Amanhã é o dia mundial da rádio.
Faz por estes dias, mais semana menos semana, trinta anos que me estreei na slides radiofónicas na extinta, mas cada vez mais saudosa, Rádio Guimarães.
Era o tempo, também ele cada vez mais saudoso, das "rádios piratas" e a Rádio Guimarães não fugia à regra e era também ela "pirata".
Funcionava numas arrecadações da associação de condóminos da Urbanização de Nossa Senhora da Conceição, os colaboradores andavam quase todos numa faixa etária entre os quinze os trinta anos, improvisávamos os meios tanto quanto podíamos, fazíamos rádio com uma paixão e um entusiasmo inigualáveis e , acima de tudo, divertíamos-nos imenso.
Transformávamos dificuldades em oportunidades, íamos a "todas" com uma garra sem fim sabendo que competíamos com outras rádios muito melhor equipadas e com meios incomparáveis, fazíamos o nosso "trabalho" (que para todos era um hobby) com um orgulho imenso por nos sentirmos a participar num tempo novo em termos de comunicação social.
Recordarei sempre esses tempos com muito carinho e com muita saudade.
Como, por exemplo, o dia do primeiro relato de um jogo do Vitória (de quem havia de ser ?) quando eu (relatador), o Francisco Tadeu (comentador) e o Dino Freitas (técnico) nos "apresentamos" no estádio municipal e dissemos ao que íamos perante o olhar curioso e divertido, até, dos responsáveis vitorianos e dos restantes jornalistas presentes.
Foi num particular da pré temporada 1986/1987 (a "tal") e o adversário era o Atlético de Bilbau que saiu vencedor por 4-1 lembro-me bem.
Bons tempos e bons amigos.
Os já citados Dino Freitas e Francisco Tadeu, mas também o Miguel Laranjeiro, o Bento Rocha, o Esser Jorge, o José Luís Ribeiro, o Carlos Cepa, o José Ferreira, o Miguel Sousa, o António Ribeiro (presidente da cooperativa detentora da rádio e um enorme entusiasta do projecto) e tantos outros que deram corpo à Rádio Guimarães.
Passaram trinta anos.
Mas parece que foi ontem.
Depois Falamos.
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