Ao iniciar a presente temporada, marcada desde logo por uma pandemia
que já vinha da anterior e tanto prejudicara os calendários futebolísticos (e
fosse apenas isso...), o Vitória sabia muito claramente que toda a sua atenção
teria de se centrar nas competições internas dado que não conseguira o
apuramento para a Liga Europa.
Lutara pelo apuramento durante quase toda a temporada mas os jogos finais foram decisivos para uma classificação num melancólico sétimo lugar a cinco pontos do Rio Ave que ocuparia o último lugar europeu.
E portanto para 2020/2021 “restava” a disputa do campeonato, da taça de Portugal e da taça da liga.
No campeonato com o objectivo de se apurar para as competições europeias, que é sempre o objectivo mínimo a que um clube como o Vitória está obrigado, e nas duas taças o objectivo era ser candidato a vencê-las mas naturalmente longe de ser o favorito em qualquer delas porque existem competidores mais apetrechados a todos os níveis.
No início da época sabiam-se, pois, os desafios que estavam pela frente.
A equipa mudou de treinador porque depois de uma relação que se foi progressivamente desgastando entre Ivo Vieira e a SAD o treinador madeirense acabou por sair, muito por força também de opções próprias, e para o seu lugar deu-se a muito inesperada contratação de Tiago Mendes que nunca tinha treinado um clube e que estava ainda a concluir o seu curso de treinador o que não deixou de admirar os vitorianos habituados que estavam a outro perfil de técnico responsável pela sua primeira equipa.
A par dessa contratação de elevado risco, que infelizmente rapidamente se confirmaria como um erro, a SAD e o director geral levaram a cabo uma profunda reestruturação do plantel que desfez o núcleo base da equipa do ano anterior e priorizou a contratação de jovens eventualmente talentosos oriundos de vários clubes, várias escolas, várias formações.
E foi assim que partiram Davidson, João Carlos Teixeira, Pedro Henrique, Florent, Miguel Silva,Frederico Venâncio, Victor Garcia, Pêpê, Lucas Evangelista, Leo Bonatini, Ola John, Bondarenko que se juntaram a outros que já tinha saído durante a época como Tapsoba, Alexandre Guedes , Rafa Soares, Al Musrati (misteriosamente emprestado ao Rio Ave que viria a classificar-se à nossa frente), André Pereira , ao fim de carreira de Douglas e à saída difícil de entender de João Pedro.
Vinte e um jogadores (!!!) já nem falando de alguns raramente utilizados ou que jamais vestiram a camisola como Ibrahim Touré uma das mais misteriosas contratações de sempre do clube feita ainda na vigência da anterior SAD.
Uma revolução tão profunda e que destruira, repito, o núcleo base da equipa anterior necessitaria de um volume de contratações em quantidade e em qualidade que permitissem manter as aspirações europeias do clube e viabilizassem uma transição sem sobressaltos.
E chegaram muitos jogadores.
Desde os que subiram da equipa B, como Janvier e Zié Ouattara, aos contratados nas mais diversas paragens como Mumin, Bisseck, Mensah, Carls, Trmal, Pepelu, Kim Jung-Min, Foster, Holm, Maddox e os portugueses (por sinal os mais experientes dos contratados) Quaresma, Bruno Varela, Jorge Fernandes, Sílvio e Miguel Luís que se vieram juntar aos “sobreviventes” da época anterior como André André, André Almeida, Marcus Edwards, Bruno Duarte, Sacko, Rochinha, Mikel Agu, Suliman, Abou Ouattara, Poha, Elias, Jhonatan, Mascarenhas e os lesionados de longa duração Joseph e Wakaso que tanta falta tem feito à equipa.
O que significa a coexistência no balneário de dezasseis nacionalidade diferentes com preponderância dos portugueses (9), dos ganeses (4), ingleses, alemães e brasileiros (3 cada), franceses(2), costa marfinenses(2) e depois um de cada de Burkina Faso, Noruega, República Checa, Mali, Colômbia, África do Sul, Espanha, República da Coreia e Nigéria num total de sete países europeus, seis africanos, dois sul americanos e um asiático representados num plantel com uma média de idades a rondar os 23 anos.
A que se juntaram ainda quatro jogadores do quadro do clube (Estupiñan, Jhonatan, Rincon e Whelton) mas que Tiago Mendes não quis no plantel pese embora o facto de pelo menos o primeiro deles nunca o ter visto jogar nem lhe ter dado oportunidade de se mostrar num treino que fosse pese embora a boa época feita na Turquia!
