura á presidência do Vitória quando o clube tiver eleições.
E em função disso, de estar disponível mas sabendo que não há eleições marcadas, tenho recusado (e vou continuar a fazê-lo) prestar declarações à comunicação social sobre esse assunto.
Por duas razões:
Em primeiro lugar porque não havendo eleições não há campanha eleitoral.
Em segundo lugar porque discordando da actual direcção em muita coisa, e considerando que o seu ciclo já terminou e eleições antecipadas são a saída desejável para a actual situação, tenho por ela o respeito devido a quem exerce funções legitimado pelo voto maioritário dos sócios.
Entendo que é urgente construir um “novo “ Vitória e que essa construção só pode ser alicerçada numa clarificação eleitoral.
Mas não sobre “terra queimada”!
O que equivale por dizer que estando a preparar uma alternativa em termos programáticos e de pessoas para lhe darem corpo o tenho feito com a maior discrição porque se há coisa que entendo errada seria transformar este período tão delicado da vida do clube num “reality show” tipo “big brother” em que tudo se vê e tudo se sabe.
Quando a situação o exigir a alternativa estará pronta isso posso assegurar.
Por isso, pese embora a estranheza de alguns e até a incompreensão de uns poucos, tenho mantido algum silêncio sobre a vida do clube nas últimas semanas.
Porque embora entenda que se está a perder tempo em termos da tal clarificação necessária também sou de opinião que, tendo o presidente da direcção assumido publicamente o compromisso de até 31 de Janeiro de 2012 encontrar uma solução financeira para o clube, é do mais elementar bom senso aguardar por essa data para avaliar definitivamente a situação.
Seria tristemente irónico que os sócios ainda pusessem ser “acusados” de ter sido por qualquer precipitação da sua parte que o clube tinha visto inviabilizada uma eventual boa solução para o seu enorme problema financeiro. Aliás terá sido também esse, e bem do meu ponto de vista, o entendimento do presidente da assembleia-geral ao dar á direcção esse prazo (estipulado pela própria) para encontrarem a tal solução financeira de molde a posteriormente poder ser levada á Assembleia Geral juntamente com o relatório e contas chumbado em Outubro e o plano de reestruturação financeiro.
Creio, pois, que o mais elementar sentido de responsabilidade e a preservação até ao limite de uma unidade clubistica já de si muito fragilizada, “obriga” a que todos usemos da máxima contenção até ao dia 31 de Janeiro.
Na certeza de que nessa data das duas uma:
Ou a direcção comunica ao presidente da Assembleia Geral já estar em condições de levar á apreciação dos sócios o plano de reestruturação e consequente solução financeira e depois sujeita-se ao veredicto dos associados.
Ou não o fazendo, e desrespeitando portanto o prazo que ela mesmo tinha estipulado, dará toda a legitimidade ao presidente da assembleia-geral para agir em conformidade.
Ou marcando nova AG para discussão do relatório e contas anteriormente chumbado ou usando outros instrumentos á sua disposição para resolver de uma vez por todas este impasse.
Na certeza absoluta de que também aí os sócios saberão o que é melhor para o clube.
Pessoalmente entendo que o melhor para o Vitória será mesmo a direcção encontrar uma boa solução financeira, que não comprometa o futuro desportivo, e levá-la á AG juntamente com o relatório e contas.
Anunciando em simultâneo a sua demissão ,e o pedido de eleições antecipadas num prazo razoável, assim devolvendo a palavra aos sócios.
E aí cada um assumirá as suas responsabilidades.
Creio que embora isso exija de todos um esforço adicional de paciência valerá a pena esperar por 31 de Janeiro.
Estou sinceramente convicto que nestes tempos conturbados isso é o que melhor defende os interesses do Vitória.
Depois Falamos
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Cavaco...Porque não te Calas?
Votei sempre em Cavaco Silva.
Em 1985, 1987, 1991 nas legislativas que ganhou como líder do PSD.
Nele votei, até com a honra de ter sido seu mandatário concelhio, nas presidenciais de 1996 em que viria a ser derrotado por Jorge Sampaio nas únicas eleições que perdeu ao longo da sua carreira política.
Voltei a votar em 2006 quando foi eleito Presidente da República.
E renovei o voto em 2011 aquando da sua reeleição.
Se, por absurdo, hoje se realizassem novas presidenciais voltaria a votar nele salvo se aparecesse um candidato que me agradasse mais da minha área política.
Tudo isto para dizer que tendo votado em Cavaco Silva em todas as eleições em que foi candidato, nos últimos 27 anos, isso não me impede de dizer que estou profundamente desiludido com afirmações recentes proferidas acerca de reformas, subsídios e afins.
Porque nelas revejo muito mais uma posição pessoal de quem está desagradado com algumas medidas do que a posição responsável de um presidente da república que ao falar sabe bem que é ouvido por pessoas de todas as condições económicas e cuja esmagadora maioria tem uma situação económica bem pior do que a dele.
Compreendo que o professor catedrático de finanças públicas e director reformado do Banco de Portugal (e ex primeiro ministro), depois de uma vida inteira a descontar para a reforma, se sinta revoltado ao ver os seus rendimentos diminuídos pelos cortes impostos pela troika.
Como ele milhões de portugueses.
Que esperam que o Presidente da República os represente (mesmo aquele que não o elegeram porque o PR é PR de Portugal) e não que utilize o cargo e consequente visibilidade para se vir lamentar da sua situação particular.
Que é, repito, bem melhor do que a da esmagadora maioria dos portugueses.
Que, em boa verdade, não tem culpa nenhuma que o cidadão Aníbal Cavaco Silva até tenha optado por receber as reformas em detrimento do salário de presidente que nesta altura até seria mais vultuoso do que as ditas cujas.
Daí que, e porque este assunto já “enjoa”, talvez não fosse atrevimento pedir ao senhor Presidente da República para se calar acerca de reformas, pensões e outras questões que se prendem com o cidadão e nada tem a ver com o presidente.
Depois Falamos
Em 1985, 1987, 1991 nas legislativas que ganhou como líder do PSD.
Nele votei, até com a honra de ter sido seu mandatário concelhio, nas presidenciais de 1996 em que viria a ser derrotado por Jorge Sampaio nas únicas eleições que perdeu ao longo da sua carreira política.
Voltei a votar em 2006 quando foi eleito Presidente da República.
E renovei o voto em 2011 aquando da sua reeleição.
Se, por absurdo, hoje se realizassem novas presidenciais voltaria a votar nele salvo se aparecesse um candidato que me agradasse mais da minha área política.
Tudo isto para dizer que tendo votado em Cavaco Silva em todas as eleições em que foi candidato, nos últimos 27 anos, isso não me impede de dizer que estou profundamente desiludido com afirmações recentes proferidas acerca de reformas, subsídios e afins.
Porque nelas revejo muito mais uma posição pessoal de quem está desagradado com algumas medidas do que a posição responsável de um presidente da república que ao falar sabe bem que é ouvido por pessoas de todas as condições económicas e cuja esmagadora maioria tem uma situação económica bem pior do que a dele.
Compreendo que o professor catedrático de finanças públicas e director reformado do Banco de Portugal (e ex primeiro ministro), depois de uma vida inteira a descontar para a reforma, se sinta revoltado ao ver os seus rendimentos diminuídos pelos cortes impostos pela troika.
Como ele milhões de portugueses.
Que esperam que o Presidente da República os represente (mesmo aquele que não o elegeram porque o PR é PR de Portugal) e não que utilize o cargo e consequente visibilidade para se vir lamentar da sua situação particular.
Que é, repito, bem melhor do que a da esmagadora maioria dos portugueses.
Que, em boa verdade, não tem culpa nenhuma que o cidadão Aníbal Cavaco Silva até tenha optado por receber as reformas em detrimento do salário de presidente que nesta altura até seria mais vultuoso do que as ditas cujas.
Daí que, e porque este assunto já “enjoa”, talvez não fosse atrevimento pedir ao senhor Presidente da República para se calar acerca de reformas, pensões e outras questões que se prendem com o cidadão e nada tem a ver com o presidente.
Depois Falamos
sábado, janeiro 21, 2012
Outra Vez Capital !
Éramos,somos e seremos sempre a Capital histórica de Portugal.
Aquela onde tudo começou.
Mas a partir de hoje, e durante um ano, seremos a capital europeia da cultura
naquele que é o maior e mais mediático evento de que Guimarães dispõe em quase mil anos de História.
Solenemente inaugurado pelo Presidente da República e pelo Presidente da Comissão Europeia , as duas mais representativas entidade de Portugal e da Europa a 27 , a cidade estará hoje na primeira página da actualidade nacional e seguida por muita gente em toda a Europa.
Passado o tempo das normais divergências politicas em torno do que fazer e como fazer, cujas razões não importa agora trazer à colação, hoje é um dia de unidade em volta de um acontecimento que orgulha Guimarães e Portugal.
Saibamos fazer dele uma âncora para que a cidade e o concelho possam alicerçar uma postura positiva de combate à crise e de afirmação no contexto nacional e europeu.
