Se no país as presidenciais não tiveram história então no distrito de Braga é que não tiveram mesmo tal a esmagadora superioridade de Marcelo Rebelo de Sousa sobre os restantes concorrentes que com ele as disputaram.
Marcelo venceu nos catorze concelhos e nas 347 freguesias do distrito um resultado tão claro quanto invulgar dada a dimensão atingida.
A percentagem "mínima" de Marcelo, se assim se lhe pode chamar, foi obtida em Vizela onde obteve 49,95% dos votos e a máxima-no distrito e no país- foi na "sua" Celorico de Basto onde obteve a espantosa votação de 81,90% !
Reforçada pelo facto de ter tido mais de 70 % em todas as 15 freguesias e em três delas ter passado dos 90% de votos expressos!
Mas em todo o distrito a votação de Marcelo foi esmagadora.
Em oito concelhos venceu com mais de 60% ( Amares, Barcelos, Cabeceiras de Basto, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde) e nos restantes quatro (Guimarães, Braga, Famalicão e Fafe) obteve resultados entre os 52,61 na cidade berço e 57,95 em Fafe com Braga (57,09%) e Famalicão (55,60%) a situarem-se entre ambas.
Tudo junto permitiu a Marcelo recolher 244.205 votos e situar-se numa percentagem de 58,96% quase sete pontos acima da média nacional num distrito em que a abstenção foi mais baixa do que na referida média.
Em Guimarães, que é a minha terra e onde sou autarca e por isso me interessa especialmente, os resultados foram excelentes em qualquer cenário e especialmente face ao que tem sido a tradição das ultimas décadas.
Marcelo venceu com 52,61% mas mais do que isso conseguiu o até então nunca alcançado feito, por qualquer partido ou candidato, de vencer em todas as 48 freguesias do concelho.
Todas sem excepção.
Não sou seguramente dos que mistura eleições e extrapola resultados de umas para outras sem levar linha de conta as muitas especificidades de cada uma.
Mas quando em Outubro a PAF venceu no concelho alcançando 35.980 votos e 39,5% de percentagem foram muitos os que, na área do poder autárquico local, desvalorizaram esse resultado e argumentaram que a excepção não faz a regra.
Tivemos agora a segunda "excepção".
Em que a área política em que se situa a coligação "Juntos por Guimarães" cresceu 5.389 votos e teve mais 13% de percentagem em relação a Outubro de 2015, passando a barreira dos 50%. e obtendo 41.369 votos!
Voltarão a argumentar que a excepção não faz a regra suponho.
Eu prefiro pensar que não há duas sem três...
Quanto aos restantes candidatos tiveram todos votações abaixo da média nacional com as excepções de Vitorino Silva (+0,32%) e Jorge Sequeira (+0,20%) com a não pequena curiosidade de Vitorino ter sido o quinto mais votado no distrito com quase o dobro dos votos do sexto, Edgar Silva da CDU, que só por muito pouco (466 votos) conseguiu ficar à frente de Paulo Morais.
Pequenas, ou talvez não tão pequenas assim,curiosidades das eleições num distrito em que como no resto do país os portugueses escolheram claramente Marcelo Rebelo de Sousa para Presidente da República.
Depois Falamos.
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