terça-feira, abril 05, 2022

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Já tive oportunidade de referir, em escritos anteriores, que se há um clube em Lisboa pelo qual tenho de facto simpatia é o Sport Futebol Palmense. 
Joga na II divisão distrital, não tem palmarés de relevo mas com 112 anos de vida é um clube histórico e que representa condignamente o bairro de Palma de Baixo ( zona das Laranjeiras) na freguesia de S. Domingos de Benfica. 
Na mesma freguesia onde coexiste com um clube ligeiramente maior, que na denominação social até usa o segundo nome da freguesia e compete num escalão bem acima. 
Pois o Palmense , como é popularmente conhecido, sendo um clube essencialmente de futebol (em tempos também teve o seu percurso no Hóquei em Campo) não está desatento do mundo que o rodeia ao contrário de clubes bem maiores, e com bem maiores responsabilidades pelo número de adeptos que mobilizam e influenciam, e por isso nesta questão tão importante como é o apoio a um Ucrânia invadida pela Rússia e sujeita à barbárie que se vai conhecendo o Palmense não teve hesitação nenhuma em publicamente manifestar a sua posição. 
É um pequeno clube, com poucos adeptos, joga num escalão distrital mas tal como os homens não se medem aos palmos também a grandeza das atitudes não se mede pela dimensão de quem as toma.
Parabéns ao Palmense e que o seu exemplo contagie muitos outros clubes.
Depois Falamos.

P.S. A minha simpatia pelo Palmense é real. Durante um ano e tal morei em frente ao seu campo de jogos (que da minha varanda via na sua quase totalidade o que permitia ir espreitando treinos e um outro jogo das camadas jovens) e cheguei a ir para a bancada ver desafios da sua equipa sénior. E daí nasceu uma simpatia quiçá inexplicável mas que existe. Talvez porque no Palmense encontrei muito do genuíno espírito do que era o futebol antigamente e da forma como este tipo de colectividade representava genuinamente as comunidades, bairros e freguesias em que nascia.

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