E agora toca a desfrutar de Guimarães 2012.
A Capital Europeia da Cultura.
Depois Falamos
Aquela onde tudo começou.
Mas a partir de hoje, e durante um ano, seremos a capital europeia da cultura
naquele que é o maior e mais mediático evento de que Guimarães dispõe em quase mil anos de História.
Solenemente inaugurado pelo Presidente da República e pelo Presidente da Comissão Europeia , as duas mais representativas entidade de Portugal e da Europa a 27 , a cidade estará hoje na primeira página da actualidade nacional e seguida por muita gente em toda a Europa.
Passado o tempo das normais divergências politicas em torno do que fazer e como fazer, cujas razões não importa agora trazer à colação, hoje é um dia de unidade em volta de um acontecimento que orgulha Guimarães e Portugal.
Saibamos fazer dele uma âncora para que a cidade e o concelho possam alicerçar uma postura positiva de combate à crise e de afirmação no contexto nacional e europeu.
E agora toca a desfrutar de Guimarães 2012.
A Capital Europeia da Cultura.
Depois Falamos
37 Anos Depois...
Completam-se hoje 37 anos sobre a minha filiação na JSD.
Já em aniversários anteriores tenho referido o facto, em parte pelo muito tempo já decorrido, mas essencialmente pela absoluta certeza de que nunca militarei noutro partido politico que não seja o PSD.
Que nesse tempo se chamava PPD.
E era liderado por Francisco Sá Carneiro.
O que fazia toda a diferença.
Uma diferença tão grande que só os que são desse tempo podem avaliar da forma mais correcta.
Tenho ,pois, a certeza de que nunca serei militante de outro partido mas não tenho certeza nenhuma de que serei para sempre militante do PSD que fique claro.
Porque já tendo vivido muita coisa neste partido, a maioria boa mas algumas bem más, nunca como na actualidade me interroguei tanto sobre se faz sentido continuar a militar numa força política em que se tem todos os dias a sensação de que ser militante serve apenas para pagar cotas, encher jantares e eleger órgãos que na sua maior parte após eleitos se estão positivamente nas “tintas” para quem os elegeu.
Não é de hoje, é verdade, que as coisas são assim.
Vem sendo de há bastantes anos para cá mas tenho agora a sensação de que há um “acelerar” da degradação de qualidade de militante.
Quase ao ponto de o líder do partido se ter visto “obrigado” a vir a público esclarecer que”… ser militante de um partido não é crime(sic)…”!
Pois não.
Mas não faltam militantes do PSD que se sentem quase nessa qualidade tal a discriminação de que são alvo.
A par de se constatarem dentro do partido ligações e obediências, que explicam escolhas e nomeações, incomodativas pelo que significam de compadrio, de favorecimento, de desrespeito por estatutos e órgãos eleitos.
Confesso que tenho saudades da JSD e do PPD de 1975.
Eram tempos difíceis é verdade.
Mas também o partido era bem melhor!
Depois Falamos
quinta-feira, janeiro 19, 2012
SAD ou não SAD
Publiquei este artigo na edição de hoje do "Povo de Guimarães".
É conhecida de todos aqueles que se interessam pelo Vitória, sejam ou não associados do clube, a difícil situação económico-financeira que o mesmo atravessa e que se vem degradando desde 2003.
Não valerá muito a pena, no âmbito de um artigo que se deseja voltado para o futuro, estar a repisar exaustivamente as razões que levaram a esta situação que traz os vitorianos em permanente alvoroço e que condiciona o crescimento de uma instituição que tem tudo para ser tão grande como os maiores.
Essencialmente serão quatro as razões explicativas:
A forma como alguns decidiram, nesse tempo, derrubar Pimenta Machado sem cuidarem de preservar a instituição que é sempre mais importante do que quem a dirige.
E não deixa de ser curioso saber que é feito de alguns desses “grandes vitorianos”, paladinos de uma “revolução”, que nunca mais foram vistos em lado nenhum!
A forma como o próprio Pimenta Machado geriu o timing da sua saída e que levou a situações limite de insustentabilidade na relação entre órgãos sociais e um grupo significativo de associados insatisfeitos com a situação do clube.
A forma como o que lhe sucedeu não soube redimensionar o clube, modernizá-lo e extirpando o pior do tempo de Pimenta Machado aproveitar o muito de bom que este tinha deixado.
Desde património á visibilidade mediática, que o clube tinha e foi perdendo, passando por uma posição de respeito que a generalidade dos agentes do futebol tinha pelo Vitória.
Pelo meio uma descida de divisão que mostrando (única vantagem) a cepa de que os vitorianos são feitos, pela forma como se uniram em volta do clube, foi um enorme passo atrás na nossa consolidação como quarto clube português e começou a abrir a porta ao crescimento do Braga posteriormente consolidado com um tremendo erro estratégico da actual direcção ao incompatibilizar-se com o Porto em troca de uma relação mal explicada com o Benfica de que nada beneficiamos.
E, quarta e ultima razão importante, os vários erros cometidos pelos actuais e anteriores órgãos sociais que levaram à situação presente.
Desperdício da “Champions”, aliança com o SLB, entrada e saída desmesurada de jogadores, crescimento do quadro de pessoal do clube, orçamentos irrealistas e tudo mais que se sabe.
Chegamos, pois, a esta situação.
De que é preciso sair rapidamente sob pena de um futuro…axadrezado!
E as opções que se põem são duas.
Ou manter o clube como clube e alterar os estatutos de molde a permitir uma gestão profissional.
Ou criar uma SAD.
Porque manter as coisas como estão, em termos de gestão, é como lutar contra espingardas com umas fisgas completamente artesanais.
Por mim defendo claramente a primeira opção.
Ciente de que essa gestão profissional terá necessariamente de reestruturar o passivo, sanear economicamente o clube, propor aos sócios um caminho claro e de alguns sacrifícios inerentes à redução de despesas e á sustentabilidade financeira do mesmo dentro das receitas ordinárias de que dispõe.
Sendo que essa reestruturação pode e deve passar, também, pela participação num fundo de investimento no qual alienando racionalmente os passes de alguns jogadores seja possível acelerar a recuperação financeira do clube através da diminuição do passivo mais oneroso.
Depois há o outro caminho.
A SAD.
Na qual um clube debilitado financeiramente, frágil em termos desportivos, pouco ou nada atractivo em termos de investimento terá de ir ao mercado procurar investidores dispostos a “darem” dinheiro para a constituição de uma SAD com capital minimamente atractivo.
E esse caminho, por mais que me procurem convencer do contrário, corre o risco de lançar o Vitória de forma irremediável na mão de empresários de futebol e/ou de investidores de perfil pouco claro e que nada tem a ver com a nossa realidade e tradição associativa.
O Vitória é dos sócios.
Por mim continuará a ser!
Força Campeão
A noticia da lesão de Nelson Évora que o afasta dos Jogos olímpicos de Londres é uma tristíssima noticia para o desporto português e para a comitiva nacional que vai participar no maior evento do desporto a nível mundial.
Portugal, país "ultra periférico" em termos desportivos , tem apenas um campeão olímpico em titulo que é precisamente Nelson Évora.
E logo numa disciplina do atletismo(triplo salto) em que não tínhamos ,até à sua aparição, nenhuma tradição de bons resultados em termos de competições internacionais.
É verdade que outros nomes já tinham feito soar a "Portuguesa" em estádios olímpicos.
Carlos Lopes, Rosa Mota,Fernanda Ribeiro.
Mas noutras disciplinas(fundo e meio fundo) onde para além deles já outros nomes tinham conquistado relevantes vitórias em grandes competições.
Fernando Mamede,Aurora Cunha,Domingos e Dionísio Castro,Paulo Guerra,Albertina Machado,António Pinto,entre outros.
Mas na actualidade, e salvo alguma agradável surpresa, era em Nelson Évora que se concentravam todas as expectativas para a conquista de uma medalha de ouro e consequente audição do hino nacional .
Não o quis uma malfadada lesão.
Mas quando se trata de um campeão como ele todas as esperanças são possíveis.
Até a de uma recuperação "milagrosa".
Força Campeão.
Depois Falamos
Portugal, país "ultra periférico" em termos desportivos , tem apenas um campeão olímpico em titulo que é precisamente Nelson Évora.
E logo numa disciplina do atletismo(triplo salto) em que não tínhamos ,até à sua aparição, nenhuma tradição de bons resultados em termos de competições internacionais.
É verdade que outros nomes já tinham feito soar a "Portuguesa" em estádios olímpicos.
Carlos Lopes, Rosa Mota,Fernanda Ribeiro.
Mas noutras disciplinas(fundo e meio fundo) onde para além deles já outros nomes tinham conquistado relevantes vitórias em grandes competições.
Fernando Mamede,Aurora Cunha,Domingos e Dionísio Castro,Paulo Guerra,Albertina Machado,António Pinto,entre outros.
Mas na actualidade, e salvo alguma agradável surpresa, era em Nelson Évora que se concentravam todas as expectativas para a conquista de uma medalha de ouro e consequente audição do hino nacional .
Não o quis uma malfadada lesão.
