Moreno

Moreno é dos "meus".
Dos "nossos".
Daqueles que veste a camisola do Vitória como uma segunda "pele" tão entranhados tem os valores do nosso clube.
Conheço-o desde a formação e sempre achei, mesmo quando andou emprestado por outros clubes, que um dia triunfaria no Vitória tão talhado estava para o clube e tão carente o clube de jogadores e homens como ele.
Assim foi.
E fez um belo percurso ao serviço do Vitória durante sete épocas consecutivas afirmando-se sempre como uma referência do plantel e um sub capitão ( e capitão quando necessário) á altura não só das necessidades mas também dos grandes capitães que tivemos ao longo da nossa História.
Esteve no "inferno" da descida, na luta terrível pelo regresso à 1ª liga e no ano épico de conquista do terceiro lugar sob o comando de Manuel Cajuda.
Tempos em que ele e Flávio Meireles formavam uma dupla imbatível no vitorianismo, na garra com que jogavam, no orgulho em vestirem a nossa camisola.
Dois vitorianos exemplares.
Depois saiu.
Foi experimentar o futebol inglês mas não se deu particularmente bem e depressa regressou a Portugal. Não para o Vitória, como tudo indicava e ele desejava, mas para o Nacional da Madeira que lhe abriu portas que outros não quiseram abrir.
Mas estava escrito que o regresso ao Vitória era o seu destino.
Podia ter acontecido no inicio da época passada ou em Janeiro de 2013 mas não foi possível e como mais vale tarde que nunca voltou ao "seu" clube no inicio desta época.
E ainda bem.
Aos 32 anos Moreno ainda tem muito para dar ao futebol e ao Vitória.
E nós adeptos podemos continuar a apreciar o seu futebol corajoso e de excelente qualidade.
Disputando cada lance como se a vida disso dependesse (então contra o Sporting CB, tal como Flávio, é a dobrar...), arriscando em passes de longa distância como poucos arriscam, defendendo e atacando independentemente de jogar a central ou a trinco, assumindo-se como uma referência dentro do terreno e no balneário.
Um jogador, um Homem e um vitoriano de referência.
Que o Vitória deve conservar para o futuro.
Depois Falamos

P.S. Flávio Meireles e Moreno são duas referências de vitorianismo a que, curiosa e lamentavelmente, a mais bela tarde vitoriana passou um pouco ao lado.
Flávio já não jogava para levantar um troféu que merecia levantar mais que ninguém da sua geração.
Moreno ainda não tinha regressado.
Valeu que Alex é da mesma "raça".