A maior parte não passam de lixo televisivo.
Crimes, mortes, assassinatos, desgraças várias, "directos" de funerais, entrevistas a familiares próximos dos mortos, roubos e assaltos, sequestros e agressões é toda uma girândola de aproveitamento sensacionalista da desgraça alheia que repudio por completo.
E por isso não escrevo sobre esses assuntos.
Mas hoje abro uma excepção para breve comentário a dois casos recentes:
O de Ponte de Sor e o de Gondomar.
Que envolvem apenas e só adolescentes.
Num caso dois jovens de 17 anos, embriagados, agridem brutalmente um de 15 anos levando-o à cama do hospital numa situação clínica muito grave.
Noutro um jovem de 16 anos mata, por ciúmes, um outro de 14 anos.
Embriaguez e ciúmes.
Numa faixa etária entre 14 e 17 anos?
Idades demasiado precoces, digo eu, para jovens beberem alcool e para namorarem.
Antiquado?
Talvez seja.
Mas o que é ser moderno?
Conviver com realidades destas?
Duvido.
Depois Falamos
P.S Claro que ambos os casos tem uma complexidade e uma envolvência (especialmente o primeiro) bem maiores. Mas o objectivo deste texto é mesmo uma reflexão muito simples
2 comentários:
Caro Luís,
De facto os tempos são outros...
Mas o que me pergunto é por que razão estes pais, que em alguns casos serão da minha geração e da tua, deixam que os filhos façam o contrário daquilo que os seus pais os deixaram fazer!
Lembro-me que das poucas vezes que (antes de ser maior de idade) saí para discotecas, tive hora de recolher obrigatório (não negociável) e não tinha pais à minha espera à porta da discoteca para me levarem a casa! Íamos todos juntos, em grupo a pé para casa!
Hoje em dia, as crianças tem a vida facilitada, bebem, fumam e ainda se queixam e dão-se ao luxo de fazer o que bem lhes apetece.
E de quem é a culpa? Delas? Não! Dos pais que se demitem de os educar em casa, deixando que a sociedade e as más companhias façam o trabalho que deve ser deles!
Estamos a criar uma geração de crianças sem responsabilidade, com a ideia de direitos adquiridos e não direitos pelos quais tiveram de lutar!
E digo "crianças" porque com 16 ou 17 anos e a fazerem coisas como as que sabemos, não passam disso!
Os 18 anos só podem ser considerados idade adulta se os jovens para isso estiverem preparados, coisa que não estão (nem estarão) nos próximos anos enquanto as mentalidades dos pais (e por que não dizê-lo) e dos governos não mudarem!
A nossa sociedade precisa urgentemente de mudar!
Caro Saganowski:
Concordo com a tua acertada reflexão.
realmente em termos difíceis como os que hoje vivemos há muitas crianças para quem tudo é fácil e que não sabem sequer o valor das coisas.
E há pais que assumem o facilitismo como método educativo, nem que seja para não se chatearem, e os resultados estão à vista.
Creio, sem saudosismos, que temos boas razões para estarmos satisfeitos com a Educação que tivemos
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