Mas quando se trata de um campeão como ele todas as esperanças são possíveis.
Até a de uma recuperação "milagrosa".
Força Campeão.
Depois Falamos
quarta-feira, janeiro 18, 2012
A Perfeição Existe!
O jogo de hoje, nono confronto directo entre Guardiola e Mourinho, acabou como habitualmente com a vitória do Barcelona.
Sétima nos tais nove jogos.
Se duvidas existissem,mesmo para os adeptos recentes do Real Madrid como os comentadores da sport tv entre outros, elas deixaram de ter qualquer razão de ser.
O Barcelona é a melhor equipa do mundo e aquela que pratica porventura o melhor futebol de todos os tempos.
Jogue A,B ou C, consagrado ou "canterano", jogam sempre da mesma maneira,com a mesma eficácia e o mesmo resultado.
Ganham!
Jogando bem.
Porque, como dizia e bem Luis Freitas Lobo num comentário, ganha a filosofia concebida por Guardiola á estratégia em que Mourinho é mestre.
E uma das peças chave dessa filosofia, para além do fabuloso aproveitamente dos escalões de formação, é precisamente o jogar em todo o lado sempre da mesma forma.
Seja no Nou Camp seja em casa do adversário ou em campo neutro como nas finais que tem ganho.
O futebol do Barcelona é aquele e quem tem de se preocupar é o adversário.
E mesmo um grande treinador como Mourinho,com um plantel fabuloso como o do Real Madrid,tem sido impotente face à espantosa qualidade de jogo da equipa barcelonista que ganha em Madrid,pela segunda vez em poucas semanas (e voltando a inverter um resultado negativo)
com a maior das naturalidades.
Sim, no futebol a perfeição existe.
É esta equipa do Barcelona!
Depois Falamos
Sétima nos tais nove jogos.
Se duvidas existissem,mesmo para os adeptos recentes do Real Madrid como os comentadores da sport tv entre outros, elas deixaram de ter qualquer razão de ser.
O Barcelona é a melhor equipa do mundo e aquela que pratica porventura o melhor futebol de todos os tempos.
Jogue A,B ou C, consagrado ou "canterano", jogam sempre da mesma maneira,com a mesma eficácia e o mesmo resultado.
Ganham!
Jogando bem.
Porque, como dizia e bem Luis Freitas Lobo num comentário, ganha a filosofia concebida por Guardiola á estratégia em que Mourinho é mestre.
E uma das peças chave dessa filosofia, para além do fabuloso aproveitamente dos escalões de formação, é precisamente o jogar em todo o lado sempre da mesma forma.
Seja no Nou Camp seja em casa do adversário ou em campo neutro como nas finais que tem ganho.
O futebol do Barcelona é aquele e quem tem de se preocupar é o adversário.
E mesmo um grande treinador como Mourinho,com um plantel fabuloso como o do Real Madrid,tem sido impotente face à espantosa qualidade de jogo da equipa barcelonista que ganha em Madrid,pela segunda vez em poucas semanas (e voltando a inverter um resultado negativo)
com a maior das naturalidades.
Sim, no futebol a perfeição existe.
É esta equipa do Barcelona!
Depois Falamos
Interpretações...
Como se previa a questão dos presidentes de câmara em fim de terceiro mandato começa a ocupar espaço central no debate político em curso.
Sabe-se da oposição dos autarcas a essa medida consagrada na lei, sabe-se da vontade das direcções de PSD e PS em não mexerem naquilo que foi estipulado à tão pouco tempo, são conhecidas as várias tentativas de tornear o disposto.
Pessoalmente, e com o à vontade de não ser parte interessada no assunto, tenho uma posição clara:
Ou não se fazia a lei e os autarcas sê-lo-iam enquanto as populações o desejassem (pode não ser o melhor dos critérios mas é certamente o menos mau) ou então já que se enveredou por essa limitação faz todo o sentido que ela seja encarada no sentido mais amplo impedindo transferências de autarcas de município para município,
Ou seja a inibição aplicar-se-ia não só ao território, como defende o governo, mas também ao politico em fim de terceiro mandato consecutivo.
As reformas ou se fazem ou não se fazem!
Num tempo em que o PSD e o governo (também o CDS mas muito menos por razões óbvias) são fustigados com criticas por causa das nomeações para cargos públicos e da desconfiança já lançada pela oposição de que o partido liderante quer encontrar no Estado a solução para a continuidade de carreiras politicas de autarcas nas condições atrás descritas não faz sentido nenhum defender posições dúbias,”nem carne nem peixe”, quando para os cidadãos o rigor a e dureza do dia a dia cada vez são mais impositivos e sem atenuantes.
Definitivamente ser autarca, deputado, governante, gestor público não pode ser profissão.
E quem entender a ocupação desses cargos como serviço publico, mal remunerado ao que se queixam todos eles, deverá estar na primeira linha dos que recusam essa interpretação titubeante da Lei!
Veremos o que nos trazem os próximos capítulos…
Depois Falamos
terça-feira, janeiro 17, 2012
Calendarizar
Publiquei este artigo no site da Associação Vitória Sempre
A intrincada situação que o Vitória hoje vive exige de todos, responsáveis e adeptos, um esforço redobrado no sentido de elencar prioridades e calendarizar a sua realização.
Creio, tenho-o escrito noutros espaços e disse-o na ultima AG, que o clube precisa de uma clarificação interna que o possa conduzir á pacificação social e a um sério esforço de união em volta do nosso emblema e das nossas equipas e modalidades desportivas.
Hoje por hoje perdemos demasiado tempo em volta de assuntos que não sendo difíceis de organizar gastam energias, consomem paciência, debilitam o tecido associativo.
A ultima assembleia geral foi um momento limite, daqueles que dificilmente se atingem num clube desportivo, em que um número significativo de associados quis mostrar à direcção a sua revolta perante os caminhos seguidos e a sua vontade de mudar de percurso por considerarem que o Vitória trilhava maus caminhos.
Posteriormente , por iniciativa de um associado secundado por muitos outros, foi entregue o pedido de assembleia geral extraordinária para demissão do presidente da direcção que teve o desfecho conhecido de todos.
Depois de um “ping pong” entre Mesa da AG, primeiro proponente da AG e Conselho de Jurisdição , foi tomada a decisão pela Mesa de não convocar a AG por entender que o processo enfermava de irregularidades que não tinham sido sanadas pelos proponentes.
O problema, independentemente de quem tenha razão, é que o processo se arrastou por demasiado tempo levando à consequente exasperação de muitos associados e à criação de um “clima” muito desfavorável a quem teve de decidir.
Tudo isso levou ás “faixas”, aos cânticos no estádio contra o presidente do clube, a uma violenta campanha nas redes sociais em prol da demissão da direcção e restantes órgãos sociais que continuará até que a clarificação seja feita tudo o leva a crer.
Há,pois, que sair deste impasse.
Do meu ponto de vista o Vitória tem de clarificar a sua situação interna até ao final do primeiro trimestre sob pena de começar já a comprometer a época desportiva de 2012/2013 ainda a de 2011/2012 vai a meio.
Que fazer?
Desde logo marcar urgentemente uma assembleia geral para reapresentação do relatório e contas e consequente plano de reestruturação financeira conforme o associado Luis Alves e eu próprio pedimos na ultima assembleia geral.
Naturalmente que terá de ser um plano credível, sem contas de cabeça ou pagamento aos apanha bolas por recibo verde, que apresente factos, soluções e calendário de cumprimento.
Equivale isto a dizer que “árabes” e afins não serão nunca vistos como solução credível.
Face ao prazo tolerante(31 de Janeiro) dado pelo presidente da AG á direcção para apresentar soluções é de esperar que até essa data esteja concluído o tal fundo de investimento e possa ser apresentado aos associados de molde a que estes possam aprovar o relatório e contas.
Uma vez cumprido esse trâmite é tempo, então, de partir para a clarificação definitiva do clube.
Já o disse, e repito, que essa clarificação deverá passar pela realização de eleições antecipadas a que possam concorrer aqueles que defendem a solução SAD e os que entendem que o caminho passa pela profissionalização da gestão mas sem criação da tal SAD.
E da campanha eleitoral, dos debates que certamente haverá oportunidade para fazer, sairá o cabal esclarecimento dos associados sobre programas e pessoas de molde a poderem escolher livremente o caminho que querem seguir.
E quem vencer estará plenamente legitimado para implementar as decisões que constem do seu programa.
Aí sim será possível unir a família vitoriana e concentrar esforços e energias no apoio ás nossas equipas para que o Vitória seja capaz de atingir as classificações que estão ao seu alcance e honrem o seu historial.
Creio que 31 de Março ou 14 de Abril seriam datas perfeitamente aceitáveis para a realização dessas eleições.
Haja vontade.
E vitorianismo!
A intrincada situação que o Vitória hoje vive exige de todos, responsáveis e adeptos, um esforço redobrado no sentido de elencar prioridades e calendarizar a sua realização.
