O meu artigo desta semana no zerozero.
O que é ser Vitória?
Esta pergunta exibida pela claque "White Angels" num jogo do Vitória (não sei quando nem isso interessa minimamente) é motivo para uma pequena reflexão nestes tempos que os adversários e inimigos do clube, nomeadamente alguma comunicação social e respectivas "fontes", parece quererem fazer conturbados.
O que é ser Vitória?
É ter perante o clube e toda a sua envolvência que tipo de atitude?
É ter uma atitude positiva, olhar de forma optimista e valorativa aquilo que acontece no clube seja a eleição de uma direcção, a contratação de um treinador, a aquisição de jogadores para as equipas de futebol, os desenvolvimentos competitivos nas modalidades, desejando que tudo corra bem e dando, pelo menos, o benefício da dúvidas a todos quantos chegam seja para que função for.
Sabendo que nem todos terão sucesso e que haverá sempre um tempo de aqui ou ali dar o braço a torcer quanto a este ou aquele excesso de optimismo.
Ou pelo contrário é ver tudo sobre um prisma de negativismo militante, desconfiar do que se decide e contrata, insinuar suspeitas sobre boas intenções e transformá-las em sinistras maquinações, viver ao sabor de permanentes teorias da conspiração, arrasar qualque dirigente, qualquer treinador, qualquer jogador ao mínimo erro , considerar que o ecletismo é uma treta e que as modalidades só servem para gastar dinheiro, criticar a comunicação social a propósito de tudo e de nada mas dar-lhe toda a razão quando ela critica os dirigentes, treinadores e jogadores mal amados.
O que é ser Vitória?
Valorizar os que vestem a nossa camisola, tolerar-lhes os erros porque são humanos, aproveitar os acertos para os elogiar e os erros para fazer pedagogia assumindo que os nossos inimigos estão lá fora e que a nossa união faz a nossa força.
Ou andar permanentemente de lupa em punho em busca do menor erro, da menor falha, da opção errada para fazer um escândalo, atirar a tudo que mexe, arrasar os que com a nossa camisola fazem o melhor que podem e sabem.
O que é ser Vitória?
Escrever em Liberdade com responsabilidade, pensando no que se escreve antes de se escrever e no que se diz antes de se dizer, mantendo a vivacidade associativa que é uma das nossas imagens de marca porque no Vitória náo pode haver tabus mas sabendo os limites.
Ou, ao sabor de gostos e antipatias pessoais, sentarmo-nos atras de um teclado e escrevermos às vezes as maiores barbaridades sobre aqueles com quem embirramos esquecendo que não são entidades abstractas mas sim pessoas com sentimentos e famílias que tomam conhecimento do que se diz nas redes sociais e noutros espaços.
O que é ser Vitória?
É termos orgulho num clube que é diferente porque sedeado numa comunidade diferente em que o clube da Terra é de longe o maior, que tem como símbolo o primeiro e mais importante Rei de Portugal, que tudo que conquistou no futebol e nas modalidades foi por mérito próprio e sem outra ajuda que a dos apoio fervoroso dos seus adeptos, que existe porque ao longo de 99 anos sucessivas gerações de vitorianos fizeram dele uma segunda família e uma das realidades mais importantes das suas vidas.
Ou entendermos que os adeptos são mais importantes que o clube, que este deve orientar-se por estados de alma que vem de fora para dentro, que cada pessoa que serve o clube é desde logo suspeito das maiores tropelias, que o "vale tudo" é forma de estar quando se trata de criticar pessoas e situações que por esta ou aquela razão não agradam, que a permanente contestação é a atitude mais adequada a quem não se importa de põr em causa o clube como um todo em nome de interesses particulares ou de grupo.
O que é ser Vitória?
Cada um deve defini-lo de acordo com a sua consciência e com o que ela lhe dita sobre a melhor forma de servir o clube.
Por mim, e apenas sobre mim próprio tenho legitimidade para definir uma posição, há muito que fiz uma opção.
Primeiro o Vitória, a seguir o Vitória e depois sempre o Vitória.
Respeito por quem serve o clube, defesa de quem veste a sua camisola, convicção que juntos somos mais fortes, exprimindo as minhas opiniões sobre tudo ( e todos) que envolve o clube em absoluta Liberdade pautada por uma responsabilidade de que não abdico nem abdicarei nunca.
Com o Vitória prestes a entrar nas comemorações do seu Centenário é cada vez mais o tempo de cada vitoriano assumir o que que quer do seu clube, como o quer , para onde quer que o Vitória caminhe no seu segundo século de vida e como vai contribuir, enquanto adepto, para o seu sucesso.
Depois Falamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário