O Nosso 14

Em relação ao jogo com o Chaves Pedro Martins optou por fazer alinhar o mesmo onze o que significou a primeira titularidade de Miguel Silva no campeonato, a manutenção de Marega como ponta de lança e o renovar da aposta em Sturgeon para alinhar no flanco esquerdo do ataque.

De resto particular saliência para o nosso sector defensivo onde alinhou um guarda redes de 21 anos, um lateral direito de 23, dois centrais de 24 e um lateral esquerdo de 21.

Um sector jovem mas já muito bem entrosado (os centrais foram titulares em todos os jogos da Liga o que será caso único entre os 18 clubes)e que tem revelado segurança a defender e acutilância ofensivo quer pelos laterais com grande propensão para subirem no terreno quer pelos centrais nos lances de bola parada.

Como uma equipa se constrói de trás para a frente seria caso para dizer que o Vitória do futuro já tem os seus alicerces defensivos e haveria agora que tratar de meio campo e ataque em bases idênticas para construir a grande equipa com que os adeptos sonham.

Mas como no Vitória o futuro são seis meses mais vale não dar nada por adquirido.

Individualmente:

Miguel Silva:Tudo que teve para fazer fez bem feito. Grande segurança, arrojo e precisão a sair aos cruzamentos, aos 21 anos um guarda redes completo e que ainda tem uma enorme margem de progressão. A caminho do futebol português ser pequeno para ele. Oxalá dê, e o deixem dar, os passos certos sem queimar etapas.

Bruno Gaspar: Mais um belo jogo. A defender cumpriu com segurança e a atacar foi mais uma dor de cabeça para o "pobre" do Esgaio. A assistência para o golo foi dele. 

Josué: Muito bem a comandar a defesa contribuiu para o "apagão" quase total do ataque adversário. No lance do golo vitoriano grande parte do mérito é seu pela forma como levou a bola quase até à área leonina desequilibrando as marcações defensivas do Sporting.

Pedro Henrique: Anulou Bas Dost numa exibição de muito bom nível. No golo sportinguista o mérito do holandês foi factor decisivo na forma como encontrou espaço para assistir Ruiz. Nada que tire mérito à exibição do central vitoriano.

Konan: Evolui de jogo para jogo. E a evolução a defender, que era a sua maior fragilidade,tem sido notável e demonstra que o trabalho de casa está a ser bem feito. Mas uma vez mais foi a atacar que mostrou uma qualidade acima da média. Aos 21 anos pode estar no inicio de uma bela carreira.

Zungu: Tacticamente esteve bem contribuindo para bloquear o meio campo adversário. Ofensivamente não se viu provavelmente por instruções nesse sentido.

Celis: O seu melhor jogo pelo Vitória. Mais rápido, dinâmico, muito bem a jogar em antecipação fez uma bela exibição percorrendo o meio campo de lado a lado e fazendo pressão alta sobre os médios leoninos.

Hurtado: Um jogo bem conseguido fazendo uma ligação eficiente entre meio campo e ataque.

Hernani: Uma tremenda dor de cabeça para a defesa adversária. Em grande forma as jogadas e os dribles saem-lhe bem o que conjugado com a sua velocidade o torna num jogador muito difícil de parar. Foram dele alguns dos lances de maior perigo incluindo duas jogadas em que o árbitro preferiu não ver o óbvio.

Marega: Não é ponta de lança mas fez um jogo de grande empenho nessa posição coroado com um golo e mais dois remates perigosos. Espera-se que o golo que tanto procurava há meses o motive para um final de época goleador.

Sturgeon: Não justificou a titularidade. Foi a unidade de menor rendimento da equipa e a substituição pecou por tardia. Há dias assim.

Foram suplentes utilizados:

Raphinha: Deu outro vivacidade ao flanco esquerdo e mais preocupações à defesa adversária. Tem é ter ter mais cuidado com o temperamento porque viu um amarelo completamente disparatado. Mas parece de regresso à boa forma.

Rafael Miranda: Finalmente de regresso não teve grande oportunidade de se salientar. Mas notou-se que com ele em campo a bola rolava com outra suavidade.

Rafael Martins: Entrou com o Vitória em desvantagem para ajudar à procura do golo. Não teve nenhuma oportunidade de visar a baliza nem da sua entrada resultou particular melhoria para a equipa. Precisa de mais tempo para atingir a boa forma.

Não foram utilizados:

Douglas, Prince, João Aurélio e Tozé.

Melhor em campo: Celis

Depois de um teste sempre difícil em Alvalade a equipa vitoriana regressa a casa para nela efectuar dois jogos consecutivos, face a Estoril e Rio Ave, o que em teoria poderá servir para consolidar a candidatura a um quarto lugar que está perfeitamente ao seu alcance.

Mas como o Vitória tem alguma tendência para ser o "pai dos pobres"convém que estes dois jogos sejam encarados no máximo de concentração e empenho para que não venhamos a sofrer contratempos como aconteceu com o Chaves, o Belenenses ou o Marítimo.

Depois Falamos