quarta-feira, agosto 24, 2022

Geografia

No futebol português há uma tendência cada vez maior para a "litoralização" e uma fuga que parece incontrolável ao interior.
Olhando para este mapa da distribuição dos clubes que disputam a primeira liga constata-se que com as honrosas excepções de Chaves e Arouca todos os restantes se encontram a curta distância do litoral ou mesmo á beira mar.
Desaparecidos há muito destas andanças clubes como o Académico de Viseu, o Sporting da Covilhã, o União de Tomar, o Campomaiorense, o Lusitano de Évora ou "O Elvas" para citar apenas alguns que já foram por várias vezes primodivisionários resta a macrocefalia dos distritos de Braga (5) Lisboa (4) e Porto (4) onde se concentram treze dos dezoito clubes.
"Escapanm" para lá dos referido Chaves e Arouca os insulares Marítimo e Santa Clara e o algarvio Portimomense que isolado no sul do país permite que a geografia do campeonato se estenda até essas paragens sem as quais ainda seria mais macrocéfalo.
Mas a culpa não é do futebol de certeza absoluta.
É do país.
De um país que privilegia o litoral e esquece o interior sendo a geografia do futebol uma das muitas consequências nefastas disso.
Depois Falamos.

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