Foi anunciado por estes dias um novo movimento de reflexão dentro do PSD.
Coordenado por um conjunto de quadros (acima na imagem) entre os 31 e os 42 anos, com experiências profissionais e políticas bem diversas, integrará já cerca de cinco dezenas de militantes do partido que querem dar resposta aquilo que consideram uma lacuna do PSD nos tempos correntes e que é a falta de debate interno.
Debate de ideias, debate de projectos, análise social e produção teórica visando reforçar a social democracia como a ideologia única do PSD.
Conheço alguns, outros não, mas independentemente disso creio que surgem em boa hora.
Nos últimos anos, especialmente nos que decorreram entre 2011-2015, o partido esteve assoberbado com tarefas de governação num cenário dificílimo herdado (como sempre) da anterior governação socialista e a questão das ideias e da ideologia ficou para trás.
Teve de ser o pragmatismo a reinar.
Mas agora é tempo de o partido, sem descurar as tarefas de ser oposição/alternativa, reflectir sobre si próprio, sobre as suas ideias , o seu programa, o seu posicionamento estratégico na sociedade portuguesa.
E paras isso todos os contributos são bem vindos.
Especialmente os de quem tem ideias e quer discuti-las.
Num partido democrático e pluralista, como o PSD sempre foi e vai continuar a ser, o aparecimento deste tipo de movimento que não tem na sua génese nenhum projecto centrado na conquista do poder interno deve ser acarinhado e estimulado porque dá um contributo para que o partido seja melhor, mais forte, mais atractivo para os portugueses que dele esperam respostas para o futuro e não mais azia (por mais razão de ser que a sua existência tivesse) com um passado recente que não muda.
Aliás ao longo dos anos o PSD sempre se caracterizou por movimentos internos de reflexão política.
Bastará lembrar as "opções inadiáveis" no tempo de Sá Carneiro (um líder que sempre conviveu muito bem com divergências de opinião), o grupo "Nova Esperança" liderado por Marcelo Rebelo de Sousa e que teve um papel fundamental na subida de Cavaco Silva à liderança, ou o percurso feito pelo próprio Pedro Passos Coelho após a derrota de Manuel Ferreira Leite nas legislativas de 2009 e em que o actual líder social-democrata ia mais longe do que o novel grupo de reflexão e se propunha não só discutir ideias como contribuir para a substituição da líder do partido.
Venham pois os debates e as reflexões do "Portugal Não Pode Esperar" como contributo para um PSD mais forte, mais social democrata, mais credível como alternativa à geringonça.
Porque se Portugal não pode esperar o PSD não precisa!
Depois Falamos
2 comentários:
Se vierem discutir para esta 'freguesia', levam um tiro.
Bem talvez não sejam tão radicais:
1º dizem a todos os que controlam para não irem;
2º mandam um, ou dois, para fazer o relatório.
Depois como não devem ter percebido nada, começam a fazer barulhos -o habitual. Afinal um dos vices de Lisboa (concelhia) tem as seguintes habilitações literárias : Escola Secundária de (XPTO) -ou seja o tipo tem o 6º ano de escolaridade... Dos outros não sei, nem perguntei -para não ter o conhecimento que todos são uns rapazes sabedores. Já nem falo de profissão. O supracitado aos quarenta e tais (antes de ser cooptado para o PSD) nunca tinha tido profissão -legal pelo menos. Como ninguém vive do ar e a família não tem bens...
Cara il:
Há esse risco de aqueles que não gostam de debater ideias (nalguns casos por não as terem e noutros por isso de pensar é subversivo) tentem impedir com a sua vasta gama de expedientes que alguns debates com este ou outro grupo se façam.
Mas acredito que o PSD continua a ser democrático e pluralista e por isso continua a ter espeço para se discutir a si próprio.
E há tanta coisa para discutir!
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