Num texto anterior tive a oportunidade de explicar quais as razões pelas quais não concordei com a escolha de Armando Evangelista para treinar a equipa A do Vitória.
Razões factuais, que nada tem de pessoal, e que não vou aqui repetir como é evidente.
Neste texto darei apenas a minha visão pessoal sobre as razões pelas quais terá sido eventualmente esta a opção da SAD que comanda os destinos do futebol do Vitória.
Recuemos três anos.
Na sequência das eleições de Março de 2012 assumi responsabilidades directivas como vice presidente para o futebol e para as modalidades.
Nesse contexto convidei Rui Leite (coadjuvado por Ricardo Almeida e Jorge Freitas) para ficar como primeiro responsável pelo futebol de formação não só pela experiência que já detinha nessa área mas também pelo facto de o projecto desportivo para a formação ter sido em grande parte da sua responsabilidade e dos dois colegas e amigos citados.
Naturalmente que uma das prioridades, por razões que seria moroso estar aqui a explanar, era a reestruturação do quadro técnico de todo o futebol de formação para o que lhes dei "carta branca" apenas com a exigência de ser informado periodicamente do que ia sendo feito.
O que sempre foi cumprido.
Foi assim que numa das reuniões quase diárias me informaram das alterações que pretendiam fazer a nível de equipas técnicas , desde os "Afonsinhos" aos juniores, mantendo umas e substituindo outras consoante lhes parecia adequado.
Nessas alterações manifestaram-me a vontade de substituírem Armando Evangelista na equipa de juniores , nomeando outro técnico, e colocando-o em funções de maior responsabilidade mas não ligadas ao treino e comando de uma das equipas da formação.
Mais propriamente como coordenador de todo o futebol de formação um lugar importantíssimo no projecto desportivo que estávamos a implantar no clube até pela ligação que lhe caberia fazer ao futebol profissional.
Fundamentaram-me a opção com argumentos que entendi como perfeitamente plausíveis e dei-lhes o meu ok para levarem avante essas mudanças no imediato.
Passados dois ou três dias apareceram-me profundamente surpreendidos com o teor de uma conversa tida com Armando Evangelista e em que este tinha recusado ser coordenador do futebol de formação com o argumento de que tinha promessa de um lugar melhor dentro do Vitória!
Desatei-me a rir como é evidente.
Porque sem ser o Rui Leite apenas duas pessoas podiam ter feito convites para cargos técnicos no futebol do Vitória: Eu ou o presidente Júlio Mendes.
Qualquer outro convite, que não fosse feito pela hierarquia do futebol, era pura e simplesmente um convite pirata cujo destino só podia ser o caixote do lixo.
E como o convite não fora meu restava saber se porventura teria partido do presidente.
Nesse mesmo dia coloquei o assunto ao presidente que me garantiu que não tinha formulado nem sabia de qualquer convite a Evangelista.
E tenho a certeza que estava a ser absolutamente verdadeiro.
Pelo que transmitindo esta conversa a Rui Leite lhe dei a óbvia indicação de que para Armando Evangelista deixava de haver lugar no Vitória dado ele não aceitar o lugar que o Vitória tinha para ele.
Mas não me esqueci do assunto até porque me foi garantido por Rui Leite e pelos dois outros directores da formação que Evangelista falava verdade quando referia esse tal convite que o próprio não sabia ser um convite pirata.
Passados poucos dias quando em reunião de direcção anunciei que com a concordância de Júlio Mendes tinha convidado Luiz Felipe para treinador da equipa B confirmei, pelo alvoroço e contrariedade de um dos senhores sentados à mesa, quem tinha sido o autor do tal convite pirata.
Como se , em boa verdade, alguma vez tivesse tido dúvidas.
A vida continuou.
Armando Evangelista foi para Vizela, dado o seu legítimo desejo de continuar a carreira de treinador, com isso recusando integrar o inovador projecto desportivo que então se ia começar a implementar no Vitória e cujos resultados são hoje conhecidos.
E há coisas que ficam para memória futura.
