Fez-se no Barreiro, essa grande fábrica de jogadores do século passado, mas rapidamente foi contratado pelo Benfica porque o seu talento era daqueles que se via à vista desarmada.
Aos 17 anos, um dos mais jovens de sempre, foi lançado na selecção A por José Maria Pedroto e daí partiu para uma década de sucesso no clube e na selecção que só não foi ainda maior por causa das lesões.
Em 1984, com licença de Platini, foi a estrela mais cintilante do Europeu com um conjunto de exibições que encantaram a Europa.
Foi o ponto mais alto da sua carreira mas ironicamente foi também o princípio do fim.
Transferido para o Bordéus, um clube demasiado pequeno para o seu talento, foi-se apagando também devido à persistência das lesões e acabou por regressar a Portugal e ao Benfica mas já nada era como dantes.
Passou ainda por Belenenses e Estrela da Amadora onde terminou a carreira de futebolista.
Foi um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos e podia ter sido ainda melhor e ter tido uma carreira mais bem sucedida não fossem as lesões e algumas opções erradas.
Pouco importa agora.
Fernando Chalana ficará na memória de quem o viu jogar como um daqueles predestinados que levam as pessoas aos estádios e fazem do futebol o maior e mais popular de todos os desportos.
Morreu ontem dia 10. Tinha de ser num dia 10 o número que tantas e tantas vezes usou na camisola. Não há coincidências.
Depois Falamos.
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