quinta-feira, março 07, 2024

Domingo

Domingo não vou votar.
E explico porquê.
Segui a campanha eleitoral com atenção, vi quase todos os debates entre os líderes partidários, assisti a inúmeros telejornais com notícias, reportagens e apontamentos diversos das diferentes campanhas.
Li na comunicação social e nos panfletos de campanha as principais ideias e propostas dos partidos.
Formei uma ideia que hoje é consistente e já não muda.
Luís Montenegro está preparado para ser primeiro ministro porque domina as principais áreas da governação e Pedro Nuno Santos não está nem nunca estará porque lhe sobra em arrogância e demagogia o que lhe falta em preparação, competência e consistência.
A AD fez uma campanha sólida e esclarecedora, reforçada com a presença de todos os ex lideres do PSD (excepto Marcelo por razões óbvias e Fernando Nogueira há quase 30 anos retirado da vida política) enquanto o PS fez uma campanha assente no medo, no sectarismo, nos ataques constantes à AD e num vazio de ideias em linha com um líder só que não mereceu o apoio público de qualquer ex líder do PS excepto António Costa cuja presença serviu apenas para lembrar aos mais distraídos que pouco meses atrás o tinha corrido do governo por incompetência e irresponsabilidade. 
Acompanhei as restantes campanhas daquele que não jogam para o "titulo", que é governar, mas apenas para a "Europa", que é fazer parte d euma solução de governo, ou para não descerem de "divisão" que corresponde a não perderem representação no parlamento.
Apreciei a boa surpresa que foi a campanha de Rui Rocha , percebi que a marcha das sondagens nos últimos dias empurrou André Ventura para um radicalismo que apenas fideliza os que já são fieis mas afasta indecisos, confirmei que Mariana Mortágua é o maior flop político desta campanha, Paulo Raimundo dificilmente deixará de ser o responsável maior da comissão liquidatária da CDU, Rui Tavares vive na ânsia de o PS lhe passar um atestado de bom comportamento e Inês Corte Real lembra aquela velha fábula da rã que queria ser boi e se não for eleita não fará nenhuma falta ao Parlamento.
Face a tudo isto, e devidamente ponderadas as coisas com a antecedência necessária, decidi não ir votar no próximo domingo.
Porquê?
Ora pela simples razão de que já votei no passado domingo, ao abrigo da possibilidade do voto antecipado, considerando que se o voto "É Para Mudar" quanto mais cedo melhor.
Votei AD.
E espero que no domingo milhões de portugueses façam o mesmo.
Depois Falamos.

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