Em Dezembro de 2012 demiti-me da direcção do Vitória e assisti, como vitoriano de bancada, à forma como a equipa B foi abandonada à sua sorte ao ponto de Luiz Felipe ter de efectuar treinos com apenas oito ou nove jogadores ou a equipa jogar na Covilhã ás 15.00h saindo de Guimarães ás seis da manhã (o que implicava que os jogadores se tivessem de levantar ás quatro e meia!!!) para uma viagem de mais de quatro horas de autocarro com todos os prejuízos inerentes a uma equipa que disputava uma liga profissional.
Entre muitos outros exemplos que não vou citar aqui.
Foi pois com naturalidade que depois de três meses penosos, em que a equipa passou do meio da tabela para os lugares de descida, vi Luiz Felipe apresentar a sua demissão dado considerar não ter condições para continuar a dirigir a equipa naquelas condições.
E como Luiz Felipe não estava no clube apenas para ganhar dinheiro saiu pelo seu pé recebendo apenas o ultimo mês que trabalhou e prescindindo de mais de um ano de salários que era aquilo a que teria direito se quisesse sair por despedimento e não por demissão.
Sem NENHUMA surpresa tomei conhecimento que o seu sucessor seria ...Armando Evangelista que para o efeito rescindiu o seu contrato com o Vizela.
Era apenas a confirmação, diferida no tempo, do convite pirata de Maio de 2012 uma vez removidos os obstáculos.
E por isso sorrio quando ouço falar de "méritos" , de "dar oportunidades aos da casa", do "profundo conhecimento do clube e dos jogadores", " do vitorianismo", do "dar oportunidades aos jovens", da "escola de treinadores" e por aí fora.
Armando Evangelista é hoje treinador da equipa A do Vitória porque há pessoas em lugares de decisão que acreditam cegamente no seu potencial e impuseram a sua promoção contra o que a lógica das coisas (e do próprio futebol) recomendaria.
O resto é treta para encher ouvidos.
E por isso há uma coisa que fica clara.
Decidiu quem tem poder para decidir e quanto a isso nada a obstar.
Mas quem decidiu é bom que tenha consciência que fez uma opção de elevadíssimo risco, que não dá direito a margens de erro ou tolerâncias , e que tem o seu destino indissoluvelmente ligado ao sucesso ou insucesso de Evangelista como treinador da equipa A do Vitória.
E quem ignorar isso pode conhecer muitas famílias mas não conhece seguramente a família vitoriana!
Depois Falamos.
P.S. : Este é o segundo e ultimo texto sobre a nomeação de Armando Evangelista como treinador da equipa A do Vitória. A partir daqui este treinador, como qualquer outro no passado, será aqui avaliado em função dos resultados, das exibições e da gestão do plantel ao seu dispor. E nada mais!
18 comentários:
O AE tem todo o direito de querer seguir o caminho dele como treinador, não se contenta com pouco, não quis o tacho.
Gostava é de saber a sua opinião sobre o novo treinador da equipa B e aí... aí vou ver a sua coerência.
Caro Anónimo:
A um sujeito que se atreve a dizer que coordenar o futebol de formação do Vitória é um tacho apenas posso dedicar um profundo desprezo.
Há hoje em volta do Vitória quem ache que vale tudo.
Não vale.
Caro Luis
Não podia deixar de comentar neste segundo post, dando sequência natural ao comentário colocado no primeiro.
Tenho para mim, mesmo sabendo que vai discordar, que este enredo tem um peso maior na sua reprovação do técnico do que os factos, por si, apresentados (na minha opinião totalmente válidos) no primeiro post.
Fiquei esclarecido e por isso muito lhe agradeço, não só esta mas todas as suas publicações sobre o Vitória.
Tenho pena de não ver na direção porque seria sem duvida uma mais valia. Até à presente data considero muito positiva a prestação deste elenco directivo e de uma coisa tenho a certeza: vai deixar o Vitoria melhor do que o encontrou.. ainda assim e como qualquer vitoriano quero mais e espero que na próxima decada o VSC se possa, finalmente, posicionar como candidato efectivo à conquista de titulos!
Abraço
Caro Dr. Cirilo, o que o senhor relata neste tão publicitado e aguardado post nao passam de questões directivas e de gestão de um clube absolutamente normais.
