A Abstenção

Devo dizer que dou pouca, ou nenhuma importância, a quem se abstém.

Naturalmente preferiria que toda a gente, em todas as eleições, exercesse o seu direito de voto e participasse em escolhas que dizem respeito a todos.

Mas prefiro valorizar aqueles que votam.

Quer os que votam em partidos e candidatos quer aqueles que saem de casa para irem votar branco ou nulo e assim assumem, responsavelmente, a discordância com todos os que constam dos boletins de voto.

Mas assumem...votando.

Os que não votam para mim não contam.

É pena que não percebam que votar é um direito,mas também um dever, e que houve gente que morreu lutando para que esse direito hoje exista sem supor sequer que existiriam pessoas que por preguiça, ignorância, falta de responsabilidade cívica ou outra qualquer razão(?) não exerce esse direito.

Tem, apesar de tudo, o direito de se absterem.

Pelo menos em países,como o nosso ,em que o voto não é obrigatório.

O de não quererem saber quem vai governá-los, quem vai ser o seu Presidente da República, quem vai fazer leis e aprovar orçamentos, quem vai dirigir a sua câmara municipal ou a sua junta de freguesia.

Não tem é o direito de reclamarem.

De discordarem de uma decisão do Presidente, de uma medida do governo, de uma lei aprovada no parlamento, de uma postura municipal.

Porque votar dá algum trabalho, é verdade, enquanto para dizerem mal basta-lhes abrir a boca!

Mas a partir do momento em que se abstém de participar nas escolhas perdem qualquer credibilidade ao criticarem as opções dos escolhidos.

Depois Falamos.

P.S. Repito: Gostava de ver toda a gente a votar ou, pelo menos, taxas de abstenção bem mais pequenas.

Mas não me preocupo com isso.

Era só o que me faltava ter de me preocupar com aqueles que não se preocupam!