quinta-feira, março 07, 2013

Melancias de S.Bento

Já escrevi sobre este tema, mas como a indignação continua e a incompreensão também volto ao assunto.
O Parlamento português tem 230 deputados.
Um número que me parece adequado (a "banha da cobra" da redução do número de deputados não tem neste blogue nenhum acolhimento) à realidade do país e ao número de habitantes/eleitores nele existentes.
Tenho natural respeito, embora não admiração pela esmagadora maioria, por 228 desses deputados.
Eleitos pelo PSD, PS, CDS, PCP e BE e representando legitimamente os eleitores que lhes confiaram os respectivos votos.
Tenho também o maior desprezo, asco até, por essa vergonhosa fraude politica chamada "Os Verdes" que não representa nada nem ninguém, nunca foram a votos em lado nenhum e são tratados com uma legitimidade que não merecem e ocupam lugares a que não tem moralmente direito.
"Os Verdes", que são vermelhos e daí a semelhança com as melancias, são um artificio usado pelo PCP (esgotados que estavam as argolinhas da APU e os favos de mel da FEPU desde que a lei obrigou a colocar os verdadeiros símbolos dos partidos nos boletins de voto) para ter mais tempo regimental nos debates e poder assim duplicar a forma de fazer oposição parlamentar.
E, desconfio, para quando deputados com a qualidade de António Filipe ,Honório Novo ou Bernardino Soares (e por maioria de razão o líder Jerónimo de Sousa)não querem entrar em determinadas "peixeiradas" que lhes ficava mal recorrem á "peixeira" (no mau sentido do termo) Heloisia Apolónia ou á outra "melancia " de que não recordo o nome que para a ordinarice estão sempre disponíveis e motivados.
"Os Verdes" são a vergonha deste parlamento.
E sempre me admirei como António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, José Sócrates e Passos Coelho perderam( e perde) tempo em responder ás suas perguntas e constantes provocações em vez de remeterem as "melancias" ao desprezo que a fraude que elas constituem merece.
Seguramente por qualquer um deles ter mais respeito pela instituição Parlamento do que essa aberração verde de nome e vermelha de ideologia.
Depois Falamos

4 comentários:

Anónimo disse...

Nunca tinha pensado nisso....
Concordo plenamente...

Anónimo disse...

Caro Sr. Luis Cirilo

Sempre fui um apreciador dos seus post referentes a todo o tipo de assuntos que invariavelmente aqui nos presenteia. Em todos eles com uma visão extraordinariamente lúcida e bem fundamentados, tal como este em que estou totalmente de acordo, mas apenas e só no que se refere às melancias. Quanto ao primeiro tema em que se refere ao número de deputados, estou totalmente em desacordo com o senhor. A representação parlamentar no nosso país é exagerada, e em países muito mais populosos que o nosso, com muito menos deputados, têm um nível de desenvolvimento que nos deixa a anos luz de distância. Exemplo concreto, temos a Austrália com uma população de 22.000.000 de habitantes, 2x mais que Portugal, com 7.650.000 m2 de território, 83x mais que Portugal, tem apenas (150) cento e cinquenta deputados. Haveria mais exemplos para lhe dar, o que prova à saciedade a triste realidade, de sermos um país pobre mas com despesismo de ricos. Dir-me-à que a poupança nas finanças do estado não seriam muito significativas, e até aceito mas, os exauridos cofres das finanças seriam aliviados também no futuro porque como sabe, os deputados no fim da carreira continuam a usufruir de boas reformas. Isto já não falando, no facto de a maior parte dos deputados se levantaram apenas para votações,e serem desconhecidos dos próprios eleitores que os elegeram.
Eu sei que o Sr. tem outros argumentos para esgrimir, conhece o meio mas tem que aceitar que como eu, também há políticos inclusivé do próprio PSD que partilham da minha opinião.
O método de Hondt não pode ser alibi para o número exagerado de gente no hemiciclo.
Inventem outros métodos de representação,porque para isso há bons matemáticos em Portugal!!!
Cps

S. Guimarães

Anónimo disse...

Caro Sr. Luis Cirilo

Sempre fui um apreciador dos seus post referentes a todo o tipo de assuntos que invariavelmente aqui nos presenteia. Em todos eles com uma visão extraordinariamente lúcida e bem fundamentados, tal como este em que estou totalmente de acordo, mas apenas e só no que se refere às melancias. Quanto ao primeiro tema em que se refere ao número de deputados, estou totalmente em desacordo com o senhor. A representação parlamentar no nosso país é exagerada, e em países muito mais populosos que o nosso, com muito menos deputados, têm um nível de desenvolvimento que nos deixa a anos luz de distância. Exemplo concreto, temos a Austrália com uma população de 22.000.000 de habitantes, 2x mais que Portugal, com 7.650.000 m2 de território, 83x mais que Portugal, tem apenas (150) cento e cinquenta deputados. Haveria mais exemplos para lhe dar, o que prova à saciedade a triste realidade, de sermos um país pobre mas com despesismo de ricos. Dir-me-à que a poupança nas finanças do estado não seriam muito significativas, e até aceito mas, os exauridos cofres das finanças seriam aliviados também no futuro porque como sabe, os deputados no fim da carreira continuam a usufruir de boas reformas. Isto já não falando, no facto de a maior parte dos deputados se levantaram apenas para votações,e serem desconhecidos dos próprios eleitores que os elegeram.
Eu sei que o Sr. tem outros argumentos para esgrimir, conhece o meio mas tem que aceitar que como eu, também há políticos inclusivé do próprio PSD que partilham da minha opinião.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo.
Obrigado.
Caro S.Guimarães:
Também existem,como sabe, países em que o rácio de deputados é mais elevado que o nosso. Eu reitero que os 230 me parecem bem. Gostaria era de ver uma "pequena" alteração na sua forma de eleição: circulos uninominais. Para o mérito e o trabalho estarem na proporção directa da sua eleição ou reeleição.