Pelo que conta Armando Evangelista recusou um lugar proposto pela estrutura que você liderava por causa de uma suposta "promessa" de alguém da direcção. O que você não diz é se esclareceu a veracidade dessa suposta proposta e se confrontou a pessoa em causa. Porque o Armando Evangelista saiu, e apesar da discordância de um membro da direcção, que você não tem coragem mais uma vez de nomear, mas que toda a gente percebe que é o Armando Marques, o treinador escolhido para a equipa B foi o indicado pelo departamento responsável, dirigida por si. Mas então se prevaleceu a hierarquia, onde é que está o problema ou o atropelo ? O Armando Evangelista foi à vidinha dele, o treinador nomeado foi o seu, Luiz Felipe. Queria unanimidade ?
O que se seguiu foi futebol, um treinador substituído, bem substituído na opinião de muito boa gente e com a concordância do presidente, e entrou outro, Armando Evangelista, que objectivamente mostrou resultados e competência ao ponto de merecer a promoção para a equipa A. O senhor pensa realmente que alguém colocaria lá o Armando Evangelista à base da cunha ?
Parece-me assim óbvio e nada anormal que hajam "pessoas em lugares de decisão que acreditam cegamente no seu potencial" e que essas pessoas "tem o seu destino indissoluvelmente ligado ao sucesso ou insucesso de Evangelista como treinador da equipa A do Vitória."
Mas não foi sempre assim ? Quem toma as decisões é sempre responsável por elas, e mais tarde ou mais cedo responde pelos seus actos perante os sócios, que por sinal têm gostado do rumo que está direcção tem dado após Vitória, caso contrário não seria eleita da forma que foi.
Quando você defendia o fim de ciclo do Rui Vitória a direcção manteve-o. Tomou a decisão e colheu os frutos dela...
De resto não espero outra coisa da sua parte senão cumprir o seu post scriptum. Somos todos Vitória e a partir daqui é este o nosso treinador.
Então podemos associar a saída do Rui Leite com a entrada do Armando Evangelista na equipa A?
Caro Senhor Luís Cirilo,
Como sucessão natural, do género «La famiglia», e tal como explicou e muito bem, sou contra a contratação de Armando Evangelista. Primeiro porque La Famiglia resume-se a máfia italiana. Ainda bem que acabou essa triste e caricata campanha de marketing que em vez de causar boa imagem, só nos enterrava. Segundo porque quem sai da casca à dois dias, não se pode pôr logo a cantar de galo a meio gás e ainda por cima com menos de dois anos de experiência na B. Esperemos também que o defeito de caráter que o Senhor Luís Cirilo revelou de Evangelista, que muito agradeço a confidência, já tenha sido sanado ou, caso contrário, vamos ter problemas. Talvez antecipando cenários negros no futuro, o Vitória acautelou-se e acertou apenas 1 ano de contrato. O que também é mau porque já cheira que esta relação tem forte probabilidade de ficar esturricada.
No entanto, quando analiso esta contratação como aquela que mais favorece financeiramente o Clube, Armando Evangelista poderá ser a opção certa. Não se queixou quando ganhava menos. E até nem se portou mal na última temporada quando geriu o plantel que tinha... com tranquilidade.
Pior agora é a fasquia de alguém achar que Evangelista pode dar tranquilidade ao Vitória com o historial de uma equipa B! Aí a porca torce o rabo porque a mentalidade da B, que é de manutenção infinita, não pode contagiar a Equipa A. E depois, a exigência na Equipa A não pode ficar-se por um lugar europeu porque a esses já nós chegamos em diversas ocasiões. Tem de ser de Liga dos Campeões, onde está o cacau, e ganhar o Campeonato, onde está mais cacau.
Eu acho que era altura de o Vitória ir ao estrangeiro buscar um independente para romper com as vénias aos grandes. É verdade que o treinador português está bem cotado lá fora, mas primeiro tem de apresentar resultados ganhadores. E se não ganhou alguma coisa, ou esteve perto de ganhar ou trabalhou de perto com alguém que ganhou alguma coisa.
