A que institui as regiões administrativas.
Criadas, e bem, para Madeira e Açores mas sucessivamente adiadas, e mal, para o resto do país.
E é curioso como todos os juízes que passaram pelo palácio Ratton nunca se tenham lembrado de exigir aos sucessivos governos e maiorias parlamentares que dessem andamento ao que a Constituição preconiza.
Eufemisticamente os governos, todos sem excepção, preferem adiar a regionalização constitucional substituindo-a por aquilo a que chamam descentralização administrativa e que nunca ninguém soube exactamente o que era, de onde vinha e para onde ia!
Bastará lembrar a instituição em 2002/2003 das áreas metropolitanas e das áreas inter-municipais para se perceber na plenitude onde quero chegar.
Adiar, maquilhar, deixar estar.
Num post anterior defendi a criação dos círculos uninominais como forma de restaurar o prestigio do Parlamento junto dos cidadãos e um incentivo à maior participação dos mesmos nos actos eleitorais.
Naturalmente que essa alteração do sistema pressupõe o fim dos actuais círculos eleitorais, de raiz distrital, e a sua reformulação para a divisão do país em 230 círculos uninominais a eleger cada um o seu deputado.
O que naturalmente obrigaria ao agrupar de concelhos mais pequenos num circulo eleitoral com interesses e afinidades comuns( o que pressupõe em muitos casos a junção de concelhos pertencentes a diferentes distritos) para poderem eleger um deputado enquanto concelhos maiores teriam mais que um deputado como é óbvio.
Digamos que em função dos inscritos nas ultimas legislativas (9.429.024), e a sua divisão por 230 eleitos, faria que cada circulo eleitoral tivesse um mínimo 40.995 eleitores inscritos para a eleição do seu respectivo deputado.
Uma substancial melhoria em relação à actualidade em termos de identificação entre eleitos e eleitores e avaliação do trabalho dos primeiros por parte dos segundos.
E um passo importante, pelo que significa em termos de fim da lógica dos distritos, para a tal instituição das regiões administrativas de que andam todos muito esquecidos ao que parece.
Depois Falamos
Sem comentários:
Enviar um comentário