terça-feira, abril 11, 2006
O Nosso Caminho.
Existe um velho provérbio,cuja origem francamente desconheço,que diz "... se o caminho é longo,é melhor irmos andando..." .
E este é um caminho que não pode ser feito sozinho.
O passado já demonstrou que mesmo com convergência de vontades várias nem sempre é possivel atingir o objectivo.
Importa,se tal fôr possivel,apreender com os erros e fazer melhor.
Isto na perspectiva de considerarmos que esse percurso ainda é passivel de ser feito.
Penso que apesar de todas as dificuldades e obstaculos criados,ainda há caminho.
Falo da regionalização.
Passados sete anos sobre o referendo que ditou o não á criação das regiões administrativas,são hoje cada vez mais os que pensam que vai sendo tempo de devolver a palavra ao povo nessa matéria.
Incluo-me no lote dos que assim pensam.
É verdade,mudei de opinião.
Em 1998 fiz campanha e votei pelo não.
Em boa parte por causa da trapalhada em que o PS mergulhou a questão com aqueles mapas pré fabricados ao sabor dos interesses de alguns pseudo barões regionais.
Hoje,se a questão vier a ser posta,farei campanha e votarei sim ás regiões administrativas desde que o processo pressuponha um verdadeiro e esclarecedor debate politico .
Qual a razão porque mudei de opinião de 1998 para 2006 ?
É muito simples: nesse espaço de tempo ocupei cargos vários,de deputado na assembleia da republica a governador civil do distrito de Braga,e tive oportunidade de ver por dentro a forma de funcionar da máquina do Estado.
Que é de um centralismo tão imobilista e retrógrado que atrasa verdadeiramente o desenvolvimento do País de forma equilibrada e harmoniosa.
Só descentralizando os verdadeiros centros de decisão,transferindo competências e meios,impedindo que Lisboa tenha a palavra decisiva em tudo que é importante,se poderá trazer ao País um verdadeiro equilibrio entre as partes.
Que fique claro que isto nada tem contra Lisboa ou os lisboetas;tem é tudo contra uma classe politica,no PSD e no PS,acantonada na capital e que não quer abrir mão de nenhum quinhão do poder que lhe permite uma vida desafogada e sem preocupações.
E em muitos casos permite a alguns figurões passarem vinte ou trinta anos sem profissão,sem experiencia laboral,apenas porque o dominio das maquinas partidárias lhes permite serem deputados,gestores públicos ou membros do governo a vida toda .
A regionalização,que faz parte do seu programa e que já Francisco Sá Carneiro defendia convictamente,devia ser uma bandeira fundamental do PSD !
Mas parece que andam mais preocupados em saber se os militantes põe o código multibanco no verso dos vales postais com que pagam as quotas...
Resultados desta prioridade ?
Depois falamos...
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