Portanto, a única razão de apostar em Armando Evangelista segue uma política de comodidade financeira. Gostaram dos métodos dele na II Liga e agora querem aplicá-los na Equipa A.
Fazendo contas com casos semelhantes ocorridos um pouco por todo o mundo, vai dar bronca. A menos que Evangelista seja um profissional melhor do que Rui Vitória e que diga que esteja disposto a morrer pelo Clube, nesse caso, calo-me. Mas até lá tem de me conquistar, o que não é nada fácil dada a fome de títulos que acalento.
Quim Rolhas
Caro FM:
Discordo como é evidente.
As razões que apontei no primeiro post sobre este tema são aquelas que considero serem as decisivas para não concordar com a promoção de AE a treinador da nossa equipa A.
As que aqui aduzo pouco tem a ver com ele. São importantes, isso sim, para se perceber como as coisas aconteceram e continuam a acontecer dentro do clube.
Quanto ao elenco directivo apenas posso avaliar o que fizeram desde 2012 até agora e aí não tenho nenhuma dúvida em reconhecer que em determinados aspectos o clube está melhor do que estava. Quanto à forma como vai deixar o clube isso é do reino da futurologia e por aí não vou.
Agradeço as palavras a meu respeito e apenas posso garantir que continuarei a escrever sobre o Vitória. Umas vezes com razão,outra sem ela, mas sempre dando a cara pelo que considero melhor para o nosso clube.
caro Anónimo:
Quando um anónimo que nem o nome assina nos comentários quer vir dar lições sobre coragem a quem sempre deu a cara pelas suas opiniões é fácil perceber a motivação do comentário e do autor.
E depois quando se acha normal tudo que aconteceu, e é narrado no texto, fica claramente perceptivel o conceito que o valente anónimo tem de hierarquia, respeito pelos outros, gestão eficiente, solidariedade entre membros de um orgão e por aí fora.
"O Vale Tudo"era do Benfica mas os discípulos estenderam-se pelo país como é bom de ver pelas suas palavras.
Sobre Luiz Felipe apenas lhe digo uma coisa e que é esta: Enquanto teve condições de trabalho e jogadores para trabalhar a equipa fez um campeonato dentro dos objectivos e jogando um futebol que agrada aos sócios de sobremaneira.
A partir daqui entenda o que quiser. Porque por mim não tenho nenhum problema em afirmar que não foi feito tudo que era possivel para a equipa B não descer em 2012/2013.
Mas essa conversa levava-nos demasiado longe ainda por cima com um valente anónimo.
Sobre as razões da promoção de AE parece-me desnecessário repetir argumentos.
O que penso dela está claramente expresso nos dois posts.
Caro Anónimo:
Ao que sei o Rui Leite acabou por não sair.
Caro Quim Rolhas:
No futebol o barato sai caro.
E um clube com as dificuldades do nosso pode poupar nos jogadores, nas viagens, nos estágios, nos hóteis mas não pode poupar no treinador.
Porque esse tem que ser a mais valia que compense outras debilidades.
Naturalmente que o percurso europeu, unico onde se pode ir buscar dinheiro que se veja, deve ser uma prioridade que obrigue a encarar essa participação com todos os cuidados a começar pela experiência que o treinador devia ter desses palcos mas ainda não tem.
Como a maioria dos jogadores do plantel também não o que me faz olhar para a pré-eliminatória com algum receio. E depois no play-off, s elá chegarmos, de certeza que apanharemos uma equipa de algum gabarito o que tornará tudo ainda mais dificil.
Eu concordo consigo quanto á importância de chegarmos á Liga dos Campeões.
Mas quando ouço falar de "campeonatos tranquilos" fico preocupado pelo retrocesso que isso representa em termos de ambição.
Curiosamente também me lembro de em campanha eleitoral ser dito que o objectivo era neste mandato chegar à...Champions. Mas deve ter sido um "lapsus linguae".
Enfim, resta-nos aguardar pelo plantel(até 31 de Agosto vamos viver na habitual indecisão) e pelas exibições que a equipa vai fazer.
Mas,sinceramente, estou pouco optimista.
O Luis Cirilo, para além da qualidade, sempre defendeu o Vitória entregue a Vitorianos.
