quarta-feira, janeiro 11, 2023

Dérbi

O dérbi do Minho, o mais antigo do país, é sempre uma equação difícil de resolver porque tem caracteristícas tão próprias e tantos factores de imprevisibilidade que quantas vezes o resultado é aquele que menos se espera e vence o menos favorito.
O de hoje, a contar para a Taça de Portugal, não foge á regra.
Depois de décadas e décadas de superioridade vitoriana nos últimos anos tem sido o Braga a afirmar alguma supremacia pelo que à partida é o favorito para o jogo de hoje que ainda por cima se disputa  num dos seus estádios municipais.
À partida porque à chegada logo se verá.
É um jogo marcado por quatro factores para lá da habitual rivalidade.
O primeiro é o horário.
Um jogo destes disputado em dia de trabalho às 18.45 h é gozar com os braguistas e os vitorianos.
Porque ao contrário do que pensam os que mandam na FPF as pessoas trabalham.
O segundo é a RTP.
Porque o serviço público de televisão, sustentado à força  pelos nossos impostos, deve reger-se por critérios de qualidade e não de audiências e o jogo mais importante destes oitavos de final é este e não o Porto vs Arouca ou o Varzim vs Benfica.
Mas a RTP na habitual subserviência aos chamados "grandes" fez outras opções como é sabido.
O terceiro é Soares Dias.
Nomear este árbitro para este jogo é uma irresponsabilidade da parte do conselho de arbitragem.
Ou uma encomenda.
Depois daquele dia 2 de Abril de 2010, em que rubricou uma das arbitragens mais vergonhosas da História do futebol português num jogo entre os dois clubes, nunca mais devia ter sido nomeado para um jogo do Vitória. Mas foi. E com péssimas exibições nalguns deles sempre em prejuízo da equipa vimaranense.
A sua presença no jogo de hoje merece, portanto, as maiores reservas e desconfianças da parte do Vitória.
O quarto é o jogo do campeonato.
Do actual campeonato e em que o árbitro Nuno Almeida esticou os descontos do tempo de jogo até o Braga marcar o golo que lhe deu o triunfo falseando a verdade desportiva do mesmo.
Em suma são factores que eram bem dispensáveis mas que existem.
Espera-se é que para lá deles se assista a um bom jogo, bem arbitrado (será quase milages mas quem sabe...), com o maior número possível de adeptos na bancada e que no final vença o que mais merecer.
E que essse seja o Vitória.
Depois Falamos.

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