Foi nesse quadro que a equipa iniciou a época com uma derrota caseira face ao B SAD, um empate em Vila do Conde e um triunfo em casa face ao Paços de Ferreira seguido da inesperada deserção do treinador que bateu com a porta sem nunca ter explicado as razões mostrando uma absoluta falta de respeito pelo clube e pelos adeptos.
Veio João Henriques e o Vitória continuou o curioso ciclo de manter a invencibilidade em jogos fora, incluindo Arouca para a Taça de Portugal e Benfica para a Taça da Liga, o que em jogos do campeonato lhe valeu dez dos seus dezasseis pontos enquanto no D.Afonso Henriques se mostrava mais frágil averbando três derrotas para a liga (B SAD, Braga e Sporting) e a eliminação para a Taça de Portugal face ao Santa Clara.
O que significa que com nove jogos disputados o Vitória está na quinta posição, a dois pontos do Braga que é quarto e a três do Porto que é terceiro, o que o coloca dentro dos seus objectivos e a realizar um bom campeonato.
E se é verdade que as exibições nem sempre tem agradado é igualmente verdade que as classificações são em função de pontos e não de exibições.
Em termos de taças é que a semana foi negra e em apenas três dias o Vitória foi eliminado em casa pelo Santa Clara para a Taça de Portugal e depois na Luz pelo Benfica (apenas nos penaltis mas eliminado) para a taça da liga perdendo dois dos três objectivos para a presente época.
Resta o campeonato.
Onde competindo por lugares europeus com as equipas que o precedem, e todas elas ainda em várias frentes com o consequente desgaste, o Vitória concentrado apenas numa prova tem a obrigação de ser eficaz, estável e competitivo face a uma presença europeia que é indispensável à sua estabilidade desportiva, financeira e associativa.
Do jogo da Luz vieram boas indicações, quer da solidez como equipa quer da confirmação de que no plantel pese embora as lacunas ainda há valores para explorar que dão dimensão e qualidade à equipa (por exemplo Estupiñan, marginalizado por Tiago Mendes por razões obscuras, confirmou ser um ponta de lança de bons recursos que dará à equipa a capacidade goleadora que lhe tem faltado) pelo que há boas razões para acreditar que com um ou outro retoque no mercado de Janeiro( se tal for financeiramente possível) poderemos ter um Vitória “à Vitória” no que resta da época.
E quer o clube quer o futebol português bem precisam desse Vitória!
Lutara pelo apuramento durante quase toda a temporada mas os jogos finais foram decisivos para uma classificação num melancólico sétimo lugar a cinco pontos do Rio Ave que ocuparia o último lugar europeu.
E portanto para 2020/2021 “restava” a disputa do campeonato, da taça de Portugal e da taça da liga.
No campeonato com o objectivo de se apurar para as competições europeias, que é sempre o objectivo mínimo a que um clube como o Vitória está obrigado, e nas duas taças o objectivo era ser candidato a vencê-las mas naturalmente longe de ser o favorito em qualquer delas porque existem competidores mais apetrechados a todos os níveis.
No início da época sabiam-se, pois, os desafios que estavam pela frente.
A equipa mudou de treinador porque depois de uma relação que se foi progressivamente desgastando entre Ivo Vieira e a SAD o treinador madeirense acabou por sair, muito por força também de opções próprias, e para o seu lugar deu-se a muito inesperada contratação de Tiago Mendes que nunca tinha treinado um clube e que estava ainda a concluir o seu curso de treinador o que não deixou de admirar os vitorianos habituados que estavam a outro perfil de técnico responsável pela sua primeira equipa.
A par dessa contratação de elevado risco, que infelizmente rapidamente se confirmaria como um erro, a SAD e o director geral levaram a cabo uma profunda reestruturação do plantel que desfez o núcleo base da equipa do ano anterior e priorizou a contratação de jovens eventualmente talentosos oriundos de vários clubes, várias escolas, várias formações.
E foi assim que partiram Davidson, João Carlos Teixeira, Pedro Henrique, Florent, Miguel Silva,Frederico Venâncio, Victor Garcia, Pêpê, Lucas Evangelista, Leo Bonatini, Ola John, Bondarenko que se juntaram a outros que já tinha saído durante a época como Tapsoba, Alexandre Guedes , Rafa Soares, Al Musrati (misteriosamente emprestado ao Rio Ave que viria a classificar-se à nossa frente), André Pereira , ao fim de carreira de Douglas e à saída difícil de entender de João Pedro.