Creio, tenho-o escrito noutros espaços e disse-o na ultima AG, que o clube precisa de uma clarificação interna que o possa conduzir á pacificação social e a um sério esforço de união em volta do nosso emblema e das nossas equipas e modalidades desportivas.
Hoje por hoje perdemos demasiado tempo em volta de assuntos que não sendo difíceis de organizar gastam energias, consomem paciência, debilitam o tecido associativo.
A ultima assembleia geral foi um momento limite, daqueles que dificilmente se atingem num clube desportivo, em que um número significativo de associados quis mostrar à direcção a sua revolta perante os caminhos seguidos e a sua vontade de mudar de percurso por considerarem que o Vitória trilhava maus caminhos.
Posteriormente , por iniciativa de um associado secundado por muitos outros, foi entregue o pedido de assembleia geral extraordinária para demissão do presidente da direcção que teve o desfecho conhecido de todos.
Depois de um “ping pong” entre Mesa da AG, primeiro proponente da AG e Conselho de Jurisdição , foi tomada a decisão pela Mesa de não convocar a AG por entender que o processo enfermava de irregularidades que não tinham sido sanadas pelos proponentes.
O problema, independentemente de quem tenha razão, é que o processo se arrastou por demasiado tempo levando à consequente exasperação de muitos associados e à criação de um “clima” muito desfavorável a quem teve de decidir.
Tudo isso levou ás “faixas”, aos cânticos no estádio contra o presidente do clube, a uma violenta campanha nas redes sociais em prol da demissão da direcção e restantes órgãos sociais que continuará até que a clarificação seja feita tudo o leva a crer.
Há,pois, que sair deste impasse.
Do meu ponto de vista o Vitória tem de clarificar a sua situação interna até ao final do primeiro trimestre sob pena de começar já a comprometer a época desportiva de 2012/2013 ainda a de 2011/2012 vai a meio.
Que fazer?
Desde logo marcar urgentemente uma assembleia geral para reapresentação do relatório e contas e consequente plano de reestruturação financeira conforme o associado Luis Alves e eu próprio pedimos na ultima assembleia geral.
Naturalmente que terá de ser um plano credível, sem contas de cabeça ou pagamento aos apanha bolas por recibo verde, que apresente factos, soluções e calendário de cumprimento.
Equivale isto a dizer que “árabes” e afins não serão nunca vistos como solução credível.
Face ao prazo tolerante(31 de Janeiro) dado pelo presidente da AG á direcção para apresentar soluções é de esperar que até essa data esteja concluído o tal fundo de investimento e possa ser apresentado aos associados de molde a que estes possam aprovar o relatório e contas.
Uma vez cumprido esse trâmite é tempo, então, de partir para a clarificação definitiva do clube.
Já o disse, e repito, que essa clarificação deverá passar pela realização de eleições antecipadas a que possam concorrer aqueles que defendem a solução SAD e os que entendem que o caminho passa pela profissionalização da gestão mas sem criação da tal SAD.
E da campanha eleitoral, dos debates que certamente haverá oportunidade para fazer, sairá o cabal esclarecimento dos associados sobre programas e pessoas de molde a poderem escolher livremente o caminho que querem seguir.
E quem vencer estará plenamente legitimado para implementar as decisões que constem do seu programa.
Aí sim será possível unir a família vitoriana e concentrar esforços e energias no apoio ás nossas equipas para que o Vitória seja capaz de atingir as classificações que estão ao seu alcance e honrem o seu historial.
Creio que 31 de Março ou 14 de Abril seriam datas perfeitamente aceitáveis para a realização dessas eleições.
Haja vontade.
E vitorianismo!
segunda-feira, janeiro 16, 2012
Serenata à Chuva
Foto: http://www.vitoriasc.pt/
Não foi uma serenata no sentido de o Vitória ter feito uma exibição de sonho pautada por grandes exibições individuais e por um colectivo arrasador.
Mas foi uma exibição segura, personalizada, com a equipa a saber o que queria e a jogar em função disso ao longo dos 90 minutos.
Terá sido,talvez, a melhor exibição da equipa desde que comandada por Rui Vitória.
E ,num terreno difícil pela chuva que caiu, fiquei com a clara sensação de uma equipa a subir em termos de índices físicos com o "pormenor" agradável de ver os jogadores do Vitória chegaram primeiro á bola,ganharem ressaltos e bolas divididas.
Gostei da equipa.
E de algumas exibições individuais.
Toscano cada vez mais o pivot do futebol ofensivo.
Santana com uma exibição de brio coroada com um belo golo.
Nilson seguríssimo como de costume.
Freire que uma vez mais correspondeu bem à chamada.
Mas globalmente todos estiveram bem e deixaram perspectivas,que esperemos se confirmem,de uma segunda volta que nos permita atingir um lugar compatível com o nosso historial.
Uma nota apenas para a "idiotice" dos dirigentes do clube da casa.
É manifesta, de há muito, a antipatia que o presidente da Académica nutre pelo Vitória e que tem demonstrado em ocasiões diversas sem que da nossa parte tenha havido,ainda, a resposta adequada a tanta insolência.
Provavelmente essa antipatia terá sido aumentada pela azia da 1/2 da taça de Portugal da época passada.
Mas daí a por o bilhete mais barato a 22 euros (mais caro do que nos jogos com Porto e Sporting)vai a distância que separa um bom gestor de um "idiota".
Porque ao contrário de anos anteriores em que milhares de vitorianos rumaram a Coimbra (curiosamente uma das mais tradicionais deslocações dos adeptos do Vitória)este ano apenas algumas dezenas de "heróis" fizeram a deslocação.
Quem perdeu foi a Académica.
No relvado e na bilheteira.
Mas se calhar com tão brilhante gestão nem precisam de receitas.
Por nós tudo bem.
O que nos interessava,os 3 pontos,vieram para Guimarães.
A azia,porventura ainda maior,lá ficou pela Lusa Atenas!
É a vida...
Depois Falamos
Não foi uma serenata no sentido de o Vitória ter feito uma exibição de sonho pautada por grandes exibições individuais e por um colectivo arrasador.
Mas foi uma exibição segura, personalizada, com a equipa a saber o que queria e a jogar em função disso ao longo dos 90 minutos.
Terá sido,talvez, a melhor exibição da equipa desde que comandada por Rui Vitória.
E ,num terreno difícil pela chuva que caiu, fiquei com a clara sensação de uma equipa a subir em termos de índices físicos com o "pormenor" agradável de ver os jogadores do Vitória chegaram primeiro á bola,ganharem ressaltos e bolas divididas.
Gostei da equipa.
E de algumas exibições individuais.
Toscano cada vez mais o pivot do futebol ofensivo.
Santana com uma exibição de brio coroada com um belo golo.
Nilson seguríssimo como de costume.
Freire que uma vez mais correspondeu bem à chamada.
Mas globalmente todos estiveram bem e deixaram perspectivas,que esperemos se confirmem,de uma segunda volta que nos permita atingir um lugar compatível com o nosso historial.
Uma nota apenas para a "idiotice" dos dirigentes do clube da casa.
É manifesta, de há muito, a antipatia que o presidente da Académica nutre pelo Vitória e que tem demonstrado em ocasiões diversas sem que da nossa parte tenha havido,ainda, a resposta adequada a tanta insolência.
Provavelmente essa antipatia terá sido aumentada pela azia da 1/2 da taça de Portugal da época passada.
Mas daí a por o bilhete mais barato a 22 euros (mais caro do que nos jogos com Porto e Sporting)vai a distância que separa um bom gestor de um "idiota".
Porque ao contrário de anos anteriores em que milhares de vitorianos rumaram a Coimbra (curiosamente uma das mais tradicionais deslocações dos adeptos do Vitória)este ano apenas algumas dezenas de "heróis" fizeram a deslocação.
Quem perdeu foi a Académica.
No relvado e na bilheteira.
Mas se calhar com tão brilhante gestão nem precisam de receitas.
Por nós tudo bem.
O que nos interessava,os 3 pontos,vieram para Guimarães.
A azia,porventura ainda maior,lá ficou pela Lusa Atenas!
É a vida...
Depois Falamos
domingo, janeiro 15, 2012
Pormenor
Muito se tem falado nos últimos dias acerca de nomeações e escolhas para lugares em empresas de grande visibilidade pública e no lote das de maiores dimensões a nível nacional.
Eu próprio já aqui escrevi sobre a EDP e as Águas de Portugal porventura as mais polémicas até ao momento.
Registei a virulência das reacções de PCP e BE (com a inconsequência costumeira) e a "amnésia" do PS que parece que nunca nomeou ninguém do partido para lugar nenhum .
Provavelmente nem sabem quem são Armando Vara,Rui Pedro Soares e milhares de outros.
Constatei a forma serena como Pedro Passos Coelho veio a público mostrar umas estatísticas e considerar que ser militante de um partido não é crime (até que enfim alguém no PSD se lembrou disso...)mas não pude deixar de reparar na necessidade de o primeiro ministro se justificar.
Achei graça ao facto de muitas dessas nomeações serem atribuídas á famosa sociedade semi secreta de que tanto se fala pese embora alguns nomes serem insuspeitos de a ela pertencerem.
