Quando se coemçou a falar da sua vinda para o Vitória foram muitos os que não acreditaram, alguns os que se riram da hipótese e em boa verdade terá sido uma pequena minoria a acreditar que Ricardo Quaresma vestiria a camisola branca e os calções pretos do Vitória.
Pese embora os seus trinta e seis anos (à data da assinatura do contrato) tratava-se de um jogador com um curriculo espectacular no qual constavam , a par de outros troféus menos relevantes, quatro títulos de campeao em Potugal, dois em Itália, dois na Turquia, taças dessses países, uma taça de Inglaterra, uma Liga dos Campeões, uma taça intercontinental e um Europeu com a selecção portuguesa pela qual já jogou oitenta vezes.
Nunca no Vitória tinha jogado alguém com curriculo sequer comparável.
A verdade é que veio!
E desde o primeiro momento, na sua famosa apresentação entrando a cavalo no paço dos Duques de Bragança, se percebeu que o seu compromisso com o Vitória era total e que vinha para vencer.
Claro que ainda apareceram alguns adeptos do Vitória a desconfiarem da "fartura" ,receando que viesse para uma reforma dourada sem grande empenho nos jogos, enquanto adeptos de outros clubes para onde foi falada a sua ida vinham com o despeito destas ocasiões dizer que pouco ou nada iria jogar e que vinha por pouco tempo e apenas para ganhar dinheiro.
Enganaram-se!
Porque Quaresma tem jogado sempre, muitas vezes bem e algumas muito bem, não regateia esforços quando está no relvado nem apoio quando no banco incita e apoia os colegas e vê-se nele a atitude de um "menino" que está a começar a carreira e tem uma sede insaciável de vencer.
E depois é aquela classe que nos encanta.
Os cruzamentos que são meio golo, as trivelas que são sua marca registada, os dribles a partir rins aos defesas, as assistências de enorme qualidade, os pequenos pormenores que revelam uma técnica fora de série, toda uma classe que o mundo do futebol já conhecia e continua intacta para satisfação dos vitorianos, de João Henriques e do presidente que apostou na sua contratação.
Ontem nos Açores foi eleito o home do jogo.
Porque marcou o seu primeiro golo pelo Vitória num lance em que está lá o grande Quaresma de sempre, fez duas assistências para golos de André André e Estupinân, e teve um conjunto de jogadas que mereciam muito mais que público televisivo.
E essa é mesmo a única tristeza associada à vinda de Ricardo Quaresma para Guimarães e para o Vitória.
O não ter sido ainda possível jogar num D.Afonso Henriques repleto de vitorianos que certamente lhe prestariam o justo tributo pelo seu grande futebol e pelo excelente percurso desportivo e mediático que está a fazer no clube.
É doloroso ter um jogador assim no clube e só podermos vê-lo na televisão.
Pode ser que 2021 traga boas notícias nessa matéria.
Depois Falamos.
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