Pelo que depreendo das suas ideias, defende um modelo à imagem do At. Bilbao, por exemplo.
Gostava que comentasse o facto de neste momento toda a estrutura técnica do futebol do Vitória ser constituída por Vimaranenses e Vitorianos. Acha boa ideia ou simplesmente não confia ?
Paulo
Meu caro Luis,
Espero que nao leve a mal este meu post, mas aqui vai...
no seu primeiro post sobre este tema, acabei por dar a minha opinião sobre a experiencia ou nao de AE, mas apos ler este seu texto nao posso deixar de concordar consigo, apesar de voce nao querer desvendar algo mais do que foi dito.
e aqui é que espero que nao me leve a mal, existem nesta cidade milhares de vitorianos que nao teem acesso a determinados podres que foram e estao a ser feitos por esta direcçao, vc nao pode esperar que esses mesmos vitorianos que nao sabem esses podres que nao estejam de lado desta direcção, temos que desculpar esses mesmos vitorianos, nao se trata de carneirismo, pois nao acredito que exista tanta gente "carneira", mas simplesmente falta de informação, e aqui é que lhe faço um pedido, coloque os nomes nos bois, diga o que se passa ou passou, e verá que o numero de "carneiros" ira reduzir em grande numero.
Grande abraço
Fernando Nogueira
Não é difícil saber quem fez essa tal promessa,e, perdoe-me a expressão, só "tapadinhos" é que não conseguem ver como AE chegou a treinador do Vitória e quem foi o "padrinho", padrinho esse que, às vezes, até parece ser o presidente do clube.
Pode dar certo, mas acarreta muitos riscos, riscos que nesta altura não deveriam ser corridos.
Pois, a mesma pessoa que achou que com 3 jogadores emprestados pelo F.C.Porto Vitória ficava mais forte, errou!
E agora vai errar outra vez.
Caro Paulo:
Sim defendo um modelo tipo Atlético de Bilbau dentro das nossas especificidades.
Como sabe nesse clube apenas jogam bascos mas treinam profissionais de muitas nacionalidades.
O facto de hoje as equipas técnicas profissionais do Vitória serem quase totalmente compostas por vimaranenses e vitorianos é uma curiosidade que merece relevo por ser inédito.
Mas o que fica para a História são os resultados.
Caro Fernando Nogueira:
Creio que o que eu tinha para dizer sobre este assunto (escolha de AE) está dito e por isso agora há que aguardar pelos resultados.
Quanto aos nomes creio que qualquer vitoriano minimamente identificado com o clube saberá de quem se está a falar.
Caro Anónimo:
Essa é a minha principal preocupação porque gosto muito mais do Vitória do que não gosto de alguns episódicos directores.
Numa época como aquela que aí vem deviam-se minimizar os riscos o mais possível. A opção foi maximizá-los. Veremos se compensa.
Caro Vistobranco:
É como diz.
Há alguma dificuldade em aprender com os erros
o anónimo das 8.45 ou é burro ou pensa que somos todos burros!
porque quem acha normal que haja um director para o futebol e outro que sem competências na área ande ás escondidas a fazer convites a alguém que até é da familia dele só pode ser um anormal que ache a golpada uma forma eficiente de gerir um clube.
Mas o que mais me irritou como vitoriano foi o sujeito vir chamar-nos estupidos como se qualquer vitoriano não precebesse que o diretor em questão era o tal armando marques.
afinal quando o senhor Cirilo saiu todos sabemos que foi esse sujeito que ficou a mandar no futebol dado até o facto de o presidente não ser um entendido no assunto.
E esse marques que é diretor desde pimenta machado no que é um recorde no clube porque passou por quatro presidentes e foi ficando como uma rolha de cortiça sempre à superficie das aguas turvas é quem manda no Vitória.
Escolheu o treinador da A, trouxe o assionista africano e tem uma série de diretores por ele escolhidos espalhado pelo clube todo a começar pelo irmão diretor da B.
Acho que estamos muito mal e isto ainda vai piorar se os sócios deicharem.
E se fosses para a escola ? Além de burro és ignorante !