Percebi que a nomeação de autarcas é vista como uma forma artificial de lhes prolongar as carreiras politicas quando podia ser entendida como uma forma de colocarem uma valiosa experiência de gestão das coisas públicas ao serviço dos novos cargos para que são escolhidos.
E sobre quase tudo atrás citado admito perfeitamente que haja quem concorde e quem discorde ao sabor de critérios pessoais e/ou alinhamentos políticos.
Mas há um facto comum à esmagadora maioria dos nomeados que não vi referido em lado nenhum (o que não quer dizer que não o tenha sido como é óbvio!) e foi pena.
É que todos eles podem ou não ser do PSD e do CDS,serem ou não serem da Maçonaria,terem curriculo justificativo ou não.
Mas são todos(menos o ex vice da câmara do Porto) de Lisboa.
Lisboa,Oeiras,Cascais e Sintra para dar a verdadeira amplitude ao caso.
E isso preocupa-me mais do que serem militantes deste ou daquele partido ou serem maçons.
Porque é a prova provada de que a verdadeira sociedade secreta (há quem lhe chame ...bloco central) é a constituída pelos residentes na ex capital do império e arredores.
E como diria o enorme José Afonso "...eles comem tudo,eles comem tudo e não deixam nada...".
E é assim desde sempre.
Em democracia ou em ditadura.
Depois Falamos
Eu próprio já aqui escrevi sobre a EDP e as Águas de Portugal porventura as mais polémicas até ao momento.
Registei a virulência das reacções de PCP e BE (com a inconsequência costumeira) e a "amnésia" do PS que parece que nunca nomeou ninguém do partido para lugar nenhum .
Provavelmente nem sabem quem são Armando Vara,Rui Pedro Soares e milhares de outros.
Constatei a forma serena como Pedro Passos Coelho veio a público mostrar umas estatísticas e considerar que ser militante de um partido não é crime (até que enfim alguém no PSD se lembrou disso...)mas não pude deixar de reparar na necessidade de o primeiro ministro se justificar.
Achei graça ao facto de muitas dessas nomeações serem atribuídas á famosa sociedade semi secreta de que tanto se fala pese embora alguns nomes serem insuspeitos de a ela pertencerem.
Percebi que a nomeação de autarcas é vista como uma forma artificial de lhes prolongar as carreiras politicas quando podia ser entendida como uma forma de colocarem uma valiosa experiência de gestão das coisas públicas ao serviço dos novos cargos para que são escolhidos.
E sobre quase tudo atrás citado admito perfeitamente que haja quem concorde e quem discorde ao sabor de critérios pessoais e/ou alinhamentos políticos.
Mas há um facto comum à esmagadora maioria dos nomeados que não vi referido em lado nenhum (o que não quer dizer que não o tenha sido como é óbvio!) e foi pena.
É que todos eles podem ou não ser do PSD e do CDS,serem ou não serem da Maçonaria,terem curriculo justificativo ou não.
Mas são todos(menos o ex vice da câmara do Porto) de Lisboa.
Lisboa,Oeiras,Cascais e Sintra para dar a verdadeira amplitude ao caso.
E isso preocupa-me mais do que serem militantes deste ou daquele partido ou serem maçons.
Porque é a prova provada de que a verdadeira sociedade secreta (há quem lhe chame ...bloco central) é a constituída pelos residentes na ex capital do império e arredores.
E como diria o enorme José Afonso "...eles comem tudo,eles comem tudo e não deixam nada...".
E é assim desde sempre.
Em democracia ou em ditadura.
Depois Falamos
sexta-feira, janeiro 13, 2012
Paixão e Razão
Foto: http://oladov.blogspot.com
Uma das originalidades do futebol é a de que sendo vivido(e alimentado-se)com paixão deve ser gerido com o máximo possível de razão.
Sendo certo que nessa razão deve haver sempre algum espaço para compreender a paixão.
Todos sabemos que há jogadores que marcaram um tempo e uma forma de estar na sua passagem pelo Vitória e que uma vez saídos deixaram sempre nos adeptos o desejo de os voltar a ver com a nossa camisola.
Sabendo que nuns casos isso é possível noutros não.
Pedro Mendes e Nuno Assis são dois exemplos da primeira situação.
Fernando Meira e Pedro Barbosa da segunda.
Outros há.
Como Moreno.
Que foi produto da nossa formação, saiu para rodar e voltou, afirmando-se durante anos como uma referência na equipa principal.
Nunca foi um jogador consensual (poucos o são em boa verdade)mas ninguém ousará negar-lhe o profissionalismo, a entrega, a qualidade futebolistica e o enorme vitorianismo de que sempre deu provas.
Chegou merecidamente a capitanear a equipa em muitas ocasiões.
No velho derbi,com o Braga,não me lembro de jogador que incarnasse tão bem o espírito vitoriano como ele.
Um dia saiu para Inglaterra onde não foi totalmente feliz.
Regressa agora a Portugal para jogar no ...Nacional da Madeira.
Eu percebo que a direcção do clube,certamente empenhada em cumprir o prazo que lhe foi dado pelo presidente da Assembleia Geral para apresentar soluções para os problemas financeiros , não estará muito voltada para o reforço da equipa.
Até pelos condicionalismos financeiros existentes.
Mas com o emagrecimento do plantel, através de meia dúzia de saídas, fica sempre espaço para um ou dois retoques necessários.
Moreno tem trinta anos (ou seja mais 4 ou 5 para jogar a alto nível),faz várias posições com qualidade,é português e vitoriano.
Não será um dos tais casos em que a Razão devia ter ouvido a Paixão ?
Até porque não seria uma contratação por favor ou com qualquer outro objectivo que não fosse o de reforçar a equipa onde ela precisa.
Para mim ,como para muitos vitorianos,será uma tristeza vê-lo jogar com outra camisola que não a do nosso clube.
Especialmente quando se fala no interesse num central argelino que joga no ultimo classificado do seu país.
Depois Falamos
Uma das originalidades do futebol é a de que sendo vivido(e alimentado-se)com paixão deve ser gerido com o máximo possível de razão.
Sendo certo que nessa razão deve haver sempre algum espaço para compreender a paixão.
Todos sabemos que há jogadores que marcaram um tempo e uma forma de estar na sua passagem pelo Vitória e que uma vez saídos deixaram sempre nos adeptos o desejo de os voltar a ver com a nossa camisola.
Sabendo que nuns casos isso é possível noutros não.
Pedro Mendes e Nuno Assis são dois exemplos da primeira situação.
Fernando Meira e Pedro Barbosa da segunda.
Outros há.
Como Moreno.
Que foi produto da nossa formação, saiu para rodar e voltou, afirmando-se durante anos como uma referência na equipa principal.
Nunca foi um jogador consensual (poucos o são em boa verdade)mas ninguém ousará negar-lhe o profissionalismo, a entrega, a qualidade futebolistica e o enorme vitorianismo de que sempre deu provas.
Chegou merecidamente a capitanear a equipa em muitas ocasiões.
No velho derbi,com o Braga,não me lembro de jogador que incarnasse tão bem o espírito vitoriano como ele.
Um dia saiu para Inglaterra onde não foi totalmente feliz.
Regressa agora a Portugal para jogar no ...Nacional da Madeira.
Eu percebo que a direcção do clube,certamente empenhada em cumprir o prazo que lhe foi dado pelo presidente da Assembleia Geral para apresentar soluções para os problemas financeiros , não estará muito voltada para o reforço da equipa.
Até pelos condicionalismos financeiros existentes.
Mas com o emagrecimento do plantel, através de meia dúzia de saídas, fica sempre espaço para um ou dois retoques necessários.
Moreno tem trinta anos (ou seja mais 4 ou 5 para jogar a alto nível),faz várias posições com qualidade,é português e vitoriano.
Não será um dos tais casos em que a Razão devia ter ouvido a Paixão ?
Até porque não seria uma contratação por favor ou com qualquer outro objectivo que não fosse o de reforçar a equipa onde ela precisa.
Para mim ,como para muitos vitorianos,será uma tristeza vê-lo jogar com outra camisola que não a do nosso clube.
Especialmente quando se fala no interesse num central argelino que joga no ultimo classificado do seu país.
Depois Falamos
quinta-feira, janeiro 12, 2012
O Caso Catroga
Já aqui escrevi, e não voltarei ao assunto,o que penso das escolhas que os accionistas privados da EDP fizeram para o conselho geral da empresa.
Mas sobre Eduardo Catroga, o que parece gerar mais polémica,direi o seguinte:
Contestar a sua escolha pela cor partidária ou pela competência é um evidente disparate só ao alcance daqueles que não tem mais nenhum argumento.
Porque Catroga tem um percurso de vida profissional que fala por ele e porque ter uma ligação clara a um partido politico(ainda que dele não seja militante como é o caso) é um sinal de transparência que em caso algum deve ser um ónus a pesar sobre uma escolha.
Já todos sabemos que se Catroga usasse "aventalzinho" e fosse independente passava,para muitos, a ter um perfil espectacular e digno de qualquer nomeação.
Adiante.
O que me parece menos bem na sua nomeação são dois outros factores:
Por um lado Catroga está reformado e bem reformado.
E acrescentar a uma pensão de reforma de 9.000 € um salário como aquele de que se fala é quase obsceno num país que atravessa a crise que o nosso conhece.
Por outro lado sendo verdade que a EDP é privada e a escolha foi feita pelos seus proprietários é igualmente verdade que se me apetecer comer um hamburguer vou ao McDonalds, ao Burger King, ou a qualquer outro restaurante de "fast food".
Posso escolher.
O que não acontece com o produto comercializado pela EDP em regime de monopólio.
E sem mexer naquilo que são o direito dos privados a escolherem quem muito bem entendem para as suas empresas creio que neste caso faltou algum bom senso.
Para ser generoso!
Depois Falamos
P.S. Confesso que me sinto algo "incomodado" por Eduardo Catroga,ao contrário do que tudo fazia crer,não ter integrado o governo.
Mas sobre Eduardo Catroga, o que parece gerar mais polémica,direi o seguinte:
Contestar a sua escolha pela cor partidária ou pela competência é um evidente disparate só ao alcance daqueles que não tem mais nenhum argumento.
Porque Catroga tem um percurso de vida profissional que fala por ele e porque ter uma ligação clara a um partido politico(ainda que dele não seja militante como é o caso) é um sinal de transparência que em caso algum deve ser um ónus a pesar sobre uma escolha.
Já todos sabemos que se Catroga usasse "aventalzinho" e fosse independente passava,para muitos, a ter um perfil espectacular e digno de qualquer nomeação.
Adiante.
O que me parece menos bem na sua nomeação são dois outros factores:
Por um lado Catroga está reformado e bem reformado.
E acrescentar a uma pensão de reforma de 9.000 € um salário como aquele de que se fala é quase obsceno num país que atravessa a crise que o nosso conhece.
Por outro lado sendo verdade que a EDP é privada e a escolha foi feita pelos seus proprietários é igualmente verdade que se me apetecer comer um hamburguer vou ao McDonalds, ao Burger King, ou a qualquer outro restaurante de "fast food".
Posso escolher.
O que não acontece com o produto comercializado pela EDP em regime de monopólio.
E sem mexer naquilo que são o direito dos privados a escolherem quem muito bem entendem para as suas empresas creio que neste caso faltou algum bom senso.
Para ser generoso!
Depois Falamos
P.S. Confesso que me sinto algo "incomodado" por Eduardo Catroga,ao contrário do que tudo fazia crer,não ter integrado o governo.
quarta-feira, janeiro 11, 2012
terça-feira, janeiro 10, 2012
EDP
Neste caso até se poderia considerar que a polémica em volta da EDP não tem a ver com o normal significado da sigla (Electicidade de Portugal) mas sim com outra EDP que pode significar Escolha De Personalidades.
Neste caso para o Conselho Geral da empresa.
Escolha feita,diga-se de passagem, pelos accionistas privados e não pelo governo!
E quem são os alvos da polémica?
Eduardo Catroga,Braga de Macedo,Paulo Teixeira Pinto,Celeste Cardona e o general Rocha Vieira.
A oposição, desde os contra tudo desde que "cheire" a governo(PCP e BE) até ao gravemente amnésico PS,desatou a falar da partidarização das escolhas.
Esqueceu-se contudo de dois pormenores que fazem a diferença.
Por um lado os convites vieram dos accionistas privados.
E Portugal não é a Coreia do Norte.
Por outro lado há uma coisa que se chama perfil e currículo dos convidados.
Que fala por si.
Porque para além dos cargos políticos, de grande responsabilidade, desempenhados todos eles tem uma vida profissional de sucesso fora da politica.
Como professores,empresários,profissionais liberais,na banca ou nas Forças Armadas.
Eu sei que isto faz confusão a partidos que tem os seus políticos de topo como funcionários.
Ou a partidos cuja elite vive umbilicalmente ligada ao aparelho de Estado,ás empresas públicas,e por aí fora.
Mas por muito que isso desagrade à esquerda a verdade é que todos eles tem perfis perfeitamente justificadores dos convites que lhes foram endereçado.
São da área politica da actual governo?
São!
Porque se Portugal não é a Coreia do Norte também não é a Disneylandia.
Como os accionistas da EDP muito bem sabem.
Depois Falamos
Neste caso para o Conselho Geral da empresa.
Escolha feita,diga-se de passagem, pelos accionistas privados e não pelo governo!
E quem são os alvos da polémica?
Eduardo Catroga,Braga de Macedo,Paulo Teixeira Pinto,Celeste Cardona e o general Rocha Vieira.
A oposição, desde os contra tudo desde que "cheire" a governo(PCP e BE) até ao gravemente amnésico PS,desatou a falar da partidarização das escolhas.
Esqueceu-se contudo de dois pormenores que fazem a diferença.
Por um lado os convites vieram dos accionistas privados.
E Portugal não é a Coreia do Norte.
Por outro lado há uma coisa que se chama perfil e currículo dos convidados.
Que fala por si.
Porque para além dos cargos políticos, de grande responsabilidade, desempenhados todos eles tem uma vida profissional de sucesso fora da politica.
Como professores,empresários,profissionais liberais,na banca ou nas Forças Armadas.
Eu sei que isto faz confusão a partidos que tem os seus políticos de topo como funcionários.
Ou a partidos cuja elite vive umbilicalmente ligada ao aparelho de Estado,ás empresas públicas,e por aí fora.
Mas por muito que isso desagrade à esquerda a verdade é que todos eles tem perfis perfeitamente justificadores dos convites que lhes foram endereçado.
São da área politica da actual governo?
São!
Porque se Portugal não é a Coreia do Norte também não é a Disneylandia.
Como os accionistas da EDP muito bem sabem.
Depois Falamos
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Ser Português
Ao dar casualmente com esta fotografia, dos dois melhores jogadores portugueses de sempre (a seguir a Eusébio é claro), ocorreu-me uma reflexão curiosa que tem a ver com eles e com outros mais.
Portugal é um país de emigrantes.
Desde,pelo menos , o tempo das Descobertas.
Aos emigrantes, desde os que deram novos mundo ao mundo aqueles que com as suas divisas tanto ajudaram o país no ultimo quartel do século passado, o país deve muito.
Imenso diria.
Mas porque razão será com eles tão ingrato ?
Porque razão os que ficaram, mas que ficando não se coibiram de usufruir daquilo que os que partiram foram trazendo e mandando, olham sempre para quem emigrou com algum desdém,alguma "superioridade", quase como se fossem portugueses de segunda ?
Foi assim com os que emigraram para França e Alemanha nos anos 50 e 60.
Sobre os quais se contavam anedotas, aos quais se chamavas jocosamente "avecs", dos quais se tinha a má opinião de quem sabe Deus com que dificuldades misturava culturas e respectivas expressões linguísticas.
Foi assim,posteriormente,com os que vieram das ex colónias e a quem se chamava "retornados" (quando muitos tinham lá nascido e boa parte nunca tinha posto os pés na metrópole) como forma de os catalogar e por num estatuto de alguma inferioridade.
É assim com os chamados emigrantes de luxo do futebol português.
Figo, Ronaldo,Danny, Baía, Fernando Couto,Nani,Quaresma,Rui Costa e mais alguns.
Cujas exibições eram e são atentamente seguidas via televisão.
De quem se compram todas as noticias impressas que se publicam sobre eles e famílias,se veêm todos os programas,se compram camisolas e outros artigos de merchandising.
Mas que quando "regressam" para jogarem pelas suas equipas (Barcelona,Real Madrid,Manchester United,Zénit,Lazio,Chelsea,Milan,Inter,etc)são mais vaiados e insultados que qualquer outro jogador dessas equipas.
Tal como com os "avecs" ou os "retornados" os que cá ficaram lidam mal com o sucesso dos que partiram.
Especialmente se esse sucesso se traduzir,como nos futebolistas, em riqueza,mediatismo e outras formas de notoriedade.
De facto há uma forma muito própria de ser português.
E se é verdade que demos novos mundos ao mundo convém não esquecer que Portugal foi ,e vai sendo,feito pelos que ficaram.
Que tem na inveja,muitos deles não todos como é óbvio, um dos traços marcados do seu carácter e forma de ser.
Porque se os que partiram são sucessores de Vasco da Gama os que ficaram tem os "genes" dos "Velhos do Restelo".
Curioso como a fotografia de Figo e Ronaldo inspirou uma reflexão deste género.
Admito que aqui ou ali exagerada e até injusta.
Mas verdadeira no essencial.
Depois Falamos
Portugal é um país de emigrantes.
Desde,pelo menos , o tempo das Descobertas.
Aos emigrantes, desde os que deram novos mundo ao mundo aqueles que com as suas divisas tanto ajudaram o país no ultimo quartel do século passado, o país deve muito.
Imenso diria.
Mas porque razão será com eles tão ingrato ?
Porque razão os que ficaram, mas que ficando não se coibiram de usufruir daquilo que os que partiram foram trazendo e mandando, olham sempre para quem emigrou com algum desdém,alguma "superioridade", quase como se fossem portugueses de segunda ?