Vinte e um jogadores (!!!) já nem falando de alguns raramente utilizados ou que jamais vestiram a camisola como Ibrahim Touré uma das mais misteriosas contratações de sempre do clube feita ainda na vigência da anterior SAD.
Uma revolução tão profunda e que destruira, repito, o núcleo base da equipa anterior necessitaria de um volume de contratações em quantidade e em qualidade que permitissem manter as aspirações europeias do clube e viabilizassem uma transição sem sobressaltos.
E chegaram muitos jogadores.
Desde os que subiram da equipa B, como Janvier e Zié Ouattara, aos contratados nas mais diversas paragens como Mumin, Bisseck, Mensah, Carls, Trmal, Pepelu, Kim Jung-Min, Foster, Holm, Maddox e os portugueses (por sinal os mais experientes dos contratados) Quaresma, Bruno Varela, Jorge Fernandes, Sílvio e Miguel Luís que se vieram juntar aos “sobreviventes” da época anterior como André André, André Almeida, Marcus Edwards, Bruno Duarte, Sacko, Rochinha, Mikel Agu, Suliman, Abou Ouattara, Poha, Elias, Jhonatan, Mascarenhas e os lesionados de longa duração Joseph e Wakaso que tanta falta tem feito à equipa.
O que significa a coexistência no balneário de dezasseis nacionalidade diferentes com preponderância dos portugueses (9), dos ganeses (4), ingleses, alemães e brasileiros (3 cada), franceses(2), costa marfinenses(2) e depois um de cada de Burkina Faso, Noruega, República Checa, Mali, Colômbia, África do Sul, Espanha, República da Coreia e Nigéria num total de sete países europeus, seis africanos, dois sul americanos e um asiático representados num plantel com uma média de idades a rondar os 23 anos.
A que se juntaram ainda quatro jogadores do quadro do clube (Estupiñan, Jhonatan, Rincon e Whelton) mas que Tiago Mendes não quis no plantel pese embora o facto de pelo menos o primeiro deles nunca o ter visto jogar nem lhe ter dado oportunidade de se mostrar num treino que fosse pese embora a boa época feita na Turquia!
Foi nesse quadro que a equipa iniciou a época com uma derrota caseira face ao B SAD, um empate em Vila do Conde e um triunfo em casa face ao Paços de Ferreira seguido da inesperada deserção do treinador que bateu com a porta sem nunca ter explicado as razões mostrando uma absoluta falta de respeito pelo clube e pelos adeptos.
Veio João Henriques e o Vitória continuou o curioso ciclo de manter a invencibilidade em jogos fora, incluindo Arouca para a Taça de Portugal e Benfica para a Taça da Liga, o que em jogos do campeonato lhe valeu dez dos seus dezasseis pontos enquanto no D.Afonso Henriques se mostrava mais frágil averbando três derrotas para a liga (B SAD, Braga e Sporting) e a eliminação para a Taça de Portugal face ao Santa Clara.
O que significa que com nove jogos disputados o Vitória está na quinta posição, a dois pontos do Braga que é quarto e a três do Porto que é terceiro, o que o coloca dentro dos seus objectivos e a realizar um bom campeonato.
E se é verdade que as exibições nem sempre tem agradado é igualmente verdade que as classificações são em função de pontos e não de exibições.
Em termos de taças é que a semana foi negra e em apenas três dias o Vitória foi eliminado em casa pelo Santa Clara para a Taça de Portugal e depois na Luz pelo Benfica (apenas nos penaltis mas eliminado) para a taça da liga perdendo dois dos três objectivos para a presente época.
Resta o campeonato.
Onde competindo por lugares europeus com as equipas que o precedem, e todas elas ainda em várias frentes com o consequente desgaste, o Vitória concentrado apenas numa prova tem a obrigação de ser eficaz, estável e competitivo face a uma presença europeia que é indispensável à sua estabilidade desportiva, financeira e associativa.
Do jogo da Luz vieram boas indicações, quer da solidez como equipa quer da confirmação de que no plantel pese embora as lacunas ainda há valores para explorar que dão dimensão e qualidade à equipa (por exemplo Estupiñan, marginalizado por Tiago Mendes por razões obscuras, confirmou ser um ponta de lança de bons recursos que dará à equipa a capacidade goleadora que lhe tem faltado) pelo que há boas razões para acreditar que com um ou outro retoque no mercado de Janeiro( se tal for financeiramente possível) poderemos ter um Vitória “à Vitória” no que resta da época.
E quer o clube quer o futebol português bem precisam desse Vitória!
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