Um livro muito mas mesmo muito interessante.
Desde logo porque aborda uma temática relativamente pouco tratada - As guerras de Portugal em África- e sobre a qual ainda há muito para conhecer pese embora os mais de quarenta anos passados sobre o seu término.
Depois porque é escrito por um repórter de guerra que acompanhou as tropas portuguesas nos três cenários de guerras (Angola-Guiné-Moçambique), entrevistou protagonistas, privou com comandantes e soldados, participou de operações militares e viu a guerra por dentro.
Mas teve também a preocupação de falar com os movimentos de guerrilha, conversar com as populações, perceber de forma desapaixonada o que estava em jogo em cada uma das antigas províncias portuguesas.
É uma narrativa intensa mas desapaixonada feita por um observador isento e que procurou reunir o máximo de informação(também documental) para escrever este excelente livro.
Que pese embora as suas mais de 500 páginas se lê num instante porque escrito num estilo que além de interessante é também muito absorvente.
Francamente bom.
Depois Falamos.
2 comentários:
Comprei-o logo após a sua saída mas ficou na lista de espera.
Chegou a sua vez (ainda estou no princípio) e se me permite transcrevo do prefácio o seguinte, do Prof, Marcelo Caetano:
"A África é para nós como potência uma justificação moral e uma raison d`être. Sem ela, seríamos uma pequena nação; com ela somos um grande país".
Do autor do prefácio John:P.Cann:
"Embora não tinha sido derrotado no campo da batalha, Portugal acabou por reconhecer em 1974 a futilidade da luta. A sua descolonização realizou-se a um ritmo rápido e mal ponderado, não tendo levado a paz a qualquer das suas antigas colónias"
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Hoje somos uma pequena nação endividada e com um futuro negro para os vindouros.
Quanto à descolonização ... página negra da n/história que deveria envergonhar os seus autores.
Caro Francisco Ferreira:
Creio que vai gostar muito do livro.
Eu li-o com imenso prazer.
Quanto à descolonização foi uma das maiores vergonhas como Nação quase milenar.
E os povos africanos estão quase todos piores do que antes da saída de Portugal desses territórios.
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