Foi assim com os que emigraram para França e Alemanha nos anos 50 e 60.
Sobre os quais se contavam anedotas, aos quais se chamavas jocosamente "avecs", dos quais se tinha a má opinião de quem sabe Deus com que dificuldades misturava culturas e respectivas expressões linguísticas.
Foi assim,posteriormente,com os que vieram das ex colónias e a quem se chamava "retornados" (quando muitos tinham lá nascido e boa parte nunca tinha posto os pés na metrópole) como forma de os catalogar e por num estatuto de alguma inferioridade.
É assim com os chamados emigrantes de luxo do futebol português.
Figo, Ronaldo,Danny, Baía, Fernando Couto,Nani,Quaresma,Rui Costa e mais alguns.
Cujas exibições eram e são atentamente seguidas via televisão.
De quem se compram todas as noticias impressas que se publicam sobre eles e famílias,se veêm todos os programas,se compram camisolas e outros artigos de merchandising.
Mas que quando "regressam" para jogarem pelas suas equipas (Barcelona,Real Madrid,Manchester United,Zénit,Lazio,Chelsea,Milan,Inter,etc)são mais vaiados e insultados que qualquer outro jogador dessas equipas.
Tal como com os "avecs" ou os "retornados" os que cá ficaram lidam mal com o sucesso dos que partiram.
Especialmente se esse sucesso se traduzir,como nos futebolistas, em riqueza,mediatismo e outras formas de notoriedade.
De facto há uma forma muito própria de ser português.
E se é verdade que demos novos mundos ao mundo convém não esquecer que Portugal foi ,e vai sendo,feito pelos que ficaram.
Que tem na inveja,muitos deles não todos como é óbvio, um dos traços marcados do seu carácter e forma de ser.
Porque se os que partiram são sucessores de Vasco da Gama os que ficaram tem os "genes" dos "Velhos do Restelo".
Curioso como a fotografia de Figo e Ronaldo inspirou uma reflexão deste género.
Admito que aqui ou ali exagerada e até injusta.
Mas verdadeira no essencial.
Depois Falamos
domingo, janeiro 08, 2012
Sugestão de Leitura
É o meu livro de cabeceira actual.
Em 1040 páginas, no seu estilo fluente e expressivo, uma das maiores figuras do século XX deixa as suas memórias sobre esse conflito que enlutou o mundo inteiro e deixou um rasto de destruição e horror sem paralelo.
Já noutras oportunidades deixei aqui o meu apreço e admiração pelo excepcional estadista que foi Winston Churchill, o primeiro a perceber a tremenda ameaça que a Alemanha de Hitler representava para a Europa, e o papel decisivo que teve no triunfo dos Aliados nesse conflito.
Ele que soube liderar o Reino Unido( "sangue,suor e lágrimas..." uma das suas frases mais famosas) no tempo difícil em que quase toda o continente europeu estava subjugado ás tropas alemãs e em que os Estados Unidos ainda se mantinham neutrais no conflito.
Curiosamente,as democracias são assim,depois de ganhar a guerra perdeu as eleições!
Mas este livro mostra outro Churchill.
O escritor.
Aliás laureado com o Nobel da Literatura.
E é um testemunho fundamental sobre esse período tão importante da História .
Depois Falamos
Em 1040 páginas, no seu estilo fluente e expressivo, uma das maiores figuras do século XX deixa as suas memórias sobre esse conflito que enlutou o mundo inteiro e deixou um rasto de destruição e horror sem paralelo.
Já noutras oportunidades deixei aqui o meu apreço e admiração pelo excepcional estadista que foi Winston Churchill, o primeiro a perceber a tremenda ameaça que a Alemanha de Hitler representava para a Europa, e o papel decisivo que teve no triunfo dos Aliados nesse conflito.
Ele que soube liderar o Reino Unido( "sangue,suor e lágrimas..." uma das suas frases mais famosas) no tempo difícil em que quase toda o continente europeu estava subjugado ás tropas alemãs e em que os Estados Unidos ainda se mantinham neutrais no conflito.
Curiosamente,as democracias são assim,depois de ganhar a guerra perdeu as eleições!
Mas este livro mostra outro Churchill.
O escritor.
Aliás laureado com o Nobel da Literatura.
E é um testemunho fundamental sobre esse período tão importante da História .
Depois Falamos
sábado, janeiro 07, 2012
Porquê ?
Porque não fico admirado ?
A não ser,talvez, pela dimensão que o fenómeno atinge dentro de um PSD durante muitos anos imune(ou quase) a ligações perigosas entre os seus dirigentes e sociedades que tem no secretismo uma das suas imagens de marca.
Em boa verdade de há muito que se ouvia falar nas ligações e ramais que a maçonaria tinha dentro dos partidos políticos embora fosse quase sempre do PS que se falava.
Talvez porque muitos dos socialistas maçónicos não faziam grande secretismo do uso do "avental".
No PSD não.
Ouvia-se falar deste ou daquele mas não me lembro de ver algum dirigente minimamente representativo assumir a sua vinculação á Maçonaria.
De repente á boleia das Ongoing, das "secretas", e dos muitos negócios vultuosos que se alinhavam(de que a EDP foi apenas um primeiro exemplo) vem a público uma enorme quantidade de dirigentes do PSD (fora os que ainda não apareceram mas vão aparecer...)com ligações maçónicas.
Devo dizer que nada tenho nada contra a maçonaria ou os maçons.
Embora por principio goste pouco de coisas secretas,envoltas em mistério, deixando duvidas e interrogações.
Mas respeito quem gosta e reconheço-lhe o direito de livre associação.
Agora não tenho qualquer duvida que quem anda na vida pública, seja no governos nos partidos no parlamento ou nas autarquias, deve divulgar publicamente a sua ligação a sociedades desse género.
Em nome da transparência.
Para que decisões,convites e opções possam ser justificadas apenas pelo mérito e não por suspeitas de obscuras ligações a outras fidelidades que não sejam a "res" pública.
Porque em boa verdade todos estamos fartos de ver nomeações e escolhas tão difíceis de perceber, dada a ausência de mérito dos escolhidos, que só mesmo a "irmandade" de "loja" pode explicar porque razão alguns ultrapassaram o "Principio de Peter".
Nos governos, nos partidos, nas câmaras municipais.
Não.
Não fiquei admirado com estes revelações dos últimos dias.
Até porque algumas delas apenas confirmaram conjecturas que vim alinhavando desde 2007 pelo menos.
Mas acho que o líder do PSD não merecia estes "esqueletos" que estão a sair das..."lojas".
E espero que aproveite o próximo congresso do partido para afinar a "orquestra".
De preferência pondo-a a tocar a boa musica popular portuguesa.
É que de "Mozart"( e dos seus "músicos") já estamos todos fartos...
Depois Falamos
A não ser,talvez, pela dimensão que o fenómeno atinge dentro de um PSD durante muitos anos imune(ou quase) a ligações perigosas entre os seus dirigentes e sociedades que tem no secretismo uma das suas imagens de marca.
Em boa verdade de há muito que se ouvia falar nas ligações e ramais que a maçonaria tinha dentro dos partidos políticos embora fosse quase sempre do PS que se falava.
Talvez porque muitos dos socialistas maçónicos não faziam grande secretismo do uso do "avental".
No PSD não.
Ouvia-se falar deste ou daquele mas não me lembro de ver algum dirigente minimamente representativo assumir a sua vinculação á Maçonaria.
De repente á boleia das Ongoing, das "secretas", e dos muitos negócios vultuosos que se alinhavam(de que a EDP foi apenas um primeiro exemplo) vem a público uma enorme quantidade de dirigentes do PSD (fora os que ainda não apareceram mas vão aparecer...)com ligações maçónicas.
Devo dizer que nada tenho nada contra a maçonaria ou os maçons.
Embora por principio goste pouco de coisas secretas,envoltas em mistério, deixando duvidas e interrogações.
Mas respeito quem gosta e reconheço-lhe o direito de livre associação.
Agora não tenho qualquer duvida que quem anda na vida pública, seja no governos nos partidos no parlamento ou nas autarquias, deve divulgar publicamente a sua ligação a sociedades desse género.
Em nome da transparência.
Para que decisões,convites e opções possam ser justificadas apenas pelo mérito e não por suspeitas de obscuras ligações a outras fidelidades que não sejam a "res" pública.
Porque em boa verdade todos estamos fartos de ver nomeações e escolhas tão difíceis de perceber, dada a ausência de mérito dos escolhidos, que só mesmo a "irmandade" de "loja" pode explicar porque razão alguns ultrapassaram o "Principio de Peter".
Nos governos, nos partidos, nas câmaras municipais.
Não.
Não fiquei admirado com estes revelações dos últimos dias.
Até porque algumas delas apenas confirmaram conjecturas que vim alinhavando desde 2007 pelo menos.
Mas acho que o líder do PSD não merecia estes "esqueletos" que estão a sair das..."lojas".
E espero que aproveite o próximo congresso do partido para afinar a "orquestra".
