Dar novos mundos ao mundo que já se conhece é algo que sempre me fascinou.
Talvez por gostar muito de História, talvez por adorar ler, sempre tive uma profunda admiração por todos aqueles que ousam deixar as suas zonas de conforto e partem em busca de novos mundos e novos sonhos ousando enfrentar os perigos que o desconhecido sempre acarreta.
Movidos pelo sonho, pela fé, por uma "causa" o mundo que hoje conhecemos fez-se com base nos que ousaram ir mais longe sem olharem para trás nem se deterem com medo de fábulas, "Adamastores " ou outros perigos reais e imaginários.
Foi assim com os vikings, com os fenícios e com outros povos que desde a mais remota Antiguidade ousaram meter os pés a caminho em busca de um mundo maior que supunham existir mas não era conhecido.
Foi assim também com os portugueses.
Que no tempo das Descobertas, embarcados em navios frágeis e inseguros, tiveram a destemida coragem de navegarem por mares nunca dantes navegados (ao menos por europeus) e trouxeram ao nosso conhecimento terras, povos e civilizações até então desconhecidos.
Gente de coragem.
Hoje as " Novas Fronteiras" (na feliz definição de John F. Kennedy) são outras.
E embora na Terra ainda exista "mundo" por conhecer o paradigma do conhecimento nessa matéria está virado para o espaço que nos rodeia e cuja dimensão e limites são por nós desconhecidos pese embora os extraordinários avanços da ciência.
E aqui,como no passado, há os que vão e os que ficam.
Os que perscrutam o espaço com telescópios de extraordinária potência, mas sempre no conforto dos seus observatórios astronómicos, e os que embarcam em naves espaciais e partem à descoberta com os riscos inerentes e bem conhecidos.
Tal como nos séculos 15 e 16 uns ficavam em Sagres e outros embarcavam nas caravelas.
E por isso respeitando e conhecendo as funções de cada uns não tenho qualquer dúvida que aqueles que nos alimentam o conhecimento de um mundo maior, e o sonho de dele fazermos parte, são os que ousam partir em busca dele, correndo riscos e perigos de vária ordem, e não aqueles que ficam nas suas zonas de conforto esperando o dia em que todos possam usufruir dos benefícios da coragem de alguns.
É a diferença entre astrónomos e astronautas que baliza tantas outras diferenças em tantos outros sectores.
Depois Falamos.
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