Sou de um tempo em que só havia RTP.
Um só canal e cujas emissões começavam por volta das 19.00h.
Depois, passados uns anos, começaram com as emissões da hora de almoço que começavam por volta do meio dia e duravam até ás 15.00 após o que encerravam para só reabrirem novamente ao fim da tarde.
Recordo que a emissão da hora de almoço constava de um noticiário e a emissão de séries por episódios que prendiam a atenção dos telespectadores de uma forma notável para a época e para a falta de hábitos televisivos.
Recordo "Flipper", " A Família Partridge", "Viver no Campo", "Uma Mãe para Eddie" como algumas dessas séries de hora de almoço.
À noite a programação era mais variada mas tinha dois programas obrigatórios.
O Telejornal logo seguido do Boletim Metereológico.
Apresentado por nomes que se tornaram familiares aos telespectadores (na imagem Anthímio de Azevedo provavelmente o mais conhecido de todos), com recurso a quadros desenhados a giz como na imagem, falavam do tempo que tinha feito e da previsão para os dias seguintes.
Sem recurso ás tecnologias de hoje, a satélites e sites de metereologia, a verdade é que tinham uma taxa de acerto bem razoável o que os tornava num programa credível e com bastante audiência.
Hoje o que mais há é canais de televisão generalistas e por cabo.
Quase todos emitindo 24 horas sobre 24 horas mas em que o boletim metereológico desapareceu, enquanto programa autónomo, fazendo parte do telejornal.
Curiosamente com taxas de acerto na previsão do tempo que me parecem inferiores ás dos primórdios televisivos.
E até a metereologia, assunto circunspecto e com uma dignidade própria, do antigamente foi substituída por uma metereologia tipo"Correio da Manhã" cheia de alertas e de sensacionalismo.
Todos os dias há alertas amarelos e laranjas, ás vezes vermelhos, por dá cá aquela palha.
Porque está frio, porque está calor, porque chove, porque o sol brilha.
Para hoje, por exemplo, previam um "fio polar"!
Está um sol radioso!
Que saudades do Boletim Metereológico, do TV Rural, da Bonanza.
Um tempo em que a televisão não era factor próximo de stress e de alarmismo.
Depois Falamos
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