De preferência pondo-a a tocar a boa musica popular portuguesa.
É que de "Mozart"( e dos seus "músicos") já estamos todos fartos...
Depois Falamos
SAD(ismo) ?
Em Março de 2010 o Vitória teve eleições para os seus orgãos sociais.
Concorreram duas listas.
A lista A,encabeçada por Manuel Pinto Brasil(á esquerda na foto) e a B liderada por Emilio Macedo da Silva (à direita)que se recandidatava ao lugar que já ocupava.
Os vitorianos dividiram os seus votos entre as duas candidaturas dando o triunfo, e consequente reeleição, à do presidente em funções.
Esta história é conhecida de todos.
Mas convém relembrar que ambas as candidaturas se apresentaram com os seus programas,convergentes nuns pontos e divergentes noutros, mas com uma ideia força absolutamente comum.
A recusa de constituir uma SAD no Vitória.
E os sócios ao votarem numa ou noutra candidatura sabiam que ambas(?) recusavam esse caminho!
Passaram menos de dois anos.
E é agora que se assiste à tentativa de os orgãos sociais em funções tentarem criar a tal SAD, o mais depressa possível ,no que constitui um enorme desrespeito por aquilo a que se comprometeram em campanha eleitoral e maior ainda pelo voto daqueles que os elegeram na boa fé de que não iriam pelo caminho da SAD.
A direcção do Vitória tem todo o direito a ter mudado de opinião como é evidente.
Não tem é o direito, e muito menos a moral, de fazer agora aquilo que tinha dito que jamais faria.
Daí o considerar que, também por isso, os actuais orgãos sociais devem apresentar a sua demissão e pedir a convocação de eleições antecipadas para o clube.
E ai se fará a clarificação.
Porque se entendem, e tem todo o direito de fazê-lo, que o caminho é uma SAD tem a obrigação de irem a votos defender essa opção contra outras opções que certamente aparecerão a defender outros caminhos.
E se estão tão certos que tem razão, e que o que defendem é não só o melhor para o clube mas também aquilo que a maioria dos associados desejam ,então não terão razões para recear o veredicto eleitoral.
Quem não deve não teme.
Agora dar o dito por não dito, tentar meter a SAD num "pacote" mais amplo em futura assembleia geral ou encostarem os sócios à parede com uma ameaça sádica tipo "ou SAD ou o descalabro" é que é totalmente inaceitável.
Porque configura aquilo a que se pode chamar uma "golpada".
E a isso todos os vitorianos serão chamados a opor-se.
Depois Falamos
Concorreram duas listas.
A lista A,encabeçada por Manuel Pinto Brasil(á esquerda na foto) e a B liderada por Emilio Macedo da Silva (à direita)que se recandidatava ao lugar que já ocupava.
Os vitorianos dividiram os seus votos entre as duas candidaturas dando o triunfo, e consequente reeleição, à do presidente em funções.
Esta história é conhecida de todos.
Mas convém relembrar que ambas as candidaturas se apresentaram com os seus programas,convergentes nuns pontos e divergentes noutros, mas com uma ideia força absolutamente comum.
A recusa de constituir uma SAD no Vitória.
E os sócios ao votarem numa ou noutra candidatura sabiam que ambas(?) recusavam esse caminho!
Passaram menos de dois anos.
E é agora que se assiste à tentativa de os orgãos sociais em funções tentarem criar a tal SAD, o mais depressa possível ,no que constitui um enorme desrespeito por aquilo a que se comprometeram em campanha eleitoral e maior ainda pelo voto daqueles que os elegeram na boa fé de que não iriam pelo caminho da SAD.
A direcção do Vitória tem todo o direito a ter mudado de opinião como é evidente.
Não tem é o direito, e muito menos a moral, de fazer agora aquilo que tinha dito que jamais faria.
Daí o considerar que, também por isso, os actuais orgãos sociais devem apresentar a sua demissão e pedir a convocação de eleições antecipadas para o clube.
E ai se fará a clarificação.
Porque se entendem, e tem todo o direito de fazê-lo, que o caminho é uma SAD tem a obrigação de irem a votos defender essa opção contra outras opções que certamente aparecerão a defender outros caminhos.
E se estão tão certos que tem razão, e que o que defendem é não só o melhor para o clube mas também aquilo que a maioria dos associados desejam ,então não terão razões para recear o veredicto eleitoral.
Quem não deve não teme.
Agora dar o dito por não dito, tentar meter a SAD num "pacote" mais amplo em futura assembleia geral ou encostarem os sócios à parede com uma ameaça sádica tipo "ou SAD ou o descalabro" é que é totalmente inaceitável.
Porque configura aquilo a que se pode chamar uma "golpada".
E a isso todos os vitorianos serão chamados a opor-se.
Depois Falamos
sexta-feira, janeiro 06, 2012
Pingo "Foi-se"
Não valerá muito a pena escrever muito mais sobre a deslocalização fiscal do grupo "Jerónimo Martins" para a Holanda tão abundante tem sido a informação, e a opinião, sobre o assunto.
Deixaria apenas três notas sobre o assunto.
A primeira para ir ao cerne da questão.
Que é a pesada tributação fiscal a que portugueses e empresas estão sujeitos e que torna o nosso país tão pouco competitivo para quem nele quer investir e/ou trabalhar.A segunda para considerar perfeitamente ridículo qualquer boicote aos supermercados "Pingo Doce" como represália á referida deslocalização.
Neste mundo globalizado os consumidores devem comprar aonde a relação qualidade/preço lhes seja mais favorável. Independentemente da localização fiscal da sede da empresa.
A terceira para uma palavra de simpatia para José Sócrates.
Que tantas vezes critiquei neste blogue mas a quem agora, e neste contexto especifico, entendo prestar solidariedade.
Há cerca de um ano atrás, numa qualquer conferência, o patrão da "Jerónimo Martins" (Alexandre Soares dos Santos)disse depreciativamente que "...truques era com o governo de Sócrates...".
Era de facto.
Mas não só como agora se comprova!
Depois Falamos
quinta-feira, janeiro 05, 2012
Manifestações Vitorianas
Um grupo de pessoas, cujas identidades desconheço, convocou para o próximo sábado uma manifestação de vitorianos para o complexo desportivo.
Pese embora o desconhecimento das identidades dos promotores creio que não vem mal ao mundo, nem ao Vitória, se esta iniciativa tiver um sucesso em termos de presenças e de atitudes.
Presenças porque se um número substancial de vitorianos estiver presente isso significará de forma evidente que a massa associativa está preocupada com o clube e com o rumo que as coisas estão a seguir.
Pessoalmente prefiro ver os sócios activos, a manifestarem-se, a exprimirem posições do que ver as bancadas cada vez mais desertas do nosso estádio.
Porque com os adeptos de braços caídos e costas voltadas a situação do Vitória ainda fica pior.
Mas a manifestação deve ser também um sucesso em termos de atitudes.
Pede-se a todos os vitorianos que nela participem o máximo de serenidade, de educação , de compreensão por duas realidades evidentes:
É o nome do Vitória que está em causa e tem de ser defendido a todo o custo.
As exaltações, os eventuais desacatos, as formas menos ordeiras de contestação viram-se sempre contra os superiores interesses que queremos defender.
Mas há outra "manifestação" a fazer este fim de semana.
É preciso encher o estádio no domingo.
Para apoiar a equipa,sem duvida, mas também para mostrar a toda a gente que os sócios estão atentos,estão presentes, estão com o Vitória independentemente de quem joga ,treina ou dirige.
E não é preciso insultar ninguém!
Basta demonstrar que "o Vitória é nosso e vai continuar a ser".
Depois Falamos.
Pese embora o desconhecimento das identidades dos promotores creio que não vem mal ao mundo, nem ao Vitória, se esta iniciativa tiver um sucesso em termos de presenças e de atitudes.
Presenças porque se um número substancial de vitorianos estiver presente isso significará de forma evidente que a massa associativa está preocupada com o clube e com o rumo que as coisas estão a seguir.
Pessoalmente prefiro ver os sócios activos, a manifestarem-se, a exprimirem posições do que ver as bancadas cada vez mais desertas do nosso estádio.
Porque com os adeptos de braços caídos e costas voltadas a situação do Vitória ainda fica pior.
Mas a manifestação deve ser também um sucesso em termos de atitudes.
Pede-se a todos os vitorianos que nela participem o máximo de serenidade, de educação , de compreensão por duas realidades evidentes:
É o nome do Vitória que está em causa e tem de ser defendido a todo o custo.
As exaltações, os eventuais desacatos, as formas menos ordeiras de contestação viram-se sempre contra os superiores interesses que queremos defender.
Mas há outra "manifestação" a fazer este fim de semana.
É preciso encher o estádio no domingo.
Para apoiar a equipa,sem duvida, mas também para mostrar a toda a gente que os sócios estão atentos,estão presentes, estão com o Vitória independentemente de quem joga ,treina ou dirige.
E não é preciso insultar ninguém!
Basta demonstrar que "o Vitória é nosso e vai continuar a ser".
Depois Falamos.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)