segunda-feira, outubro 17, 2016

Pequenez

São cada vez mais os exemplos da pequenez política do PS de Guimarães.
Pequenez na cultura democrática,pequenez nas atitudes, pequenez na incapacidade de separar o que é do âmbito partidário e o que é do âmbito municipal.
Estes tristes episódios que anda pela Justiça e que envolvem Cristina Azevedo, a ex presidente da Fundação Cidade de Guimarães e o anterior executivo socialista, para além do muito dinheiro que custaram, custam e ainda vão custar ao erário público são bem exemplificativos disso.
Ouvida em Tribunal Cristina Azevedo acusa o anterior executivo, e em especial António Magalhães e Domingos Bragança, de terem usado a contratação de Ricardo Rio (para um trabalho na sua área profissional -economia-que nada tinha a ver com política) como principal pretexto para a terem despedido da Fundação.
Contando até o episódio, que remete directamente para a pré história da democracia, de o então vice presidente Domingos Bragança a ter chamado para lhe exigir o rompimento do contrato com Rio dizendo que"... não se podia esquecer das suas responsabilidades político-partidárias.."(sic) !!!
Postura aliás corroborada por declarações públicas de António Magalhães revelando que Mesquita Machado(ao tempo ainda presidente da Câmara de Braga) lhe "ter pedido satisfações", de lhe terem "chamado anjinho politicamente falando" e de  admitir "...mas eu só dei aval à contratação depois de me provarem, com duas entrevistas, que o doutor Ricardo Rio deu a dizer que não era candidato à Câmara..."(sic) !!!
Conheço poucos casos tão evidentes de lamentável confusão entre partido e Estado.
De admissão que a contratação de pessoal técnico especializado,ainda que por seis meses e para um trabalho especifico, fosse tão submissa a ditames partidários que até se exigia prova de que o contratado tinha de abdicar dos seus direitos políticos e constitucionais para...trabalhar.
De constatação que para o PS de Guimarães, quando na gestão da "coisa pública", o cartão partidário conta e faz a diferença.
E tratava-se, pasme-se, de uma questão relacionada com a Capital Europeia da...Cultura!!!
Quis o destino, e os eleitores bracarenses, que do lado de lá da Morreira o assunto já esteja resolvido e afastados do poder aqueles que partilhavam de tão canhestra visão do que é a vida política numa sociedade democrática.
Agora é a vez de resolver o assunto do lado de cá.
Porque cá, como lá até 2013, são demasiados anos de poder absoluto, demasiados anos a  considerarem-se "Donos Disto Tudo" , demasiado tempo a acharem que o município de Guimarães é "coisa sua".
Em 2017 os vimaranenses terão a palavra.
E acredito que finalmente a mudança acontecerá.
Depois Falamos

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