Quanto ao assunto em causa, entre Luis Cirilo e Armando Marques não te preocupes que eles lá se entendem. São velhos amigos do PSD, já derrubaram e promoveram gente juntos e de certeza que com o Daniel Rodrigues a mediar eles haverão de se entender.
Ou será que o golpe foi mais profundo e também puseram uma casca de banana na sede do PSD do Toural ?
Caro Anónimo:
É evidente que a organização de um clube profissional exige uma hierarquia definida e competências claras para cada membro dessa hierarquia.
Quando há quem queira meter-se onde não é chamado o resultado só pode ser mau.
Quanto ao resto que refere são evidências que nem vale a pena comentar.
Só não as vê quem não quer ou quem não lhe dá jeito ver a realidade como ela é.
Caro Anónimo:
Este post é sobre o Vitória e não sobre o PSD.
Em qualquer dos casos a sua imaginação não tem limites.
Nem qualquer correspondência com a realidade passada, presente ou futura.
Ninguém sabe o que vai saír de lá com o Armando que é um neófito nestas lides,e também eu preferia estar numa posição de maior conforto e confiança do que expectante por não saber com o que conto.
Mas, não tendo o Clube condições financeiras, nem as desejadas ambições que dependem dessa vertente, nenhum treinador competente e com provas dadas aceitaria correr o risco de iniciar e liderar um projecto que seria constantemente adiado porque a qualquer momento se poderia ver privado de jogadores fundamentais na estrutura da equipa por não haver $$$ para os segurar em caso de uma proposta tentadora, e seria sempre obrigado a inverter marcha e regressar à estaca 0
Depois, esta direcção, como outras no passado nunca definiu um objectivo claro e assumido.
Neste Clube sempre se viveu di que a maré traz. Se no principio de cada campeonato a classificação tranquila é palavra de ordem, a seguir porque corre melhor do que se esperava já se mudad de discurso e se fala em Ligas europas e em Champions, mas depois porque alguns partem e alguns dos que ficam entram em quebra exibicional com consequência directa nas exibições e nos resultados, então surge nova mudança de direcção e os outrora exigentes e ambiciosos vem apelar a um pretenso realismo e de que há que ter maior comedimento nem que seja só para calar as vozes inflamadas daqueles que eles próprios cegaram e que depois também condicionam apelando também à união em torno do clube para ver se conseguem pelo menos a pequena recompensa obtida com o credo na boca, e que no fim a todos sabe a pouco ou nada.
Este foi o filme da época passada e de outras com outros protagonistas e é também uma das razões mais decisivas no sentido de afastar daqui quem procura estabilidade, ambição e objectivos definidos e assumidos desde o instante inicial.
Nunca tivemos direcções sólidas e imunes a pressões dos do costume que acha que lhes devemos fretes e temos de alinhar com eles, porque lhes temos de pagar por negociatas e maroscas passadas em que outros foram intervenientes, ou então ficando-lhes ora com os restos que não querem, ou com os que precisam de rodagem e nós qual academia temos de os lapidar e depois devolver à origem que depois fica com os créditos, os méritos e os lucros.
É por isto também que alguns jogadores de uma certa qualidade evita passar por estes lados e outros vem só para ganhar asas para voar o quanto antes porque também eles não nos levam a sério e só nos encaram como plataforma de transição.
Chicote
Caro Chicote:
Concordo com a sua realistica análise ao que tem sido o Vitória nos ultimos anos.
Tenho apenas dois pontos em que não estou de acordo.
Não é verdade que"... nenhum treinador competente e com provas dadas aceitaria correr o risco de iniciar e liderar um projecto que seria constantemente adiado..." embora sejam verdade os restantes pressupostos. Sei de treinadores que aceitariam correr o risco pelo orgulho que para eles seria treinarem o Vitória.
E também discordo de "...Nunca tivemos direcções sólidas e imunes a pressões dos do costume que acha que lhes devemos fretes e temos de alinhar com eles..." porque já tivemos essas direcções no tempo de Pimenta Machado em que o Vitória falava com esses clubes de igual para igual e sem receios de os olhar olhos nos olhos.
Quanto ao resto reitero ser uma excelente análise.
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